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Terrorista do aeroporto treinado num comando suicida

kokas

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O investigador da Unidade de Contraterrorismo explicou detalhadamente como a PJ chegou à conclusão que Gima Her Calunga se enquadra no "padrão" dos soldados jihadistas
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Numa voz quase sussurrada, mas muito firme, o inspetor da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), Paulo Simões, desmontou ontem, perante o tribunal, toda a estratégia que a defesa do suspeito terrorista tem vindo a apresentar. Confirmou que as autoridades holandesas informaram a PJ de que Gima Her Calunga "teria sido treinado por um comando suicida" na Síria e que "regressou à Europa com o objetivo de cometer um atentado". Os holandeses, contou o inspetor da brigada de contraterrorismo, dirigida por Luís Neves, tinham o angolano "monitorizado" pela segurança social, que procurava "desradicalizá-lo" e "reintegrá-lo" na sociedade, e pela "polícia de proximidade", quando ele desapareceu. Só souberam de novo do seu paradeiro pela PJ.Gima Her Calunga foi detido no Aeroporto de Lisboa, em julho de 2014, junto de um avião da transportadora aérea angolana que se preparava para levantar voo da pista da Portela. Estava munido de um facalhão e a suspeita de que queria danificar o aparelho é um dos crimes por que está a ser julgado, além da adesão a organização terrorista e posse ilegal de arma. No seu depoimento, há um mês, o angolano de nacionalidade holandesa quis desvalorizar as acusações, justificando a sua deslocação à Síria com objetivos de ajuda aos refugiados e garantindo desconhecer as ligações terroristas do grupo de "rapazes" que o tinha recebido. Disse que só disparou uma arma uma vez e que ao fim de uma semana já queria regressar à Holanda, por ter "medo" do que lhe pudesse acontecer. O investigador de contraterrorismo, em resposta às várias questões do advogado de Calunga, explicou então por que a narrativa do suspeito não batia certo, descrevendo os diferentes passos da investigação e as informações que foram sendo recolhidas, que os levaram a sustentar aquela acusação. Quando foi detido no aeroporto desabafou com o agente da PSP, admitindo que tinha sido treinado na Síria para cometer um atentado na Europa (confissão que não voltou a repetir ao longo de todo o processo). Na sua agenda, apreendida, tinha anotado o nome de duas mesquitas em Haia, que a polícia holandesa confirmou estarem ligadas ao radicalismo islâmico, bem como a descrição de parte da sua estada na Síria, onde tinha entrado ilegalmente através da Turquia, no grupo terrorista Jabhat al-Nusra. "A PJ conhece bem, pelo menos desde 2012, os percursos dos cidadãos europeus que viajam para a Síria para se juntarem aos grupos jihadistas" e que estes "são coincidentes" com os de Gima. O inspetor adiantou que os "canais de apoio aos refugiados" não passam pelo percurso utilizado por Gima Her Calunga. "Aquela zona é controlada por movimentos terroristas, como é a Al-Nusra, e quem entra por aquela área é para se juntar a esses grupos", sublinhou o inspetor, acrescentando que o facto de Gima se ter convertido ao islão, como o próprio admitiu, é disso prova. "Muitos destes movimentos, como o Al-Nursa, o exército livre da Síria, são controlados pelo ISIS, perfilham o ideal do califado, sob a lei da sharia. Uma das condições para aderir é, precisamente a conversão", salientou.


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