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Médicos internos do Hospital de Coimbra recusam fazer urgência geral

kokas

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Set 27, 2006
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Centro Hospitalar de Coimbra envolto em ações de descontentamento dos médicos em formação

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Os internos de anestesiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) querem deixar de fazer urgências gerais a partir de dezembro, alegando que põem em causa o regulamento do internato médico e não contribuem para a sua formação. Para isso, decidiram enviar pedidos para que sejam excluídos das escalas médicas já em dezembro. Esta é mais uma tomada de posição dos internos do hospital, que tem estado envolto em várias polémicas. Ainda esta semana, o DN noticiou que dois internos decidiram processar a unidade, por estarem a fazer mais horas extras do que o previsto na lei.Um interno envolvido no processo contou ao DN que "os médicos já começaram a enviar cartas e emails à direção de serviço. Estão a pedir para ser excluídos da área médica 1, que é a urgência generalista, alegando que as matérias de formação cabem à Ordem dos Médicos (OM)".Ao todo, deverão participar nesta ação entre 15 a 20 internos, "ficando de fora os do primeiro ano, que não fazem urgência, e os do último, que já têm autonomia". Questionado pelo DN, o centro hospitalar respondeu que "desconhece" a existência destes pedidos.A ação está a ser preparada há algum tempo, já que os internos desta especialidade pediram à Ordem dos Médicos um parecer sobre estas questões, nomeadamente sobre "os colegas que estão a ser abrangidos compulsivamente nestas escalas". Além de estarem a ser colocados em demasiadas escalas, queixam-se de estar a ser integrados em funções que não são as suas. "Para já, nem todos os internos estão nas mesmas circunstâncias, já que há especialidades que não estão a ser abrangidas. No nosso caso, estamos a ser incluídos. E a fazer um trabalho que nada tem a ver com a especialidade, que é trabalhar na triagem. É uma carga extra que prejudica a formação", refere, embora admita que "no seu serviço a formação seja respeitada, bem como as horas em urgência".Na comunicação que estão a enviar , estão a incluir o parecer da Ordem dos Médicos, que apela a que "estas funções nas urgências sejam anuladas, repondo a legalidade do regulamento do internato médico".Mas este não é caso único. A OM já emitiu pareceres em diversas especialidades, nomeadamente na hematologia, endocrinologia e infecciologia. "São áreas médicas, o que não quer dizer que faça sentido colocar todos os internos a fazer a urgência generalista. Não estamos a tomar esta posição porque não queremos trabalhar, mas porque queremos fazer a nossa formação e temos medo de que, sem o direito ao descanso, haja mais erros e a qualidade seja afetada".



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