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GF Ouro
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Danilo Maldonado, considerado pela Amnistia como preso político, estava detido há 11 meses
A ideia da performance artística era libertar dois porcos numa praça pública no dia de Natal, para que as pessoas os pudessem apanhar, mas o graffiter Danilo Maldonado foi preso por desrespeito aos líderes da revolução antes de isso acontecer. É que um dos porcos tinha escrito no lombo o nome de Fidel e o outro o de Raúl, numa referência aos irmãos Castro, que lideram a ilha desde a revolução de 1959. El Sexto, como é conhecido o artista de 32 anos, ficou preso até ontem, sem acusação ou julgamento.Os responsáveis do governo "não têm sentido de humor", disse Maldonado aos jornalistas após ser libertado, quase 11 meses depois da detenção. "O mais maluco é que a performance não chegou a acontecer e vejam a repercussão que teve", acrescentou. El Sexto foi detido quando as autoridades descobriram na bagageira do seu táxi os dois porcos que iam ser usados na performance inspirada no livro O Triunfo dos Porcos, de George Orwell, uma sátira ao regime soviético de Estaline publicado em 1945. "Agora vou tentar recuperar energias e estar com a minha filha", afirmou Maldonado à Reuters. O artista estava há quatro dias em greve de fome, em protesto por não ter sido libertado a 15 de outubro, como lhe tinha sido prometido por ter posto fim a uma primeira greve de fome, empreendida de 8 de setembro a 1 de outubro. El Sexto indicou à agência espanhola EFE que pensava que ia ser transferido para uma cela de castigo, por causa do novo protesto, mas foi libertado.Segundo o documento que assinou antes de sair da prisão, citado pela EFE, a liberdade é incondicional, isto é, não haverá qualquer julgamento pela performance. "Quero viajar até aos EUA no futuro para agradecer a todas as pessoas que apoiaram a causa para a minha libertação", disse à Reuters.
Danilo Maldonado é conhecido como 'El Sexto'
A ideia da performance artística era libertar dois porcos numa praça pública no dia de Natal, para que as pessoas os pudessem apanhar, mas o graffiter Danilo Maldonado foi preso por desrespeito aos líderes da revolução antes de isso acontecer. É que um dos porcos tinha escrito no lombo o nome de Fidel e o outro o de Raúl, numa referência aos irmãos Castro, que lideram a ilha desde a revolução de 1959. El Sexto, como é conhecido o artista de 32 anos, ficou preso até ontem, sem acusação ou julgamento.Os responsáveis do governo "não têm sentido de humor", disse Maldonado aos jornalistas após ser libertado, quase 11 meses depois da detenção. "O mais maluco é que a performance não chegou a acontecer e vejam a repercussão que teve", acrescentou. El Sexto foi detido quando as autoridades descobriram na bagageira do seu táxi os dois porcos que iam ser usados na performance inspirada no livro O Triunfo dos Porcos, de George Orwell, uma sátira ao regime soviético de Estaline publicado em 1945. "Agora vou tentar recuperar energias e estar com a minha filha", afirmou Maldonado à Reuters. O artista estava há quatro dias em greve de fome, em protesto por não ter sido libertado a 15 de outubro, como lhe tinha sido prometido por ter posto fim a uma primeira greve de fome, empreendida de 8 de setembro a 1 de outubro. El Sexto indicou à agência espanhola EFE que pensava que ia ser transferido para uma cela de castigo, por causa do novo protesto, mas foi libertado.Segundo o documento que assinou antes de sair da prisão, citado pela EFE, a liberdade é incondicional, isto é, não haverá qualquer julgamento pela performance. "Quero viajar até aos EUA no futuro para agradecer a todas as pessoas que apoiaram a causa para a minha libertação", disse à Reuters.
Danilo Maldonado é conhecido como 'El Sexto'
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EUA e Cuba anunciaram o início das negociações para o restabelecimento das relações diplomáticas a 17 de dezembro, com Havana a indicar que ia libertar 53 detidos que Washington considerava presos políticos. Maldonado foi preso já depois disso, mas o seu caso terá sido falado entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e Raúl Castro. O governo cubano diz não haver presos políticos na ilha, acusando os dissidentes de ser mercenários pagos por grupos anticastristas de Washington e Miami."A libertação de Danilo é uma grande notícia, mas ele nunca devia ter sido detido. Expressar pacificamente uma opinião não é crime", disse num comunicado a diretora da Amnistia Internacional para as Américas, Erika Guevara-Rosas. "Esta esperada medida positiva deve abrir a porta a uma reforma política, tão necessária em Cuba, onde as pessoas são rotineiramente perseguidas e presas por acusações falsas ou por dizerem o que pensam." A Amnistia considerava El Sexto como um preso político.
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