• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

O amigo de Saddam, Fidel e Arafat agora quer ser mayor de Londres

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Desde a chegada de Corbyn à liderança do Labour que se fala do regresso de Galloway ao partido que o expulsou em 2003
ng5295795.jpg


Em maio perdeu o lugar de deputado por Bradford West, mas enganou-se quem pensava que era o fim de George Galloway. O ex-trabalhista expulso do Labour por se opor à guerra no Iraque do seu amigo Saddam e cofundador do Respect não perdeu tempo e anunciou a candidatura à presidência da Câmara de Londres para, disse, "construir uma cidade para todos, não só para os que nadam em ouro".Agora sempre de chapéu, Galloway tem-se multiplicado em ações de campanha para as eleições de maio de 2016. E se muitos dos seus ataques vão contra Zac Goldsmith, o candidato conservador a mayor, cuja fortuna coloca na categoria dos que "nadam em ouro", também não poupa o trabalhista Sadiq Khan.E nem o facto de o antigo partido ser hoje liderado pelo homem ao lado do qual nos anos 90 encarnou a ala mais à esquerda, antiguerra e (ainda mais) anti-Tony Blair, parece capaz de o travar. "Muito chato", vira-casaca" ou "produto na máquina blairista" são algumas das expressões que usou para se referir a Khan. Isto além de ter acusado o deputado por Tooting, de origem paquistanesa, de ser mau muçulmano. Tudo porque, disse ao Evening Standard, Khan segurou no Alcorão "com a mão esquerda" num encontro com a rainha Isabel II."Sou eu contra Sadiq Khan na luta pelo voto do centro-esquerda", resumiu Galloway num comício nesta semana no Oxford House Social Club de Walthamstow, na Grande Londres. Um encontro com os eleitores em que, além da audiência de idades diversas e multiétnica, não faltou, em cima da mesa, a biografia de Fidel Castro escrita pelo candidato do Respect.Depois de nova ronda de ataques a Khan e inquirido pelo jornalista do The Guardian sobre quem é que ele acha que Corbyn preferiria ver como mayor de Londres, Galloway apenas garantiu: "Se eu fosse o Jeremy, preferia que fosse eu!" Uma opinião que o líder trabalhista pode não partilhar ou não concordassem os analistas que uma derrota de Khan frente a Godsmith - que a entrada de Galloway na corrida só torna mais provável - só o irá enfraquecer.
ng5295824.jpg


Regresso ao Labour?Seja como for, a verdade é que desde a inesperada e esmagadora vitória de Jeremy Corbyn na corrida à liderança trabalhista se têm multiplicado os rumores sobre um regresso de Galloway ao Labour. Já neste mês, Ken Livingstone - outro famoso membro da ala esquerda trabalhista, que foi substituído na Câmara de Londres pelo conservador Boris Johnson - defendeu na rádio LBC que Galloway devia poder voltar ao Labour desde que "obedeça às regras". O próprio Galloway, ainda antes da eleição de Corbyn, garantira que se este vencesse voltaria "rapidinho".Em 2003, Galloway foi expulso do Labour (de que era militante desde os 13 anos, quando se filiou, mentido e dizendo ter 15) por ter chamado ao governo trabalhista "a máquina de mentir de Tony Blair" e ter garantido que as tropas britânicas a servir no Iraque deviam recusar obedecer às ordens. Nascido em Dundee em 1954, filho de um sindicalista escocês, continuou como deputado por Glasgow, até perder o lugar nas eleições de 2005. Visitante habitual de Portugal - tem uma casa no Algarve -, Galloway cofundou naquele ano o partido antiguerra Respect, pelo qual já representou duas circunscrições antes de perder o lugar de deputado nas legislativas de maio.Foi numa viagem a Beirute quando tinha 20 e poucos anos que Galloway se apaixonou pela causa palestiniana. Foi no Líbano que conheceu Yasser Arafat, cuja morte ainda neste ano recordou no Twitter. Mas o líder palestiniano não foi o seu único amigo menos recomendável aos olhos do Ocidente. Em 1994, quatro anos depois de ter criticado as sanções ao Iraque após a guerra do Golfo, conheceu Saddam Hussein numa visita a Bagdad. "Saúdo a sua coragem, a sua força, a sua infatigabilidade", terá dito ao ditador iraquiano. Os dois voltariam a encontrar-se em 2002, uma proximidade que em 2005 lhe valeu ser chamado a testemunhar no Senado dos EUA, que investigava os negócios petrolíferos com o Iraque, tendo garantido: "Não sou, nem nunca fui, negociante de petróleo."Fora do mundo árabe, Galloway também não esconde a admiração por Fidel Castro, sendo mesmo autor de Fidel Castro Handbook.Sem nunca fugir de uma boa polémica, este homem que já participou no Big Brother Famosos está a preparar-se para o lançamento do documentário The Killing of Tony Blair. Casado em quartas núpcias com uma antropóloga holandesa de origem indonésia e pai de quatro filhos (o mais novo com um ano), Galloway garantiu que, "se for o mayor, Londres vai declarar paz no mundo". E mais: "Não iremos estender a passadeira vermelha a um Narendra Modi, o assassino primeiro-ministro indiano, ou [ao primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu, o tirano de Israel." Palavras que prometem ser pouco pacíficas.

ng5295902.jpg


dn

 
Topo