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Porta-aviões francês inicia hoje operações contra alvos islamitas.
O Estado Islâmico (EI) "será destruído. Será reconquistado o território que hoje ocupa, serão cortadas as suas fontes de financiamento, serão perseguidos os seus dirigentes, serão desmanteladas as redes de recrutamento e as linhas de abastecimento. No fim, serão completamente aniquilados", garantiu ontem o presidente Barack Obama, falando na Malásia, onde se deslocou para a Cimeira do Sudeste Asiático e do ASEAN.As palavras do líder americano foram no mesmo sentido das proferidas anteriormente pelo secretário de Estado, John Kerry, que garantira no final da semana a "neutralização" do EI de uma forma "muito mais rápida" do que sucedeu com a organização criada por Osama bin Laden. "Começámos o combate contra a Al-Qaeda em 2001 e demorou, de facto, alguns anos antes de ser possível eliminar Bin Laden e outros elementos da liderança e neutralizá-los como uma força efetiva." John Kerry quer que o mesmo processo suceda mais rapidamente com o grupo islamita baseado na Síria e no Iraque. "Temos a capacidade para o fazer", assegurou Kerry.As declarações do presidente americano e do responsável pela diplomacia de Washington coincidem com um momento de mobilização da comunidade internacional e de intensa ação diplomática para a definição de uma estratégia concertada para combater o EI. Exemplo disso são os múltiplos encontros que o presidente francês inicia hoje e se prolongam até quinta-feira (ver texto nestas páginas), quando se desloca a Moscovo para conversações com Vladimir Putin.Significativamente, o presidente russo desloca-se hoje ao Irão para encontros com o seu homólogo Hassan Rouhani e com o Líder Supremo da República Islâmica, ayatollah Ali Khamenei. Rússia e Irão são os principais aliados de Bashar al-Assad e estão militarmente envolvidos, ao lado do regime de Damasco, na guerra civil que grassa na Síria há quase cinco anos. Esta é a terceira vez que Putin se desloca a Teerão em 2015."Aliado contra o jihadismo"O alinhamento russo com Assad não impediu Putin de ter dado indicações às chefias militares do seu país de coordenar com a França os ataques a posições do EI. Após os atentado de Paris, o presidente russo declarou que a França era um "aliado" na luta contra o jihadismo. A França poderá assim ter acesso a informações provenientes de fontes internas na Síria, a que só hoje os russos têm acesso pelo seu estatuto de aliados centrais do regime de Assad.A atuação russa no conflito sírio continua a ser criticada pelos Estados Unidos, tendo Obama, que falava na capital da Malásia, Kuala Lumpur, referido a necessidade de Moscovo operar "reajustamento estratégico" no que respeita ao EI. Para Obama, os ataques aéreos russos continuam a incidir em grupos não islamitas da oposição a Assad, em vez de se concentrar em áreas sobre domínio dos islamitas, e insistiu em que Moscovo se distancie de Assad. "Mantê-lo no poder não irá funcionar", disse Obama, explicando que, se assim for, "a violência irá continuar".Presente em Kuala Lumpur, o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev desvalorizou as palavras de Obama e insistiu que a posição a adotar deve ser a de "apoiar as autoridades legítimas capazes de garantir a integridade estatal", ou seja, o regime de Assad.Assad elogia intervenção russaO presidente sírio, numa entrevista a uma estação televisiva chinesa cujo conteúdo foi ontem divulgado, elogiou a intervenção aérea russa, aproveitando para desmentir qualquer envolvimento de forças terrestres no conflito, dizendo que aquela permitiu às forças fiéis ao seu regime "realizarem avanços em quase todas as frentes" de combate."Os terroristas tomaram numerosas regiões na Síria. Mas recentemente, depois da participação da aviação russa (...), a situação melhorou muito" e os "terroristas recuaram e começaram a fugir aos milhares para a Turquia e para alguns países europeus", disse Assad. Na terminologia de Damasco, o termo "terrorista" aplica-se a qualquer grupo da oposição, seja este moderado, salafistas ou jihadistas.A pressão militar continua a acentuar-se sobre o EI, tendo sido ontem anunciado que o porta-aviões francês Charles de Gaulle, presente no Mediterrâneo Oriental, ou seja, próximo de águas territoriais sírias, começará hoje a atacar alvos islamitas neste país.
dn
O Estado Islâmico (EI) "será destruído. Será reconquistado o território que hoje ocupa, serão cortadas as suas fontes de financiamento, serão perseguidos os seus dirigentes, serão desmanteladas as redes de recrutamento e as linhas de abastecimento. No fim, serão completamente aniquilados", garantiu ontem o presidente Barack Obama, falando na Malásia, onde se deslocou para a Cimeira do Sudeste Asiático e do ASEAN.As palavras do líder americano foram no mesmo sentido das proferidas anteriormente pelo secretário de Estado, John Kerry, que garantira no final da semana a "neutralização" do EI de uma forma "muito mais rápida" do que sucedeu com a organização criada por Osama bin Laden. "Começámos o combate contra a Al-Qaeda em 2001 e demorou, de facto, alguns anos antes de ser possível eliminar Bin Laden e outros elementos da liderança e neutralizá-los como uma força efetiva." John Kerry quer que o mesmo processo suceda mais rapidamente com o grupo islamita baseado na Síria e no Iraque. "Temos a capacidade para o fazer", assegurou Kerry.As declarações do presidente americano e do responsável pela diplomacia de Washington coincidem com um momento de mobilização da comunidade internacional e de intensa ação diplomática para a definição de uma estratégia concertada para combater o EI. Exemplo disso são os múltiplos encontros que o presidente francês inicia hoje e se prolongam até quinta-feira (ver texto nestas páginas), quando se desloca a Moscovo para conversações com Vladimir Putin.Significativamente, o presidente russo desloca-se hoje ao Irão para encontros com o seu homólogo Hassan Rouhani e com o Líder Supremo da República Islâmica, ayatollah Ali Khamenei. Rússia e Irão são os principais aliados de Bashar al-Assad e estão militarmente envolvidos, ao lado do regime de Damasco, na guerra civil que grassa na Síria há quase cinco anos. Esta é a terceira vez que Putin se desloca a Teerão em 2015."Aliado contra o jihadismo"O alinhamento russo com Assad não impediu Putin de ter dado indicações às chefias militares do seu país de coordenar com a França os ataques a posições do EI. Após os atentado de Paris, o presidente russo declarou que a França era um "aliado" na luta contra o jihadismo. A França poderá assim ter acesso a informações provenientes de fontes internas na Síria, a que só hoje os russos têm acesso pelo seu estatuto de aliados centrais do regime de Assad.A atuação russa no conflito sírio continua a ser criticada pelos Estados Unidos, tendo Obama, que falava na capital da Malásia, Kuala Lumpur, referido a necessidade de Moscovo operar "reajustamento estratégico" no que respeita ao EI. Para Obama, os ataques aéreos russos continuam a incidir em grupos não islamitas da oposição a Assad, em vez de se concentrar em áreas sobre domínio dos islamitas, e insistiu em que Moscovo se distancie de Assad. "Mantê-lo no poder não irá funcionar", disse Obama, explicando que, se assim for, "a violência irá continuar".Presente em Kuala Lumpur, o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev desvalorizou as palavras de Obama e insistiu que a posição a adotar deve ser a de "apoiar as autoridades legítimas capazes de garantir a integridade estatal", ou seja, o regime de Assad.Assad elogia intervenção russaO presidente sírio, numa entrevista a uma estação televisiva chinesa cujo conteúdo foi ontem divulgado, elogiou a intervenção aérea russa, aproveitando para desmentir qualquer envolvimento de forças terrestres no conflito, dizendo que aquela permitiu às forças fiéis ao seu regime "realizarem avanços em quase todas as frentes" de combate."Os terroristas tomaram numerosas regiões na Síria. Mas recentemente, depois da participação da aviação russa (...), a situação melhorou muito" e os "terroristas recuaram e começaram a fugir aos milhares para a Turquia e para alguns países europeus", disse Assad. Na terminologia de Damasco, o termo "terrorista" aplica-se a qualquer grupo da oposição, seja este moderado, salafistas ou jihadistas.A pressão militar continua a acentuar-se sobre o EI, tendo sido ontem anunciado que o porta-aviões francês Charles de Gaulle, presente no Mediterrâneo Oriental, ou seja, próximo de águas territoriais sírias, começará hoje a atacar alvos islamitas neste país.
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