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O importante é "entender direção do regime iraniano"

kokas

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Diplomata de Teerão garante em Lisboa, numa conferência do ISEG, que o Irão está pronto a negociar com a Arábia Saudita
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As relações entre a União Europeia (UE) e o Irão vão intensificar-se e alcançar um novo patamar, agora que se chegou ao um acordo na questão do programa nuclear daquele país, mas "existe ainda um nível de desconfiança mútua e será necessário um período de transição para superar esta realidade", declarou Ellie Geranmayeh, do Conselho Europeu para as Relações Externas (CERE), falando ontem numa conferência promovida pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) de Lisboa.Para a investigadora do CERE, baseado em Londres, há uma vantagem comparativa quando se pensa no relacionamento UE-Irão face ao relacionamento entre este país e os Estados Unidos. É que "existe um bom número de pessoas pragmáticas na Europa e em Teerão, muito mais do que existe nos EUA" e na capital iraniana quando se pensa na América.Contudo, como foi notado por outro interveniente na conferência intitulada "Post-Sanctions Iran: Opportunities and Challenges (O Irão após as Sanções: Desafios e Oportunidades)", Seyyed Kazem Sajjadpour, "não existe uma visão europeia do Irão, existem diferentes visões".Para aquele diplomata, diretor do planeamento político do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão, essas "diferentes visões" obscurecem, por vezes, a importância de se entender a direção seguida pelo regime iraniano", a "tendência que se prossegue". E deu como exemplo a resolução da questão nuclear, a organização de encontros com empresários estrangeiros ou a disponibilidade para negociações com a Arábia Saudita, algo para o qual Riade "não está pronto"."Dimensão das barreiras"A opinião de que a Arábia Saudita não está pronta a discutir com o Irão é partilhada por uma outra participante na conferência, Dina Esfandiary, do King"s College, de Londres. Para esta especialista no Médio Oriente, há "tensões e fricções" entre Riade e Teerão que não vão desaparecer tão cedo, mesmo que "existam pessoas no ciclo" do atual presidente iraniano, Hassan Rouhani, com "bons contactos em Riade". Todavia, a "dimensão das barreiras" em diferentes planos impede qualquer desenvolvimento promissor no futuro previsível, diz a investigadora do King"s College.Ainda sobre as perceções ocidentais, o diplomata iraniano considerou que estas estão marcadas "por atitudes e tensões" que resultam de uma "perceção errada da diversidade da sociedade iraniana" e da própria natureza do regime de Teerão. E deu como exemplo a questão nuclear, no centro do debate promovido pelo Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina (Cesa) do ISEG.A Europa, e os EUA, partiram da "assunção errada de que o Irão pretendia ter a bomba nuclear", o que nunca foi o caso, disse Kazem Saj-jadpour. Para salientar, em seguida, que orientação diametralmente oposta foi seguida no caso de Israel, país detentor da arma nuclear, e "nunca objeto de sanções", salientou o diplomata de Teerão que intervinha num painel sobre "O Irão e o Mundo" após o acordo assinado em Viena, a 15 de julho último, por este país, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a UE.Num outro painel foram abordadas as questões relativas à economia, nomeadamente o fim das sanções, as oportunidades de investimento e implicações para o setor energético iraniano.



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