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"Veja se faz alguma coisa por isto", ouviu Marcelo no S. José

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Set 27, 2006
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"Poupar na saúde dos portugueses não é um bom princípio", afirmou o candidato presidencial durante a sua visita ao hospital de S. José
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O confesso hipocondríaco Marcelo Rebelo de Sousa ficou à porta das urgências do hospital de S. José e, na vez dele, entrou o ousado candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa. "Depois do que aconteceu tinha que vir aqui de qualquer maneira", desabafou ao DN, à saída da visita ontem à tarde, que durou cerca de uma hora. Chegou e abalou de táxi, sentado no lugar ao lado do motorista, sem mais ninguém do staff da campanha, a não ser dois repórteres de imagem.Quis deixar duas mensagens principais. Uma de "confiança" no Serviço Nacional de Saúde (SNS), "uma das grandes conquistas do 25 de Abril". Lamentando "profundamente" a morte ocorrida no passado dia 14, por falta de um especialista, Marcelo sublinhou que "a árvore não faz a floresta" e que embora a situação tenha sido "muito grave, há 60, 70 milhões de pessoas que utilizam anualmente o SNS".O candidato presidencial, o primeiro a visitar aquela unidade hospitalar depois de serem conhecidas as falhas na assistência na especialidade de neurocirurgia, deixou também um apelo a que fossem "apuradas todas as responsabilidades" sobre o que aconteceu. "O que é que correu mal por falta de meios humanos, técnicos, financeiros, o que é que correu mal por falta de organização, não sendo possível haver permanentemente uma forma qualificada de intervenção, nomeadamente ao fim de semana, não ter um sistema de rotação entre hospitais. Correu mal ter demorado muito tempo a construção do Hospital Oriental? O que é que correu mal em termos políticos e organizativos?", questionou.Uma coisa é certa para o professor: "Pode-se poupar em muita coisa, mas poupar na saúde dos portugueses não é um bom princípio para quem quer afirmar a justiça social e construir um Estado democrático mais justo".Ao DN Marcelo lembrou ainda há quanto tempo se fala no novo hospital oriental de Lisboa. "Há aqui um problema de fundo que é o atraso na construção deste novo hospital, onde seriam concentradas todas as especialidades e evitaria que tivessem de ficar dispersas pelas várias unidades. Há décadas que se fala nisso, já desde o tempo em que o meu pai era ministro da Saúde da ditadura", recordou.Durante a visita, num dia em que, segundo as informações recolhidas pelo DN, havia meia centena de pessoas à espera de serem atendidas, Marcelo ia ouvindo as explicações do diretor clínico e da presidente do Conselho de Administração. "Há um esforço brutal por parte de todos os profissionais em fazer o melhor possível para tratar de toda a gente, apesar de todas as dificuldades", admitiu o professor. A sua presença passou praticamente despercebida entre os doentes. Só num dos corredores uma senhora saiu, de repente, da sala de espera e acenou: "veja se faz alguma coisa por isto", exclamou.Confrontado pelos jornalistas com a posição de Maria de Belém, que se manifestou contra a aplicação da lei dos compromissos à saúde, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que não se trata "apenas de uma lei, que foi determinada por causa da situação de austeridade". O que está em causa, sublinhou, "é, em geral, saber que condições financeiras deve ter o SNS e como deve funcionar para que não se repitam estes episódios".


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