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Escolher o animal de companhia

R@ul

GF Ouro
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Para evitar as recorrentes situações de abandono do animal de companhia, os médicos veterinários fazem de novo o apelo:

Escolha um animal de companhia à sua medida e que possa adaptar-se à sua vida!

Há quem diga que o truque passa por esperar um “calafrio na espinha” quando a pessoa e o animal cruzam o olhar. Há também quem considere que a melhor forma de identificar a personalidade de um cão passa por lançar-lhe uma bola e ver como ele reage. Mas este é um assunto a encarar com seriedade.

O primeiro passo neste processo é, sem dúvida, querer ter um animal de companhia. Na hora de escolher, pensa-se em peixes, em tartarugas, em canários. Mas, quando finalmente se toma a decisão, são os cães e os gatos que vão para casa. Em Portugal, quatro em cada dez portugueses têm, no mínimo, um animal de companhia.

Os cães representam 30 por cento das preferências e os gatos marcam presença em 19 por cento dos lares. Quer opte pela adopção quer pela compra, ter um animal de companhia deve ser uma decisão bem ponderada.

Em qualquer relação, é importante compatibilizar feitios, objetivos (um animal de companhia ou de guarda) e a disponibilidade para as necessidades (do animal) e responsabilidades (do dono) inerentes. Assim, antes de fazer a sua escolha avalie o tempo, o espaço físico e as condições familiares, incluindo as financeiras, do seu agregado familiar.



Avaliação feita, escolha o cão ou gato em função do temperamento do animal, do seu tamanho/porte e tamanho do pelo. Também aqui o compromisso é partilhado, se bem que os animais dependem totalmente dos seus donos no que respeita à nutrição, proteção e saúde. E este é um compromisso para a vida, e deve lembrar-se dele todos os dias desde o primeiro dia em que leva o cão ou o gato para casa.

Lembre-se, deve proporcionar ao seu cão e gato todos os cuidados básicos e essenciais para uma boa qualidade de vida, nomeadamente a vacinação, a desparasitação, idas regulares ao médico veterinário e cuidados de higiene. Não deve também descurar a alimentação, já que dela dependem a saúde, o crescimento saudável do seu animal de estimação e até a esperança média de vida. Assim, lembre-se que o ideal é adequar o alimento às necessidades energéticas do cão ou gato, que variam de acordo com a sua raça, tamanho, idade, peso, nível de actividade, características genéticas ou ambientais.

Antes de escolher
Qual a raça mais adequada? Tenha em consideração as variáveis do tamanho/porte, do pelo e da personalidade do animal.


Os animais de pequeno porte (até 10kg) são normalmente uma boa escolha, mas também são conhecidos por terem personalidades especiais, já que pedem muita atenção. Activos e muito enérgicos, cães ou gatos com estas características são uma excelente companhia para as pessoas activas e adaptam-se bem aos espaços pequenos. Já as raças de médio porte (entre 11 e 25kg) e de grande porte ou gigante (a partir de 25kg e até aos 70kg), também muito apreciadas pelos portugueses, necessitam de mais espaço de forma a manterem-se ativas. Atenção aos falsos “pequenos”, que depois crescem… e muito!

Quem olha para um cachorro de raça Serra da Estrela não imagina que este poderá atingir os 72 cm de altura e chegar aos 45 quilogramas de peso. Informe-se sobre as características adultas de cada raça, antes da decisão final.

O pêlo é outra variável a ter em conta, mais ainda se o dono tiver problemas alérgicos. Antes de escolher a raça, tenha em atenção o tempo que tem disponível para garantir os cuidados de higiene adequados a cada raça. Por exemplo, o Yorkshire Terrier, de pelo comprido, ou o Cocker, de pelo semi-comprido, requerem escovagens frequentes. Outras, como o Pug ou o Boxer, já são menos exigentes, pedindo apenas escovagens semanais. No caso de sofrer de alergias, lembre-se que o ideal é optar por uma raça de pelagem curta, diminuindo a possibilidade de dispersão dos pelos pela casa.

Outro factor determinante é a personalidade do animal. Os gatos são mais independentes que os cães e, por isso, toleram melhor ficar sózinhos em casa durante o dia, quando os donos saem para trabalhar. Mas os cães também não são todos iguais.

Cada raça tem a sua personalidade, com capacidades e necessidades diferentes. Por exemplo, uns são mais dóceis apesar do tamanho (Boxer), outros mais activos (Caniche), outros têm perfil de cão de guarda (Pastor Alemão). Depois há os que não toleram estar encerrados em espaços fechados (Rottweiler), ou, no caso dos gatos, uns são mais comunicativos (Siamês), outros mais meigos e afectuosos (Persa), ou os que, apesar de meigos, preferem ambientes mais tranquilos (Azul da Rússia). Informe-se sobre as características de cada raça, para garantir que a união é para a vida.

Quando as crianças pedem


As crianças são as primeiras a pedir um animal de companhia. Para além de estimular a sua auto-estima, também as torna mais activas e sociáveis. A hora do passeio, da escovagem, o momento de os alimentar (o alimento deverá ser industrial e adequado à idade, raça e porte do animal), são pequenos gestos que ajudam a criança a desenvolver o sentido de responsabilidade e de respeito pelos outros.

Para que a relação seja perfeita, escolha um animal que tenha um comportamento dócil e brincalhão, que tolere as brincadeiras e a energia dos mais novos. O Retriever (Labrador ou Golden), o Boxer, o S. Bernardo e o Podengo são excelentes companhias pois têm um temperamento dócil e são muito tolerantes às brincadeiras.

Os cães de pequeno porte (ex. Yorkshire Terrier, Pug ou Bulldog Francês) são engraçados e curiosos, contudo também requerem muita atenção e energia.Como têm pouca paciência, numa família com crianças, poderá não ser a decisão mais acertada.

No caso dos gatos, mais independentes do que os cães, o melhor é escolher uma raça menos nervosa, como o Persa, Azul da Rússia, o Maine Coon, Bosque da Noruega ou o Europeu Comum.

Sózinho em casa


Nestas situações, os animais de raça pequena são a melhor opção, já que são excelentes companheiros das pessoas de mais idade ou até com limitações físicas. Invariavelmente são ótimos guardas, já que fazem bastante alarido ao mínimo barulho ou sinal. Outro dado curioso é que facilmente se “instalam” na cama dos donos, podendo transmitir um maior sentimento de segurança para quem vive só.

Os gatos, têm a vantagem de não precisarem de ir à rua várias vezes ao dia, razão pela qual, será necessário encontrar formas de os motivar para a actividade física, sob risco de ficarem obesos ou com problemas de comportamento.

Animal de companhia ou de guarda


Em qualquer das circunstâncias é importante que deseje adoptar um novo membro para a família. Só assim se poderá garantir que o animal será bem tratado e que respeitará todos os elementos da família.

A personalidade dos cães de guarda (Ex. Pastor Alemão ou o Rottweiler) foi seleccionada para defender a propriedade e os donos. Mas tal não significa que o animal seja tratado como um sistema de alarme.

Estes animais, apesar de mais independentes, também necessitam de interagir com os donos e de passar tempo com a família. Se tiver todos estes pontos em consideração, terá garantidamente uma relação para a vida!
 
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