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Erro genético? Mãe recente descobriu que células más de embriões se suicidam

Feraida

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Cientista verificou que embriões com erros genéticos em fase inicial conseguem autocorrigir-se, para dar origem a bebé normal

Quando engravidou, aos 44 anos, Magdalena Zernicka-Goetz ficou preocupada.

Investigadora em desenvolvimento embrionário na Universidade de Cambridge, onde dirige um laboratório, sabia bem os riscos da gravidez tardia e por isso decidiu fazer um teste precoce, à 11.ª semana, para detectar eventuais problemas.


Para sua grande perturbação, o resultado veio positivo e ela, sem poder fazer mais nada a não ser esperar, começou a estudar o assunto.

Simon, o bebé, acabou por nascer saudável e agora, anos depois, a mãe publicou uma descoberta surpreendente: defeitos genéticos em células embrionárias não são necessariamente sinal de que o bebé venha a ter uma deficiência, como a síndrome de Down.

O seu estudo foi publicado nesta semana na Nature Communications.


Magdalena Zernicka-Goetz não esconde que aquele não foi um momento nada bom da sua vida.

No seu caso, a análise das células da placenta - que se faz mais precocemente do que a amniocentese, que analise o material genético do líquido amniótico - mostrou que havia sinais, em 25% das células, de uma trissomia do cromossoma dois.

Este é o segundo maior do genoma humano e sabe-se estar implicado em doenças como a diabetes, o autismo ou a surdez.


Preocupada, e sem vontade de considerar uma interrupção voluntária da gravidez, a investigadora questionou os seus colegas geneticistas: era aquele um sinal seguro de que iria ter um bebé deficiente?

Ninguém sabia responder-lhe.

Só quando Simon nasceu ela ficou a saber a resposta.

Mas isso não explicava nada sobre o que teria acontecido no desenvolvimento embrionário para o bebé nascer saudável.

Então Magdalena Zernicka-Goetz decidiu investigar o assunto no seu laboratório.


Criou um modelo de estudo em embriões de ratinhos, que tinham 50% de células normais e 50% de células com trissomias, e depois observou o seu desenvolvimento.

Para sua surpresa, todas as células com defeitos genéticos morreram por um processo chamado apoptose, ou morte programada das células, e foram substituídas por células embrionárias normais.


Nos casos em que a percentagem de células defeituosas era maior do que as normais, numa proporção de três para um, a equipa observou o mesmo processo de apoptose e substituição com células normais, mas com algumas células com defeito a subsistirem.


"O embrião tem a capacidade extraordinária de se corrigir a si próprio", afirma Magdalena Zernicka-Goetz, citada num comunicado da sua universidade.

"Descobrimos que, numa fase muito inicial, mesmo quando metade das células embrionárias são defeituosas, o embrião consegue reparar-se a si próprio completamente", diz a cientista, sublinhando que, "se esse for o caso também nos [embriões] humanos, isso significa que mesmo quando há sinais, nessa fase, de que a criança poderá nascer com deficiência porque algumas células não são normais, esse não será necessariamente o caso".


Não foi o seu caso e ela reconhece-o.

"Sei a sorte que tive e como me senti feliz quando o Simon nasceu saudável", conta Magdalena Zernicka-Goetz, cujo trabalho lança uma nova luz sobre a questão e ajuda a explicar a sua própria sorte.

Mas há muito que ainda não se sabe.

Desde logo, se os resultados observados nos embriões de ratinhos têm correspondência nos humanos, ou ainda qual é a quantidade de células defeituosas a partir da qual o embrião já não consegue corrigir--se a si próprio.

Essas são algumas das questões que a equipa de Magdalena Zernicka-Goetz vai agora investigar.

Fonte
 

newpine

GF Ouro
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Agora fico confuso.
Será que esta descoberta vem anular ou modificar a opinião dos geneticistas relativamente à opinião do conselho para as mães abortarem ?
" O embrião tem a capacidade extraordinária de se corrigir a si próprio ".
Na análise precoce das células da placenta , as mães são informadas da percentagem das células defeituosas quando
as células apresentam uma taxa de trissomia do cromossoma dois ?
A cientista autora desta descoberta , não considerou uma interrupção involuntária da gravidez...e outras mães , que tiveram
acesso a este tipo de informação o que terão feito ?
Tinha de ser uma mãe a expor este tipo de descoberta...
 

Feraida

GF Ouro
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Agora fico confuso.
Será que esta descoberta vem anular ou modificar a opinião dos geneticistas relativamente à opinião do conselho para as mães abortarem ?
" O embrião tem a capacidade extraordinária de se corrigir a si próprio ".
Na análise precoce das células da placenta , as mães são informadas da percentagem das células defeituosas quando
as células apresentam uma taxa de trissomia do cromossoma dois ?
A cientista autora desta descoberta , não considerou uma interrupção involuntária da gravidez...e outras mães , que tiveram
acesso a este tipo de informação o que terão feito ?
Tinha de ser uma mãe a expor este tipo de descoberta...

A ser verdade que em humanos o resultado será este, vem por em causa o triste final de muitas gravidezes após análise ao líquido amniótico.

Não esquecer que estes resultados foram obtidos em ratinhos.

Importa traduzir isto para as grávidas, esperemos que com sucesso, para bem de muitos fetos que não chegam a ver a luz do dia à custa de malformações in útero.

Cumps

Feraida
 
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