• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Ataques aéreos britânicos na Síria: debate vai durar mais de dez horas

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Trabalhistas vão ter liberdade de voto, uma decisão inédita em temas importantes. Imprensa fala em cerca de 50 dissidentes
ng5315931.JPG


David Cameron quer iniciar o mais depressa possível os bombardeamentos do Reino Unido contra o Estado Islâmico na Síria e ontem conseguiu a sua primeira vitória no caminho para este objetivo - o debate no Parlamento foi marcado para hoje e os deputados terão dez horas e meia para discutir o tema antes de o votar. Os eleitos do Labour, dividido sobre o assunto, vão ter liberdade de voto, outra boa notícia para o primeiro-ministro.Tendo precisamente em mente a divisão interna dos trabalhistas, Cameron quis mostrar que o mesmo não se passa entre os conservadores ao garantir ontem que o seu governo aprovou de forma unânime a moção sobre os ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria. Na reunião do Conselho de Ministros foi também aprovada uma moção para prolongar os bombardeamentos britânicos contra alvos terroristas no Iraque, iniciados a 30 de setembro de 2014."Irei apresentar a argumentação e espero que o máximo de deputados de todos os partidos me apoiem", explicou o líder do governo após a reunião. "Este foi um processo muito deliberado e adequado - uma reunião do governo, aconselhamento jurídico, uma moção adequada na Câmara dos Comuns, um debate de dez horas e meia amanhã [hoje] na Câmara dos Comuns e obviamente temos de pensar nas nossas corajosas Forças Armadas e nas suas famílias pelo risco que correm em nosso nome", referiu também. A votação deverá começar às 22.30.A moção - que foi elaborada propositadamente para refletir o texto sobre este tema aprovado pelos trabalhistas no seu congresso de setembro - declara que o Estado Islâmico reapresenta uma "ameaça direta" e "sem precedentes" para o Reino Unido e pede aos deputados para que apoiem o governo e as Forças Armadas a "levar a cabo ações militares, especificamente ataques aéreos, exclusivamente contra o EI na Síria".Pode ainda ler-se que no documento que não serão enviadas tropas para o terreno na Síria e que o governo se compromete a fazer atualizações trimestrais das operações aos deputados.Alguns obstinadosDepois de há dois anos o Labour ter impedido os ataques aéreos britânicos na Síria, hoje poderá ser graças a alguns deputados seus que eles começarão. Jeremy Corbyn, que é contra, não conseguiu convencer nem mesmo o governo sombra do Labour, sendo forçado a dar liberdade de voto aos deputados trabalhistas, quebrando uma tradição no que diz respeito a grandes decisões. De acordo com a imprensa britânica, cerca de meia centena de deputados trabalhistas irão votar ao lado do governo de Cameron."Ele acredita que nos podemos livrar do EI com bombardeamentos. A minha resposta para ele e para todos os que apoiam os bombardeamentos: quando bombardeamos uma cidade como Raqqa - onde vivem centenas de milhar de pessoas, que podem ou não desejar estar sob o controlo do EI, certamente muitas delas estão a tentar sair de lá - vamos matar pessoas, vamos matar pessoas nas suas casas com as nossas bombas. Penso que deveríamos ter muito cuidado com isso", declarou ontem à BBC Radio 2 o líder trabalhista, sublinhando que apenas "um pequeno número" de "obstinados" deputados do seu partido irão apoiar os ataques na Síria.


dn

 
Topo