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Gaia admite que festival Marés Vivas pode ter de procurar novo espaço

Lordelo

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O presidente da Câmara de Gaia admitiu hoje que terá de procurar uma alternativa para realizar o festival Marés Vivas se não for possível recuperar o atraso causado pela ação judicial da Quercus.

Os trabalhos de preparação do novo espaço, no Vale de S. Paio junto à reserva do Estuário do Douro, estiveram parados pelos efeitos suspensivos de uma providência da Quercus e a câmara vai agora avaliar "quais os danos" causados e "se é possível recuperar os 15 dias" de paragem.

"Os serviços técnicos estão a avaliar" o impacto da paragem nos trabalhos de limpeza e que "até quarta-feira irão perceber o que falta fazer" para que o espaço esteja apto a receber o festival, afirmou à Lusa Eduardo Vítor Rodrigues.

Segundo o autarca, "a questão jurídica está encerrada" e, a este nível, não há argumentos para impedir a realização do Marés Vivas no novo espaço escolhido pela autarquia, junto à reserva.

Admitiu porém que, caso não seja possível recuperar o atraso de 15 dias, será necessário "pensar em alternativas", como o espaço anterior junto à Douro Marina, mas que, nesse caso,"vai ter que haver consequências" e responsabilidades imputadas.

Depois de a câmara ter aprovado hoje por unanimidade uma resolução fundamentada que defende o interesse público do acordo celebrado com a organizadora do festival, os trabalhos "podem recomeçar", destacou o presidente da câmara.

No documento que apresentou junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto a 05 de maio, a autarquia considera que "a impossibilidade da realização do festival no local e na data fixados e publicitados" irá lesar "de forma grave e irreparável o interesse público no município e da região".

A Quercus anunciou em abril ter apresentado em tribunal uma ação judicial para embargar as obras da câmara de Gaia no local junto ao estuário do Douro escolhido para a realização da edição deste ano do festival Marés Vivas.

No final de 2015 foi divulgado pela autarquia que o festival teria de deixar o anterior espaço, junto à Douro Marina, por ali estar prevista, e licenciada pelo anterior executivo, a construção de sete prédios que podem ter até cinco pisos

Justificando que ali as obras ainda não se iniciaram, um dos vereadores da oposição, o social-democrata Firmino Pereira, admitiu hoje à Lusa que "se estivesse no lugar do presidente, e dada a polémica que está instalada e que pode pôr em causa a realização do festival, equacionava o regresso do festival ao local onde foi nos últimos anos".

"O ideal nesta altura (...) seria pedir aos três proprietários [dos terrenos junto à Douro Marina] para deixar acontecer lá o festival e depois, com calma e serenidade, tentar no futuro ver se o novo terreno [junto ao estuário] tem condições para o evento", disse.

Desde o início do ano que a nova localização escolhida para a 14.ª edição do festival de verão, junto à reserva do Estuário do Douro, tem motivado críticas de associações ambientalistas como a Quercus que já apresentou duas providências cautelares para impedir a realização do evento.

Também hoje a concelhia de Vila Nova de Gaia do PSD exigiu conhecer qual o valor da cedência dos terrenos onde se realiza o festival Marés Vivas, ao que o presidente da câmara respondeu ter-se tratado de uma cedência "espetacular" de mais de 40 mil metros quadrados ao domínio público, em contrapartida de um loteamento.

IN:JN
 
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