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Costa desconvida Alegre para pôr César no Conselho de Estado

kokas

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Set 27, 2006
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Número um da lista das esquerdas vai ser afinal o presidente do PS e líder parlamentar. Mas Manuel Alegre confirma oficialmente ao DN que esteve para ser ele o indicado
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Reviravolta na escolha do PS para o Conselho de Estado (CE). Manuel Alegre foi convidado por António Costa para ser reconduzido neste órgão de aconselhamento do Presidente da República, que integra há vários anos, sendo o número um da lista que as esquerdas apresentarão no Parlamento. E aceitou, agradando-lhe o cenário de ser primeiro numa lista que juntaria personalidades (Alegre fez da capacidade das esquerdas dialogarem entre si uma das lutas da sua vida e na sua candidatura presidencial de 2006 conseguiu reunir em torno de si o apoio do PS e do Bloco).Só que, entretanto, algo fez António Costa mudar de ideias. Falou com o histórico socialista e disse-lhe que afinal o número um da lista será Carlos César, líder parlamentar e presidente do PS.Manuel Alegre, falando ontem ao DN, confirmou a história. "A princípio era para ser eu. Mas parece que há uma tradição segundo a qual o número um da lista é sempre ou o secretário-geral do PS ou o presidente do partido. Ora o secretário-geral já está no Conselho de Estado [por ser primeiro-ministro]." "Assim - acrescentou - avançou o presidente do partido [Carlos César]. Por mim, fico contente que no meu lugar vá um representante do Bloco de Esquerda ou do PCP."Alegre fica, PCP regressa, BE estreia-se, Portas de fora
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Confrontado pelo DN, César recusou confirmar ou desmentir a história, remetendo para António Costa: "O formato [da lista] foi comigo, os nomes são com o secretário-geral."Seja como for, o caso deixará marcas, pelo menos nas relações políticas e pessoais entre Alegre, Costa e César. Alegre foi um dos principais apoiantes da ascensão de Costa à liderança do PS, sendo um apoiante entusiasta dos acordos à esquerda que permitem ao secretário-geral do PS ter apoio maioritário no Parlamento. Já Carlos César foi em 2010/2011 um dos principais apoiantes dentro do PS da segunda candidatura presidencial de Alegre - tendo, aliás, a candidatura sido apresentada em Ponta Delgada (na fotografia).O que está em causa é a eleição para o Conselho de Estado de cinco personalidades escolhidas pelo Parlamento.Não tendo havido acordo entre as esquerdas e a coligação PSD/ /CDS para uma lista conjunta, avançarão duas listas. Aplicando--se, como é de lei, o método de Hondt no apuramento dos mandatos, a esquerda elegerá três personalidades e a direita duas.Na lista das esquerdas o primeiro nome deverá portanto ser o de Carlos César, devendo seguir-se uma personalidade indicada pelo Bloco de Esquerda (hoje a comissão política do partido decidirá quem, prevendo-se que a escolha recaia sobre Francisco Louçã).Depois do nome do BE deverá surgir uma personalidade indicada pelo PCP. Provavelmente Jerónimo de Sousa - porque sempre que os comunistas tiveram representação no CE - algo que acabou há dez anos, com a eleição de Cavaco Silva para Presidente da República - foi através do seu líder.À direita - que terá dois eleitos -, o primeiro nome deverá ser o do militante n.º 1 do PSD (e patrão do grupo Impresa), Pinto Balsemão, reconduzido. Passos Coelho, aparentemente, só admite regressar ao CE se um dia conseguir voltar a ser primeiro-ministro.No CDS, nenhum dos dirigentes contactados para o DN abriu o jogo e afirmaram desconhecer qual o nome que vai ser proposto pelo partido para o Conselho de Estado. "Só ao mais alto nível se poderá saber", sublinha um vice-presidente. O "mais alto nível" é Paulo Portas e o presidente do partido não deu nenhuma pista. Portas - que no domingo Marques Mendes garantia não querer ir - é uma hipótese, embora fontes que lhe são próximas salientem a sua "imprevisibilidade" e o facto de aparecer "sempre com uma ideia inesperada".Caso Portas não avance, os nomes da área democrata-cristã que são fortes candidatos a conselheiros de Estado, conforme adiantou ontem o DN, são Adriano Moreira, ex-presidente do CDS, Bagão Félix, ex-ministro das Finanças próximo do CDS, e António Lobo Xavier, fiscalista e ex-líder parlamentar do CDS.



nm

 
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