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Ricardo Salgado em liberdade. Mas com apresentações na PSP

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O juiz Carlos Alexandre determinou o fim da prisão domiciliária depois de o Ministério Público ter apresentado essa proposta
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O juiz Carlos Alexandre determinou o fim da prisão domiciliária para Ricardo Salgado, ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES), uma medida de coação que vigorava desde julho deste ano. Na decisão conhecida ontem o magistrado judicial manteve outras medidas já aplicadas ao ex-banqueiro: a proibição de contactos com antigos administradores do GES e a proibição de se ausentar para o estrangeiro, acrescentando uma - apresentações periódicas às autoridades, provavelmente na PSP de Cascais. Ricardo Salgado era o único arguido na investigação que esteve detido e em domiciliária.No âmbito dos vários processos-crime sobre o "universo Espírito Santo", como tem sido descrito pela Procuradoria-Geral da República, Ricardo Salgado é suspeito de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais. Em julho deste ano, e apesar de o Ministério Público não o ter defendido, o juiz Carlos Alexandre colocou o ex--banqueiro em prisão domiciliária.A substituição daquela medida de coação terá sido decidida após proposta do Ministério Público, na sequência de vários pedidos da defesa nesse sentido - e nada teve que ver com um novo pagamento de caução. Recorde-se que Ricardo Salgado começou por pagar três milhões de euros no chamado processo Monte Branco. Posteriormente, o juiz Carlos Alexandre pretendeu que nova caução fosse prestada no caso BES. Salgado contestou e a decisão final passou por dividir a caução do Monte Branco por ambos os processos.Os 73 inquéritos do universo Espírito Santo estarão relacionados com a gestão do grupo e os atos praticados no seu interior, que terão levado à derrocada do grupo, em 2014. Grande parte da prova recolhida passará, como já adiantou a PGR, pelas entidades reguladoras. "Dada a matéria que está em causa, o Ministério Público trabalha também em estreita colaboração com as entidades reguladoras, como o Banco de Portugal e a CMVM", explicou a PGR em comunicado.Além de Ricardo Salgado, foram ainda constituídos arguidos na investigação ao universo Espírito Santo Isabel Almeida, ex-diretora financeira do BES, que foi "braço direito" do antigo administrador Morais Pires, António Soares, ex-diretor do BES Vida, Pedro Luís Costa, ex-administrador do Espírito Santo Ativos Financeiros, José Castella, antigo responsável pela tesouraria do GES, e Cláudia Boal de Faria, que pertenceu à área de vendas e estruturação do BES, responsável pela área da poupança do Novo Banco. O DN tentou obter uma reação do advogado de Salgado, mas Francisco Proença de Carvalho não respondeu aos contactos.Duas acusações do BdPEnquanto espera pelo desenvolvimento dos processos-crime, Ricardo Salgado e outros ex-gestores do BES já estão a preparar as defesas a duas acusações feitas pelo BdP em processos de contraordenação, o último dos quais relacionado com o BES Angola em que Salgado, Morais Pires, José Maria Ricciardi, Joaquim Goes, Rui Silveira e 11 outros ex-gestores do GES são arguidos.Ricardo Salgado, Amílcar Morais Pires e Rui Silveira são acusados de quatro contraordenações, incluindo uma "especialmente grave". Por sua vez, José Maria Ricciardi, Joaquim Goes, José Manuel Espírito Santo e outros antigos membros da comissão executiva do BES são acusados de três contraordenações com dolo. Em maio, o BdP acusou 15 gestores do BES de gestão ruinosa e falsas informações com dolo, num processo relacionado com a colocação da dívida da ESI e da Rioforte junto de clientes.

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