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Como ficam os preços em 2016?

Luana

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Da electricidade aos transportes públicos, da renda ao pão. Saiba com o que pode contar no próximo ano.


Os portugueses podem contar, a partir de Janeiro de 2016, com aumentos nos preços de electricidade, pão, rendas ou telecomunicações, enquanto os preços do gás, do leite e dos transportes públicos deverão manter-se.

Os preços do gás e do leite deverão manter-se, uma vez que, no primeiro caso, a actualização tarifária só acontece a 1 de Julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado e que, no segundo caso, a associação do sector diz que até ao final do primeiro semestre o preço do leite não deverá sofrer alterações "a não ser que haja situações anormais".

Também as tarifas dos transportes públicos de Lisboa e do Porto ficam inalteradas no próximo ano.

Já o pão deverá sofrer apenas "pequenos ajustamentos" de 2% a 3% em 2016, que terão pouco impacto no preço, ou seja, cerca de meio cêntimo por carcaça, segundo a associação do sector.

Eis alguns exemplos de como ficam os preços em 2016:

Transportes públicos

Os preços dos transportes públicos urbanos de Lisboa e do Porto – Carris e STCP, dos metros de Lisboa e Porto e da Transtejo/Soflusa – vão manter-se inalterados no próximo ano, à semelhança do que aconteceu em 2015.

Contactado pela Lusa, o gabinete do ministro do Ambiente explicou que os aumentos das tarifas “não se justificam”, em função, nomeadamente, da baixa dos preços dos combustíveis, além de o Governo defender “o incremento da mobilidade dos transportes públicos”.

Portagens

O preço das portagens sobe cinco cêntimos em 2016, mas o aumento é limitado a 10% dos troços das auto-estradas portajadas, mantendo-se inalteradas nas restantes, segundo o Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas.

“A revisão anual das taxas de portagem nas auto-estradas entra em vigor a 1 de Janeiro de 2016, de acordo com os respectivos contratos de concessão, que prevêem a actualização com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor”, recorda o ministério tutelado por Pedro Marques.

Já nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, a actualização varia entre os cinco cêntimos (classe 1, em ambas as pontes) e os 15 cêntimos (classe 4, na ponte Vasco da Gama).

A Infra-estruturas de Portugal (IP) vai aumentar em cinco cêntimos 34 das 550 tarifas de portagem das auto-estradas que lhe estão concessionadas no próximo ano.

Água da EPAL

O preço da água vai subir em média 33 cêntimos por mês para a maioria dos clientes domésticos da EPAL, empresa de águas da Grande Lisboa, a partir de 1 de Janeiro, mas mantém-se a tarifa social e a familiar.

“Para a grande maioria dos clientes domésticos da EPAL, cerca de 86%, o novo tarifário para 2016 vai implicar uma actualização média de 33 cêntimos por mês”, lê-se no comunicado da empresa.

A EPAL lembra ainda que tem disponível uma tarifa social destinada a famílias mais carenciadas e que prevê descontos que podem ir até aos 94%.

Electricidade

As tarifas de electricidade no mercado regulado vão subir 2,5% para os consumidores domésticos a partir de 1 de Janeiro, o que representa um aumento de 1,18 euros numa factura média mensal de 47,6 euros.

Já a tarifa social para os consumidores considerados economicamente vulneráveis terá um acréscimo de 0,9%, o que corresponde a um aumento de 19 cêntimos numa factura média mensal de electricidade de 21,5 euros.

As tarifas transitórias para os cerca de 1,9 milhões de consumidores que ainda não migraram para o mercado liberalizado aplicam-se a partir de 1 de Janeiro de 2016 e vigoram durante todo o ano.

Gás

As tarifas transitórias do gás natural ficam inalteradas a 1 de Janeiro, uma vez que actualização tarifária no gás natural só acontece a 1 de Julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.

A 1 de Julho de 2015, as tarifas de gás natural baixaram 3,5% para os clientes domésticos e pequenos comércios (consumo anual inferior ou igual a 10.000 metros cúbicos), caíram 5% para os consumos acima de 10.000 metros cúbicos (pequena indústria) e para os consumidores de média pressão (indústria) baixaram 2,9%. Já a tarifa social registou uma descida de 7,3%.

Leite

Até ao final do primeiro semestre de 2016, o preço do leite não deverá sofrer alterações “a não ser que haja situações anormais que afectem o sector”, como um clima adverso ou subidas da matéria-prima, disse o presidente da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), Paulo Costa Leite.

“Durante o primeiro semestre não haverá condições objectivas para mexer nos preços do leite”, disse à Lusa.

Uma opinião corroborada pelo presidente da Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Lacticínios (FENALAC), Fernando Cardoso: “Gostaríamos que houvesse alguma recuperação a nível de preços, mas como a oferta de leite é superior à procura, vai ser difícil”.

O litro de leite meio gordo UHT, que representa mais de metade do leite consumido em Portugal, custa cerca de 52 cêntimos, mas chega muitas vezes aos consumidores mais barato, fruto das “promoções agressivas” da grande distribuição que a ANIL contesta.

“Quem manda nos preços não é a produção, nem a indústria, é a distribuição, que joga com os preços e promoções de forma aleatória e confunde o consumidor com preços que estão desajustados da realidade”, critica o responsável da ANIL, dizendo que os “valores não deveriam descer abaixo de determinados patamares”.

Pão

O preço do pão deverá ter “pequenos ajustamentos de 2% a 3% em 2016”, o que significa cerca de meio cêntimo por carcaça, disse à Lusa o presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), José Francisco Silva.

O preço da carcaça ronda actualmente os 12 a 16 cêntimos, pelo que comprar dez papo-secos pode vir a custar mais cinco cêntimos.

“O pão é talvez, dentro do cabaz dos portugueses, o produto mais barato”, sublinhou o industrial, destacando que o preço deste alimento tem uma carga social muito importante.

A actualização vai ser necessária para fazer face à evolução dos custos da energia e aos previsíveis aumentos do salário mínimo, justificou o responsável da ACIP, frisando que é importante fixar este valor o mais rapidamente possível.

O salário mínimo vai aumentar para 530 euros já em Janeiro de 2016.

Telecomunicações

Os preços das telecomunicações da Meo e Vodafone vão subir em média 2,5%, a partir de 1 e 13 de Janeiro, respectivamente, enquanto a NOS sobe os tarifários no primeiro dia de 2016, mas não revela o aumento médio.

Já a Vodafone Portugal informa que a partir de 13 de Janeiro, e conforme tem acontecido em anos anteriores, “existirá uma actualização de preços, que varia de acordo com o serviço em causa, mas que em média se situará entre 2% e 3%”.

A Vodafone Portugal adianta ainda que “os clientes que tenham aderido aos serviços TV Net Voz, no fixo, e RED no móvel, que ainda estejam no período de 24 meses de preço garantido, não terão qualquer alteração nas suas mensalidades”.

Já a NOS, operadora que resultou da fusão entre a Optimus e a Zon, escusou-se a avançar o aumento médio, mas adianta que “a partir de 1 de Janeiro de 2016”, actualizará os seus preços de acordo com o divulgado no site www.nos.pt/tarifas2016”.

A operadora justifica que “o aumento dos preços varia com a tipologia do serviço ou pacote subscrito, não havendo um valor de referência para toda a base”.

Todas as operadoras têm a informação disponível sobre a actualização dos tarifários nos seus sites.

Rendas

O valor das rendas deverá aumentar 0,16% em 2016, depois de este ano ter ficado congelado, de acordo com os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os valores publicados pelo INE, nos últimos 12 meses até agosto a variação do índice de preços excluindo a habitação foi de 0,16%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a actualização anual das rendas, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), e que representa mais 16 cêntimos por cada 100 euros de renda.

O aumento de 0,16% das rendas em 2016, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se ao congelamento registado em 2015 na sequência de variação negativa do índice de preços excluindo a habitação, e significa o retomar das actualizações positivas das rendas, que registaram quatro anos de aumentos consecutivos entre 2011 e 2014.





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