«Acordo com a NOS é o desejado, o anterior foi o possível» - Domingos Soares de Oliveira
Domingos Soares de Oliveira, administrador executivo da SAD do Benfica, assume a «estratégia de risco» inerente ao contrato de longa duração com a NOS, mas diz não ter dúvidas da mais-valia do acordo para o clube.
«A intenção das conversas que tivemos com a NOS foi de explorar bem a marca Benfica, e, portanto, nós hoje temos acordos de distribuição da BTV como um canal completo em cerca de 12 países, depois temos acordo em mais 135 para transmitir os jogos», começou por explicar, citado pelo site dos encarnados, no dia em que se assinala o sétimo aniversário do canal oficial do clube.
Válido por dez anos, o contrato com a NOS será renovado, se uma das partes assim quiser, de forma automática, ao fim de três anos.
«É sempre uma estratégia de risco fazer um contrato a dez anos. Nós tivemos essa experiência no anterior contrato de direitos televisivos, mas eu diria que na altura foi um acordo possível, o que não é o caso agora. Hoje é um acordo desejado», realçou Domingos Soares de Oliveira, explicando o timing da concretização da parceria:
«Se pensarmos um pouco como é que o mercado vai evoluir em termos da concorrência à volta de conteúdos, que é claramente uma das peças chave para conseguirmos ter alcançado o nosso valor, não tenho certezas, olhando bem o que é o mercado das operadoras de telecomunicações, tenho até algumas dúvidas que esta grande concorrência que existe hoje se possa manter em termos futuros. Portanto, havia que aproveitar o momento e foi isso que fizemos.»
«Conforme é público no comunicado que fizemos à CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], tanto nós como a NOS, o valor é crescente, ou seja, começa num valor abaixo dos 40 milhões e acabará num valor ligeiramente acima dos 40 milhões, mas digamos que não há uma grande variação, não é um crescimento de 50 por cento em cada ano. Portanto é um valor muito próximo dos 40, quer à partida, quer à chegada», precisou.
Conteúdos internacionais em aberto
Quanto à exibição de conteúdos internacionais – casos dos campeonatos inglês, francês e italiano -, assegurada, maioritariamente, pelo segundo canal, explicou Domingos Soares de Oliveira que não foi ainda tomada uma decisão definitiva:
- Sabemos que temos os direitos até 2018 e, portanto, é uma decisão que tomaremos mais à frente sobre se manteremos o segundo canal com estes conteúdos internacionais ou se, eventualmente, chegaremos a um acordo com quem nos vendeu esses direitos para que essa exploração possa ser feita noutro canal.
«O segundo canal foi criado para, no fundo, termos conteúdos internacionais, que só tínhamos os direitos de explorar para Portugal. A Benfica TV, porque voltando a ser um canal de clube a intenção será recuperar o nome, vai manter-se como canal próprio», explicou.
IN:A BOLA