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Londres reforça a segurança policial nas estações de metro após ataque

kokas

GF Ouro
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Esfaqueamento é a primeira ação terrorista no Reino Unido desde 2013. Sucede pouco depois de início de bombardeamentos britânicos contra alvos do Estado Islâmico na Síria
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Nem o frio de uma manhã cinzenta de Londres impediu os clientes habituais de tomarem o seu café na esplanada do Le Parisien. Este domingo, além do habitual entra e sai de passageiros do metro de Leytonstone - no leste de Londres - a clientela tinha outro espetáculo para admirar: o mediático.Afinal, foi na estação mesmo ao lado do café que, no sábado à noite, um homem de 29 anos esfaqueou três pessoas que se encontravam junto às bilheteiras, tendo uma das vítimas - um homem com 56 anos - ficado em estado grave.Ao DN, o dono do café disse que não estava no local à hora do ataque. Mas de acordo com os seus funcionários "as pessoas começaram fugir da estação. Estavam "mortas" de medo. Algumas delas foram para dentro do café e pediram para usar o telefone e ligarem para os maridos e namorados para as virem buscar à estação porque simplesmente já não queriam usar mais nenhum transporte público", esclareceu o proprietário de Le Parisien.Quando a polícia chegou à estação ainda o suspeito se encontrava lá dentro. Para o imobilizar, os agentes usaram uma pistola "taser", que dispara descargas elétricas. Vários vídeos partilhados nas redes sociais mostram o momento da captura, já com o homem deitado no chão enquanto os agentes tentam colocar-lhe as algemas.As autoridades anunciaram ontem a realização de buscas domiciliárias na área leste da capital britânica . Ao final do dia, era tornada pública a decisão de reforçar o contingente policial presente na rede de metro londrina.De acordo com testemunhas no local, durante o ataque, o homem terá gritado: "Isto é pela Síria." Tal afirmação, juntamente com o facto do ataque ter tido lugar poucos dias depois do Reino Unido ter iniciado o bombardeamento de alvos estratégicos do Estado Islâmico na Síria, permitiu à Scotland Yard rapidamente concluir que o ataque era um "incidente relacionado com terrorismo".Se a motivação terrorista se confirmar, o ataque na estação de Leytonstone terá sido a primeira ação de jihadistas no Reino Unido desde maio de 2013 quando um militar, Lee Rigby, foi atropelado e em seguida esfaqueado e decapitado por dois atacantes, quando o soldado saía de da sua unidade no sudeste de Londres.Desde há meses que era insistentemente referida a possibilidade de um ataque terrorista.Em Leytonstone, existe uma comunidade portuguesa com alguma dimensão. A cerca de dez minutos da estação de metro localiza-se o café Alternativa, de Sónia Santos. Ao DN, esta emigrante portuguesa, a residir em Londres há três anos, diz que apenas se apercebeu do "movimento dos carros da polícia a passar" e assegura que Leytonstone é apenas "uma zona como todas as outras. Há vários problemas todos os dias e não só agora depois de se ouvir falar destas coisas do terrorismo".Já Maria Manuela Fontes, mulher do proprietário do café Le Parisien e residente noutra zona da cidade, confessou a sua surpresa com o ataque. A portuguesa disse ao DN que nunca pensou que "isto acontecesse num lugar tão calmo e amistoso", mas que nem por isso se sente menos segura. "A vida continua", garantiu.O ataque de sábado motivou também reações políticas ao mais alto nível. Fonte do gabinete do primeiro-ministro David Cameron, em Downing Street, disse que o governo está a acompanhar a situação de perto. Já o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, escreveu na rede social Twitter que "o esfaqueamento em Leytonstone é absolutamente chocante". Corbyn expressou solidariedade para com as vítimas e respetivas famílias.As autoridades pedem à população para que se mantenha vigilante a calma. Coisa fácil de dizer, mas cada vez mais difícil de fazer. O ataque em Leytonstone ocorre precisamente poucos dias depois de vários edifícios da zona central de Londres terem sido evacuados, durante a tarde da passada terça-feira. A primeira situação ocorreu junto à Ponte de Londres e na zona financeira da cidade; a segunda foi junto à BBC e ao consulado português, tendo a representação diplomática nacional sido mesmo evacuada.Em ambos os casos foi falso alarme, mas são situações como estas que causam sobressalto junto da população e preocupam sobretudo quem tem que usar a rede de transportes públicos de Londres. Na memória de muitos londrinos e britânicos está ainda o atentado de 7 de julho de 2005 no metro e num autocarro, que matou 52 pessoas. Duas semanas depois, um outro ataque da mesma natureza, visando também estações de metro e um autocarro falhou, não provocando quaisquer vítimas.Desde agosto de 2014 que o Reino Unido está sob o segundo nível mais elevado de alerta, em que se considera fortemente possível a ocorrência de ataque terrorista.


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