• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Hollande: "Esta geração tornou-se o rosto da França"

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Em dia de homenagem às vítimas, o presidente francês não escondeu a emoção e prometeu derrotar o Estado Islâmico
ng5285395.jpg


A França homenageou ontem as 130 pessoas, na sua maioria jovens, que perderam a vida há duas semanas nos atentados de Paris reivindicados pelo Estado Islâmico. Centenas de sobreviventes, familiares das vítimas mortais, alguns políticos, num total de 2500 convidados, juntaram-se numa cerimónia nos Invalides, na capital. No resto do país, as janelas encheram-se de bandeiras nacionais.Debaixo de um céu de inverno, as fotos das vítimas mortais vão passando num ecrã gigante, enquanto se vai cantando "quando não temos mais do que o amor...", palavras imortalizadas por Jacques Brel. Os nomes e as idades dos 130 que morreram às mãos dos jihadistas naquela noite de 13 de novembro vão sendo declamados perante o silêncio de quem assiste à cerimónia, a primeira civil realizada nos Invalides. Todos escutam os nomes em pé. A maioria das vítimas mortais tinham menos de 35 anos - a mais nova tinha 17, a mais velha 68."Essas mulheres, esses homens eram a juventude de França, a juventude de um país livre que preza a sua cultura"


  • [*=center]

    [*=center]


François Hollande atravessa o pátio e dirige-se à tribuna onde irá discursar. "Hoje, toda a nação, as suas forças vivas, choram as vítimas. 130 nomes, 130 vidas arrancadas, 130 destinos ceifados, 130 risos que não ouviremos outra vez, 130 vozes que ficarão em silêncio para sempre", começou por dizer o presidente francês. "Estas mulheres, estes homens vinham de mais de 50 municípios de França, cidades, subúrbios, vilas, vinham também do mundo, 17 países que partilham o nosso luto. (...) Essas mulheres, esses homens eram a juventude de França, a juventude de um país livre que preza a sua cultura", prosseguiu Hollande, que terminou o seu discurso da seguinte forma: "Apesar das lágrimas, esta geração tornou-se o rosto da França."Não escondendo a emoção que sentia, o chefe do Estado francês fez também questão de prometer destruir o Estado Islâmico e pediu aos seus compatriotas para ajudarem nesta luta, continuando a frequentar bares, restaurantes, a assistir a concertos e a jogos de futebol e a apreciar o prazeres simples da vida que os jihadistas repudiam. "Prometo solenemente a todos que a França fará tudo para derrotar o exército de fanáticos que cometeram estes crimes, que agirá incansavelmente para proteger as nossas crianças", garantiu Hollande. "Os terroristas querem dividir-nos, querem colocar-nos uns contra os outros. Vão falhar. Eles fazem o culto da morte, nós temos amor pela vida."Kalashnikovs dos ataques de Paris compradas a alemão pela net
ng5285463.jpg


  • [*=center]

    [*=center]



O presidente recordou também que os ataques de Paris fazem parte de uma cadeia de eventos terroristas que começaram no 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos e que já atingiu muitos outros países, nomeadamente o Mali e a Tunísia, já neste mês. "Vamos derrotar este inimigo. Juntos. Com as nossas forças, que são as da república. Com os nossos braços, que são os da democracia. Com as nos- sas instituições, com o direito internacional", declarou na cerimónia, que se queria discreta - os jornalistas receberam instruções para não se aproximarem dos sobreviventes e familiares da vítimas e que não fossem captadas imagens aproximadas da plateia - e terminou, a pedido de Hollande, com A Marselhesa, o hino francês.Pelas ruas de Paris, e um pouco por todo o país, bandeiras de França eram ostentadas nas janelas, respondendo a um apelo feito nesta semana por François Hollande, para que a cerimónia desta sexta--feira às vítimas dos atentados se estendesse a todos os franceses. Uma homenagem bem mais discreta que a marcha de janeiro, após o ataque ao Charlie Hebdo, que juntou um milhão de pessoas nas ruas de Paris, encabeçadas por dezenas de líderes mundiais.Gafe diplomáticaO ministro dos Negócios Estrangeiros francês viu-se ontem à tarde obrigado a recuar nas declarações que tinha feito horas antes e nas quais sugeria a possibilidade de uma colaboração com as forças leais a Bashar al-Assad no combate ao Estado Islâmico na Síria antes de ser posta em marcha uma transição polí-tica. "A cooperação com todas as forças sírias, incluindo o exército sírio, contra o Estado Islâmico é obviamente bem-vinda, mas, como tenho dito repetidas vezes, só será possível no quadro de uma transição política", esclareceu Laurent Fabius em comunicado.Horas antes, em declarações à rádio RTL, o chefe da diplomacia de Paris havia dito que, como as tropas no terreno não poderiam ser francesas, poderiam ser "soldados sírios do Exército Livre da Síria, de países árabes sunitas e, porque não, tropas do regime". Uma afirmação que mudava a posição do Ocidente de que Bashar al-Assad tem de abandonar já o poder e que foi rapidamente comentada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros sírio. Walid al-Moualem saudou as declarações de Fabius dizendo que "mais vale tarde do que nunca".



dn

 
Topo