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Guterres e Sócrates tentaram, Passos vendeu, e Costa quer reverter

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Nos seus 70 anos de história, a TAP esteve quase sempre sobre o controlo do Estado
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Nos seus 70 anos de história, a TAP esteve quase sempre sobre o controlo do Estado

Nos últimos 23 anos, Guterres e Sócrates estão entre os que tentaram privatizar a TAP, mas só Passos Coelho conseguiu terminar o processo, em 2015, com a assinatura do contrato de venda de 61% da companhia aérea ao consórcio Gateway. António Costa pretende agora reverter o negócio, e passar a transportadora de volta para o domínio público.
Em 14 de março de 1945, é publicado o Decreto de Lei que faz nascer a Transportadora Aérea Portuguesa, que tem como fundadores Humberto Delgado, Joaquim Trindade dos Santos, Luís Bettencourt e Benjamin Fernando de Almeida. Os DC3 Dakota começaram a transportar passageiros no ano seguinte, quando foram iniciadas as primeiras rotas regulares. Madrid, Luanda e Lourenço Marques (atual Maputo) são os primeiros destinos. Hoje, a TAP voa para mais de 35 países diferentes.

Embora tenha nascido por iniciativa privada, a TAP era um serviço público, e apenas passa a Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada (SARL) em 1953. Em 1975, no rescaldo do 25 de Abril, a transportadora aérea é arrastada pela vaga de nacionalizações em Portugal e passa a ser uma empresa 100% pública, processo esse que vários governos tentam reverter nos últimos 23 anos, já que a acumulação de dívidas avultadas desde os anos 80 acabaram por pesar nos cofres do Estado.
No início de 2000, o executivo de António Guterres tinha já um acordo com a “holding” SAir Group, dona da Swissair, para a venda de 34% da TAP por 156 milhões de euros, mas este acabou por ser inviabilizado por uma greve de pilotos e, mais tarde, dificuldades financeiras da companhia aérea suíça.
José Sócrates retomou a venda em 2007, mas saiu do Governo antes de terminar o processo. Entretanto, a companhia foi acumulando milhões de euros de prejuízos, ao mesmo tempo que se desenrolavam dezenas de protestos, greves e paralisações da empresa, contribuindo cada vez mais para um endividamento crescente da empresa. -








Passos Coelho relança a privatização da TAP em 2012, um ano depois de assumir a liderança do executivo, no meio de uma crise financeira na Europa e uma situação económica difícil nos maiores grupos europeus possivelmente interessados no negócio. Apenas Germán Efromovich mostra interesse, mas não apresenta as garantias bancárias exigidas pelo Governo. Apenas a 30 de junho de 2015 a privatização da TAP se concretiza, com a venda de 61% do grupo ao consórcio Gateway, liderado por Humberto Pedrosa e David Neeleman.
António Costa afirma agora que pretende renegociar o contrato de venda, devolvendo ao Estado a maioria do capital da empresa, apesar de já estar previsto que a TAP irá fechar as contas de 2015 com novo prejuízo, depois de em 2014 ter fechado o ano com 85,1 milhões de euros de perdas.
Algumas das declarações dos principais intervenientes neste processo mostram que o processo está a avançar, mas que ainda nada é certo:

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d.vivo

 
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