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Câmaras de infravermelhos vão ficar coloridas

Furabilhas

GF Prata
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Este domo recebeu um revestimento ajustado para absorver toda a luz vermelha, o que o deixa com uma tonalidade verde.
No detalhe é possível ver os nanocubos de prata responsáveis pelo fenómeno.
[Imagem: Maiken Mikkelsen/Gleb Akselrod/Duke University]

Cores do Infravermelho

As câmaras de infravermelhos que detectam os objectos pela temperatura, poderão tornar-se tão coloridas quanto as câmaras ópticas tradicionais.
As imagens de infravermelhos actuais parecem até ser coloridas, mostrando os objectos quentes mais vermelhos e brilhantes que o seu contorno.
Mas essas imagens não são criadas a partir de cores reais, elas baseiam-se na quantidade de radiação térmica, ou luz infravermelha, que a câmara capta.
Agora, uma nova tecnologia promete dar a essas câmaras a a capacidade real de identificar diferentes cores, através dos diferentes comprimentos de onda do espectro infravermelho.

Absorvedores Perfeitos


Além das imagens se tornarem mais "inteligíveis" para os olhos humanos, essas "cores do calor" permitirão capturar muito mais informações sobre os objectos que estão sendo fotografados, incluindo a sua composição química.
Essa possibilidade foi demonstrada por Gleb Akselrod, da Universidade de Duke, nos EUA, que criou absorvedores perfeitos para pequenas bandas do espectro eletromagnético, desde a luz visível até ao infravermelho.
"Usando técnicas bem conhecidas da química e empregando-as de novas maneiras, fomos capazes de obter uma resolução significativamente melhor do que com um sistema de litografia por feixe de electrões" disse o professor Maiken Mikkelsen, coordenador da equipa.
"Isso permitiu-nos criar um revestimento, que pode ajustar o espectro de absorção com um nível de controlo anteriormente impossível, com potenciais aplicações que vão da detecção de luz e fotodetectores até aplicações militares," prosseguiu ele.

Pacotes de Energia

A tecnologia baseia-se no mesmo fenómeno físico por trás da plasmónica, que explora as ondas de electrões geradas quando a luz atinge a superfície dos metais (essencialmente pacotes de energia), que são conhecidos como plásmons de superfície.
Akselrod revestiu, em primeiro lugar, a superfície de um substrato com uma fina camada de ouro, com poucos átomos de espessura.
A seguir ele colocou por cima outra camada igualmente fina de um polímero e, finalmente, um revestimento de cubos de prata, cada um medindo cerca de 100 nanómetros de aresta.
Quando a luz atinge esse revestimento multicamada, um comprimento de onda específico (uma cor) fica aprisionada na superfície dos nanocubos na forma de plásmons de superfície, dissipando-se finalmente na forma de calor.
Controlando a espessura da película do polímero e o tamanho e quantidade dos nanocubos de prata é possível ajustar o revestimento para que ele absorva diferentes comprimentos de onda de luz, do espectro visível ao infravermelho.

Câmara de Infravermelhos Colorida

Agora a equipa pretende usar múltiplos revestimentos para criar diversos sensores, que possam captar selectivamente diversas faixas do espectro infravermelho, criando uma câmara infravermelha colorida.
Segundo eles, isto não será um problema porque a técnica de fabricação dos revestimentos é escalável e pode ser aplicada a superfícies de qualquer geometria.
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