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Ex-responsável pela tecnologia na Fiat deixa antever vida mais difícil para os automóveis híbridos cujas baterias podem ser carregadas numa tomada, assim que as medições se tornarem mais reais.
A indústria automóvel vai ter de assumir o aumento das emissões dos veículos híbridos ‘plug-in’ – cujas baterias se podem carregar numa tomada de electricidade – devido ao escândalo das emissões de óxidos de azoto nos diesel da Volkswagen.
A afirmação pertence a um reputado especialista técnico, ex-executivo do grupo Fiat, que nota, numa entrevista à imprensa especializada, que as normas mais restritivas impostas após a descoberta da fraude no grupo alemão irão levar a uma aferição mais real na Europa.
Rinaldo Rinolfi, responsável pela divisão tecnológica do grupo Fiat quando o grupo italiano lançou a tecnologia que revolucionou os diesel no final do século passado (injecção por ‘common-rail’, criada há mais de 20 anos e hoje generalizada nos diesel para cumprir com as normas de emissões e atingir boas prestações e consumos) e também quando os italianos lançaram a tecnologia ‘twin-air’ nos motores a gasolina já nesta década, considera que, “o ciclo de condução em mundo real vai reduzir bastante as vantagens dos híbridos ‘plug-in’”.
Além do aumento dos consumos e emissões declarados, os híbridos ‘plug-in’ já são hoje penalizados pelos custos de produção mais elevados, lembra este que é um dos mais reputados especialistas mundiais em motores de automóveis.
Rinolfi afirma que “ao longo dos anos, mesmo sem os ‘defeat device’ [o ‘software’ detectado pelas autoridades norte-americanas nos diesel da Volkswagen para deturpar as emissões na condução em condições normais], todos os fabricantes automóveis encontraram formas de atingir emissões e consumo de combustível que divergiram, progressivamente, das condições de condução em mundo real que o cliente vive”.
Acoplada ao escândalo da Volkswagen veio a decisão das autoridades de avançar para medições mais exactas nos automóveis vendidos no continente.
Com isto, diz o reputado especialista, os ‘plug-in’ serão “os primeiros” a ressentirem-se.
“Sob o actual NEDC [“New European Driving Cycle”, o método de aferição das emissões], o carro é testado duas vezes, primeiro com a bateria híbrida ligada e depois sem ela.
Dependendo da potência da bateria, o primeiro ciclo pode ser efectuado sem usar o motor de combustão interna, resultando em zero consumo de combustível e emissões.
Visto que o valor de homologação é a média dos dois testes, basicamente reduz-se a metade o que o motor consumiu e emitiu no segundo teste, resultando em valores incrivelmente reduzidos”.
No final, indica Rinaldo Rinolfi, consegue-se homologar um veículo com “cerca de 30% a 40% menos do que o cliente obtém”.
Fonte
A indústria automóvel vai ter de assumir o aumento das emissões dos veículos híbridos ‘plug-in’ – cujas baterias se podem carregar numa tomada de electricidade – devido ao escândalo das emissões de óxidos de azoto nos diesel da Volkswagen.
A afirmação pertence a um reputado especialista técnico, ex-executivo do grupo Fiat, que nota, numa entrevista à imprensa especializada, que as normas mais restritivas impostas após a descoberta da fraude no grupo alemão irão levar a uma aferição mais real na Europa.
Rinaldo Rinolfi, responsável pela divisão tecnológica do grupo Fiat quando o grupo italiano lançou a tecnologia que revolucionou os diesel no final do século passado (injecção por ‘common-rail’, criada há mais de 20 anos e hoje generalizada nos diesel para cumprir com as normas de emissões e atingir boas prestações e consumos) e também quando os italianos lançaram a tecnologia ‘twin-air’ nos motores a gasolina já nesta década, considera que, “o ciclo de condução em mundo real vai reduzir bastante as vantagens dos híbridos ‘plug-in’”.
Além do aumento dos consumos e emissões declarados, os híbridos ‘plug-in’ já são hoje penalizados pelos custos de produção mais elevados, lembra este que é um dos mais reputados especialistas mundiais em motores de automóveis.
Rinolfi afirma que “ao longo dos anos, mesmo sem os ‘defeat device’ [o ‘software’ detectado pelas autoridades norte-americanas nos diesel da Volkswagen para deturpar as emissões na condução em condições normais], todos os fabricantes automóveis encontraram formas de atingir emissões e consumo de combustível que divergiram, progressivamente, das condições de condução em mundo real que o cliente vive”.
Acoplada ao escândalo da Volkswagen veio a decisão das autoridades de avançar para medições mais exactas nos automóveis vendidos no continente.
Com isto, diz o reputado especialista, os ‘plug-in’ serão “os primeiros” a ressentirem-se.
“Sob o actual NEDC [“New European Driving Cycle”, o método de aferição das emissões], o carro é testado duas vezes, primeiro com a bateria híbrida ligada e depois sem ela.
Dependendo da potência da bateria, o primeiro ciclo pode ser efectuado sem usar o motor de combustão interna, resultando em zero consumo de combustível e emissões.
Visto que o valor de homologação é a média dos dois testes, basicamente reduz-se a metade o que o motor consumiu e emitiu no segundo teste, resultando em valores incrivelmente reduzidos”.
No final, indica Rinaldo Rinolfi, consegue-se homologar um veículo com “cerca de 30% a 40% menos do que o cliente obtém”.
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