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Dois investigadores alemães mergulharam no código do sistema operativo usado na Coreia da Norte e concluíram que é um bom espelho do sistema... político
A mais profunda investigação, até agora, ao Red Star OS, o sistema operativo usado nos computadores na Coreia do Norte, revela um "alto grau de paranóia" e vigilância abusiva dos utilizadores.
Os investigadores, Florian Grunow and Niklaus Schiess, da empresa alemã de segurança informática ERNW GmbH, falaram à agência Reuters antes de apresentarem os resultados do seu estudo num congresso em Hamburgo, no domingo.
Depois de obterem o sistema operativo, a partir de um site fora da Coreia do Norte, a dupla analisou o código à lupa. A versão de 2013, a mais recente, baseia-se no Fedora mas tem vários aspetos únicos, incluindo a sua própria versão de uma ferramenta para encriptar ficheiros. "Querem ser independentes de outros sistemas operativos porque receiam 'portas traseiras'" que permitam a espionagem de outros países, acredita Grunow.
O Red Star não facilita a vida aos utilizadores que queiram fazer alterações à sua configuração: quem tentar desativar o antivírus ou a firewall deparar-se-á com uma mensagem de erro ou mesmo com um restart automático.
Para evitar o acesso a filmes, música ou livros estrangeiros, o sistema marca todos os documentos ou ficheiros no computador ou pen a ele ligada, permitindo localizar quem anteriormente acedeu ou criou esse ficheiro.
"É, sem dúvida, invasor da privacidade, não é transparante para o utilizador", acrescenta o investigador.
A Internet na Coreia do Norte é, na verdade, um sistema de intranet, que não permite o acesso ao exterior, mas apenas aos meios de comunicação oficiais e a alguns sites com aprovação oficial.
In Visão via Reuters