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Kim garante ter a bomba H. Os peritos duvidam, mas...

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Centenas de vezes mais poderosa do que a bomba atómica, a bomba de hidrogénio é mais fácil de colocar em mísseis.
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Quase uma década depois de ter realizado o primeiro ensaio nuclear, a Coreia do Norte anunciou que também possui a bomba de hidrogénio. A garantia foi deixada pelo líder, Kim Jong-un, que durante uma vista a umas instalações militares históricas nos arredores de Pyongyang garantiu que o avô, Kim Il-sung, tornou a Coreia do Norte num "poderoso estado nuclear pronto a detonar uma bomba atómica e uma bomba de hidrogénio para defender a sua soberania e a dignidade da nação".Os peritos estão céticos em relação a esta declaração que, a confirmar-se, seria um grande avanço na capacidade nuclear de Pyongyang e poderia desestabilizar ainda mais o frágil equilíbrio da região. "Acho pouco provável que os norte-coreanos tenham uma bomba de hidrogénio neste momento, mas também não espero que continuem a testar dispositivos básicos indefinidamente", admitiu à Reuters Jeffrey Lewis do Instituto de Estados Internacionais de Monterrey, na Califórnia. Já um responsável dos serviços secretos sul-coreanos garantiu à agência Yonhap não ter provas de que Pyongyang tenha a bomba H e disse-se convencido de que Kim estava apenas a testar a retórica bélica.

Depois de admitir pela primeira vez em 2002 ter um programa nuclear secreto, quatro anos depois a Coreia do Norte realizava o primeiro de três ensaios subterrâneos. E em maio passado, Pyongyang anunciou ter testado um míssil submarino carregado com uma ogiva nuclear - muito mais difícil de detetar do que os engenhos tradicionais.
Mas até agora, as autoridades norte-coreanas nunca se tinham referido à bomba de hidrogénio. Também chamadas bombas termonucleares, estas usam a fusão para criar uma explosão que pode chegar a ser centenas ou mesmo milhares de vezes mais poderosa do que a da bomba atómica, segundo a enciclopédia Britannica. Ao explodir, a bomba H produz uma onda de choque que avança a velocidade supersónica e pode destruir qualquer edifício num raio de vários quilómetros. O clarão pode provocar cegueira em quem o observe diretamente, mesmo a dezenas de quilómetros. O calor da explosão incendeia todos os materiais combustíveis, provocando enormes incêndios. E a radioatividade contaminará ar, água e solo durante anos após o rebentamento, podendo afetar todo o planeta.
Tecnicamente ainda em guerra com o Sul - a guerra da Coreia (1950-53) terminou com um armistício mas o tratado de paz nunca foi assinado -, a Coreia do Norte não tem hesitado em ameaçar Seul e o seu principal aliado, os Estados Unidos, que prometeu aniquilar numa bola de fogo.Um dos regimes mais fechados do mundo, a Coreia do Norte é liderada desde 2011 por Kim Jong-un que então sucedeu ao pai, Kim Jong-il, à frente de uma dinastia iniciada pelo avô, Kim Il-sung. O país não permite portanto a entrada de observadores internacionais, o que torna muito difícil a monitorização do seu programa nuclear. Sujeita a sanções internacionais, Pyongyang poderá estar a usar a ameaça da bomba H como uma forma de "chamar a atenção e reafirmar a autonomia da Coreia do Norte", enquanto Kim Jong-un reforça "a sua autoridade política", explicou à BBC John Nilsson-Wright, diretor do programa para a Ásia da Chatham House.Difícil de produzirConsiderada de produção difícil, a bomba de hidrogénio é, segundo o site GlobalSecurity.org, mais fácil de colocar nos mísseis. Testada pela primeira vez em 1952 pelos Estados Unidos, há vários outros países a possuir hoje a bomba termonuclear, como é o caso de Rússia, Reino Unido, China, França, mas também Israel (que tal como no caso da bomba atómica nunca confirmou oficialmente), Paquistão e Índia.


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