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Faltam bioinformÁticos para apoiar investigaÇÃo mÉdica, alerta instituto

Feraida

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Um responsável do ISPA - Instituto Universitário alertou esta quarta-feira para a dificuldade em contratar bioinformáticos, uma especialidade que se tornou mais necessária com a aposta na investigação médica com tecnologia avançada, que obriga ao tratamento de uma grande quantidade de dados.


créditos: AFP

José Cruz, responsável pela licenciatura em Bionformática do ISPA – Instituto Universitário, disse à agência Lusa que "há falta de profissionais nesta área", que é nova e exige uma formação multidisciplinar, já que "o profissional desta área tem de ser um informático, mas também ter conhecimentos de biologia e conhecimentos bastante avançados de estatística e de matemática".

Trata-se de aplicar as técnicas informáticas mais recentes, como inteligência artificial ou aprendizagem automática, à recolha, tratamento e análise de informação científica, obtida pela medicina e pela biologia, nomeadamente para conhecimento do genoma e funcionamento das células.

"Deve ajudar os investigadores no desenho das experiências, no planeamento da melhor forma para recolher essa informação" e é uma área que "vai ter um desenvolvimento muito grande no futuro, já tem hoje e o crescimento não vai reduzir", defendeu José Cruz.

O professor do ISPA deu o exemplo da importância do papel do bioinformático na realização de uma sequenciação do genoma numa família, para detetar a presença de uma doença.

A experiência vai abranger várias pessoas e é necessário organizar um conjunto de programas informáticos para trabalhar a informação recolhida, que "abrange uma quantidade enorme de dados, impossível de ser trabalhada manualmente", explicou.

A bioinformática tem de ir adaptando as suas ferramentas ao tipo de informação que vai sendo disponibilizada pelos laboratórios científicos, por isso, apesar de ser uma área nova, está em constante mutação.

Esta área profissional regista grande procura em todo o mundo e José Cruz exemplificou com os EUA, onde existe diversidade de formação técnica e "grande número de ofertas de trabalho", ou com a China.

Em Portugal, referiu, "o número de posições de bioinformático é muitíssimo menor do que em outros países, mas, mesmo assim, as poucas que vão abrindo não têm colocação".

Várias universidades portuguesas disponibilizam diferentes níveis de formação em Bioinformática e alguns grupos tentam organizar a profissão, havendo ainda poucos dados acerca da situação, mas "diria que estamos abaixo das duas centenas de técnicos em Portugal", apontou o professor.

O curso de Bioinformática tem uma cariz multidisciplinar e os alunos ficam com preparação para desempenhar funções de informático, em geral, mas também para participar na análise de dados de biologia, podendo depois especializar-se em informática, biologia ou outra vertente científica.

"É uma área que vai precisar de recursos e o seu desenvolvimento no mundo, em Portugal em particular, vai depender da capacidade que tivermos de formar esses recursos e de os [tornar] aptos ao trabalho", concluiu José Cruz.

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