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"Coligação PS, PCP e BE é um mero acordo para chegar ao poder"

kokas

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Em entrevista ao DN, Poiares Maduro diz-se preocupado com a incerta situação política e espera que "haja um assomo de responsabilidade no PS"

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No final da semana tomou posse um governo que já não integra, mas onde estão a maioria das figuras do executivo a que pertenceu. Como vê o futuro desta equipa, tendo em conta as atuais circunstâncias políticas?Não podemos ignorar que neste momento o futuro político em Portugal, não apenas o daquele governo, é de grande incerteza. Eu gostaria de pensar que os agentes políticos portugueses - e o PS em particular tem aí uma responsabilidade especial - não colocariam em causa este governo, gerando uma situação de instabilidade no país, desde que não tivessem uma outra alternativa que fosse pelo menos tão estável e coesa como esta que o governo oferece. E não vejo nenhuma perspetiva.

Mas os partidos à esquerda garantem estar a trabalhar para um acordo e para um programa?

Não vejo possibilidade de uma coligação entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista ser alguma coisa mais do que um mero acordo para chegar ao poder. E isso não oferece estabilidade, nem a médio e longo prazo nem sequer a curto prazo, para o país. Acho que qualquer coligação em Portugal tem de ser assente em princípios, assente num acordo quanto a aspetos estruturais das políticas públicas e assente no compromisso comum de todos aqueles que suportam o governo com as nossas obrigações europeias, com a continuação da nossa participação plena no projeto da União Europeia e do euro. Ainda tenho alguma esperança de que haja um assomo de responsabilidade no PS que permita viabilizar este governo.E se o PS não o viabilizar?Se isso não acontecer, vejo realmente qualquer das soluções alternativas como soluções geradoras de muita instabilidade, num quadro em que infelizmente os portugueses não podem ser chamados a pronunciar-se em tempo breve. Seis meses não é muito tempo. Mas pode ser muito tempo para um país que acabou de sair de uma grave crise e que só agora, recentemente, recuperou a credibilidade e a confiança internacionais. E perder de novo essa credibilidade e essa confiança que nos custaram tanto a conquistar seria dramático para o país.


dn

 
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