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Irão pagou a Pablo Iglesias? Partidos exigem explicações

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PP e Ciudadanos querem ouvir líder do Podemos por causa dos 90 mil euros que alegadamente terá recebido. PSOE em silêncio
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Que Pablo Iglesias apresenta o Fort Apache, um programa na estação Hispan TV (criada pelo governo iraniano para os países de língua espanhola), toda a gente sabia. Mas o jornal digital El Confidencial e o diário ABC revelam agora que a polícia está a investigar se os fundos usados para financiar essa tertúlia política, que provinham diretamente do Irão e passavam por uma série de sociedades e empresas para disfarçar a sua origem, foram também usados para lançar o Podemos.As revelações já levaram o Partido Popular (PP) e o Ciudadanos a exigir explicações a Iglesias. Já os socialistas, que esperam contar com o apoio dos deputados do Podemos para pôr Pedro Sánchez no palácio da Moncloa, mantiveram o silêncio. O mesmo fez ontem o líder da formação criada em 2014, que segundo o ABC cobrou em nome pessoal 93 mil euros entre 2013 e 2015 em "salários, honorários e retribuições". Em resposta ao primeiro artigo sobre o tema, Iglesias tinha dito que os seus bolsos são "transparentes" e que estava à disposição da polícia.Os pagamentos foram feitos pela sociedade 360 Global Media S. L., que é controlada pelo empresário iraniano Mahmoud Alizadeh. O ABC mostra mesmo uma fatura passada por Iglesias em relação a um pagamento de 5600 euros, referente a sete programas. Valores que não estão no portal de transparência criado pelo Podemos, segundo o jornal.Rota do dinheiroOs fundos saem de Teerão e passam por empresas com sede no Líbano, Malásia ou Belize, que têm contas abertas em paraísos fiscais. As transferências, diz o mesmo jornal, não ultrapassam os 40 mil euros - o valor máximo autorizado a partir de bancos iranianos antes de se levantarem as sanções internacionais em julho de 2015. A partir daí, o dinheiro era transferido para a 360 Global Media, em Madrid.Segundo o El Confidencial, a investigação da Unidade de Crimes Económicos e Fiscais da polícia espanhola começou no início de dezembro a partir de informações passadas à DEA (a agência antidroga norte-americana) por um antigo alto cargo do governo venezuelano. Terá sido ele a informar que o regime de Hugo Chávez (falecido em 2013) e as autoridades iranianas teriam concordado usar o canal Hispan TV para canalizar fundos para o Podemos.Além de Iglesias, outros dirigentes do Podemos, que foram produtores do Fort Apache, terão recebido dinheiro iraniano - Íñigo Errejón (número dois) e Juan Carlos Monedero. Estes pagamentos seriam feitos através de uma produtora.Reações"Parece-me um tema gravíssimo que requer explicações imediatas de Iglesias", disse o porta-voz parlamentar do PP, Rafael Hernando. "Tem que explicar-nos e a todos os espanhóis qual foi o papel que desempenhou e a sua formação política neste assunto gravíssimo de financiamento ilegal de um regime como o iraniano", referiu. "Se for verdade, estamos diante de um dos casos de corrupção mais graves que conhecemos neste país", concluiu.Também o líder do Ciudadanos, Albert Rivera, exigiu explicações. "Com a escrupulosidade que costuma exigir Pablo Iglesias a todos os outros, convido-o a dar uma explicação sobre todo esse financiamento", referiu, lembrando que isso é o que o Ciudadanos tem feito "quando saíram coisas que nem sequer estavam a ser investigadas".O líder do Podemos manteve ontem o silêncio, mas Errejón qualificou de "infâmias" as informações sobre financiamento ilegal. "Acusaram-nos de muitíssimas coias, extraordinariamente graves e todas deram em nada", afirmou, citado pela agência EFE. O deputado convidou os cidadãos a comprovar "euro a euro" de onde vem o dinheiro usado para financiar o partido.


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