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Após prisão de sobrinhos, Maduro fala em "emboscada imperialista"

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Efraín Flores e Francisco Freitas foram acusados de conspiração para transportar cocaína para os EUA
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Em outubro, dois venezuelanos terão ido às Honduras pedir ajuda para traficar 800 kg de cocaína para os EUA e, no regresso à Venezuela, mostraram a um suposto intermediário um quilo do produto, para provar que era de qualidade. Este poderia ser apenas mais um caso de narcotráfico num país que Washington diz ser de trânsito para metade da cocaína produzida na Colômbia. Mas não é. Tudo porque os dois venezuelanos, agora detidos, são sobrinhos do presidente Nicolás Maduro e os intermediários eram agentes infiltrados do organismo antidrogas norte-americano (DEA). Maduro já condenou os "ataques e emboscadas imperialistas".Efraín Antonio Campo Flores, de 29 anos, e Francisco Flores de Freitas, de 30 anos, foram detidos na terça-feira em Port-au-Prince, capital do Haiti, pela polícia haitiana e entregues às autoridades norte-americanas, que os transportaram no mesmo dia para Nova Iorque. Ambos são sobrinhos da primeira-dama Cilia Flores, tendo Efraín dito aos agentes da DEA, segundo informações avançadas pelos media norte-americanos, que era "afilhado" do presidente, tendo alegadamente crescido na casa de Maduro e Flores após a morte da mãe. O Departamento de Justiça norte-americano acusou os dois de conspiração para o transporte de pelo menos cinco quilos de cocaína para os EUA. Ontem foram presentes a um juiz.



Em Genebra, onde discursou no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Maduro denunciou as "décadas de perseguição permanente dos poderes imperialistas dos EUA" contra a Venezuela. O presidente, que viajou na companhia da mulher, não fez referência direta às detenções.
Mais cedo, antes de deixar a Arábia Saudita, onde participou na cimeira dos países sul-americanos com os países árabes, escrevera no seu Twitter: "A pátria continuará o seu caminho, nem ataques, nem emboscadas imperialistas, acabarão com o povo dos libertadores, temos um só destino... Vencer." A detenção dos sobrinhos só deverá deteriorar ainda mais as relações entre Washington e Caracas.NarcotráficoOs EUA mantêm numa lista do Departamento do Tesouro oito funcionários venezuelanos - entre os quais cinco militares ativos ou na reserva - que são suspeitos de ligação ao narcotráfico e estarão a ser investigados. E o próprio presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, número dois chavista, é suspeito de ser o alegado líder do cartel - o que sempre negou.Segundo o The Wall Street Journal, os dois sobrinhos de Maduro contactaram em outubro com um agente infiltrado da DEA nas Honduras, pedindo ajuda para traficar 800 quilos de cocaína através do aeroporto de uma das ilhas do país, Roatán. Mais tarde, entregaram um quilo da droga a outro informador, na Venezuela, para provar a qualidade do produto que pretendiam que fosse vendido nas ruas de Nova Iorque. Os encontros foram gravados e filmados pela DEA.Primeira combatenteCilia Flores, que prefere ser chamada primeira combatente em vez de primeira dama, não desempenha atualmente cargos políticos, mas tem grande influência junto do marido e é acusada de ter colocado vários familiares em postos chave do governo. Cilia e Maduro conheceram-se quando ela, advogada, fazia parte da defesa de Hugo Chávez, que foi detido após uma tentativa falhada de golpe de estado em 1992. Maduro era o guarda-costas daquele que viria anos mais tarde a ser presidente da Venezuela.Deputada desde 2000, Flores tornou-se em 2006 na primeira mulher a presidir à Assembleia Nacional, substituindo Maduro (nomeado chefe da diplomacia). Apesar de manterem uma relação há vários anos, só casaram em julho de 2013, já depois da eleição de Maduro como sucessor de Chávez. Flores é uma das candidatas do Partido Socialista Unido da Venezuela às eleições de 6 de dezembro.



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