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A 17 meses das presidenciais, Frente Nacional obtém vitória histórica

kokas

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Set 27, 2006
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Extrema-direita à frente em seis das 13 regiões em jogo. Marine Le Pen e a sobrinha são as mais votadas em duas delas e, por isso, PS retira-se na segunda volta a favor de partido de Sarkozy
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Assim que as votações encerraram e as sondagens à boca das urnas apontaram para uma vitória histórica da extrema-direita na primeira volta das eleições regionais, a questão colocou-se de imediato. Iriam Os Republicanos e o PS aliar-se nas regiões em que ambos passam à segunda volta com candidatos da Frente Nacional, por forma a concentrar o apoio apenas numa das formações e assim evitar o triunfo do partido liderado por Marine Le Pen? A resposta chegou pouco tempo depois: "Vou propor a rejeição de qualquer fusão ou retirada de listas", disse o líder d'Os Republicanos Nicolas Sarkozy. Do lado do PS, o seu número um, Jean-Christophe Cambadélis, anunciou a retirada das suas listas em duas regiões na segunda volta (Nord-Pas-de-Calais-Picardie e Provence-Alpes-côte d"Azur), por forma a travar a extrema-direita. Isso deixará os eleitores socialistas a apoiar os conservadores daquele ex-presidente francês.Visivelmente satisfeita, após conhecer os números das primeiras sondagens à boca das urnas, Marine Le Pen declarou ontem: "É um resultado magnífico que recebemos com humildade e responsabilidade. O povo exprimiu-se e com ele a França ergueu a cabeça. Esta votação confirma o que os precedentes escrutínios anunciaram. O movimento nacional é de forma incontestável o primeiro partido". Prevendo já uma onda de críticas, a nível interno e também externo, a filha de Jean-Marie Le Pen, histórico e polémico líder da extrema-direita, deixou a garantia: "Não vamos ceder às pressões antidemocráticas das forças políticas e mediáticas. A campanha de difamação vai aumentar."Socialistas retiram-se das eleições em duas regiões para bloquear Frente Nacional
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Segundo uma projeção IFOP, a Frente Nacional venceu com 30,6% dos votos esta primeira volta, Os Republicanos ficaram em segundo lugar com cerca de 27% e o Partido Socialista em terceiro com 22,7%. Há cinco anos, na primeira volta, tinham sido os socialistas os vencedores com 29,14%, seguidos da direita com 26,02% (nessa altura o partido de Sarkozy chama-se União para um Movimento Popular), surgindo a Frente Nacional apenas na quarta posição com 11,42% (em terceiro ficaram os ecologistas com 12,18% dos votos). Estas são as primeiras regionais pós-reforma territorial em que em vez de 22 regiões metropolitanas há 13.Em seis delas a Frente Nacional estava ontem à frente. Em Nord-Pas-de-Calais-Picardie Marine Le Pen ficou à frente com 43%, seguida de Xavier Bertrand, candidato da direita que recolhe 24%. Pierre de Saintignon, da esquerda, surge em terceiro com 18%. Em Provence-Alpes-Côte-D"Azur, a sobrinha de Le Pen, Marion Marechal-Le Pen, surge em primeiro com 41%, seguida do candidato d"Os Republicanos Christian Estrosi com 28%. Se em nenhuma região um candidato obtiver mais de 50%, terá de ir à segunda volta, no próximo domingo, com os candidatos cuja lista tenha obtido mais de 10%. Nalguns casos haverá, por isso, triangulares.

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Nestas regionais a taxa de participação foi superior à de 2010: mais de 50% dos 44,6 milhões de eleitores chamados às urnas exerceram o direito de voto. Realizado sob estado de emergência, declarado por três meses após os atentados terroristas que a 13 de novembro fizeram 130 mortos em Paris, este é o último escrutínio em França antes das presidenciais de 2017, daqui a 17 meses. É de olho nestas eleições que estão Le Pen, Sarkozy e Hollande. Mas consciente de que ainda é preciso esperar mais um pouco, o vice-presidente da Frente Nacional Florian Philippot lembrou: "Agora falta convencer na segunda volta."

dn

 
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