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Revelado manuscrito esquecido com mapa do inferno e previsÃo do fim do mundo

antena2007

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Dez 19, 2007
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Um manuscrito do século XV foi recuperado do esquecimento por um historiador, revelando mapas que ilustram o fim do mundo e as portas do Inferno. O documento é considerado à frente do seu tempo, apesar de ter falhado na previsão do Dia do Juízo Final.

O documento cartográfico, alvo da análise do historiador Chet Van Duzer no livro recentemente publicado “Apocalyptic Cartography“, começa por mostrar como seria o mundo entre 639 e 1514, fala da ascensão do Islão e do aparecimento de um Anticristo, mostrando depois o Dia do Juízo Final, que deveria ter ocorrido em 1651, e as portas do Inferno a abrirem-se.

The Huntington Library, Art Collections and Botanical Gardens
Mapa com as Portas do Inferno no topo.

A temática do fim do mundo era premente em vários manuscritos do século XV, mas este documento é diferente por retratar o assunto sob a forma de mapas. “Tem esta sequência de mapas que ilustra cada etapa do que vai acontecer”, explica Chet Van Duzer, em declarações à revista National Geographic.

A publicação atesta que se trata da “primeira colecção conhecida de mapas temáticos, ou mapas que ilustram algo que não é uma característica física do ambiente (como rios, estradas e cidades)”. Um dado que valoriza a importância do documento que está guardado na Biblioteca Huntington de S. Marino, na Califórnia, EUA.

O manuscrito terá sido escrito em Lübeck, na Alemanha, entre 1486 e 1488, e terá sido redigido em Latim, o que significa que visava “a elite cultural, mas não o pináculo da elite cultural”, sublinha ainda Chet Van Duzer, notando que o tipo de linguagem utilizado não era erudito.

The Huntington Library, Art Collections and Botanical Gardens
A "Espada da Islão" a conquistar a Europa

Escrito por um autor desconhecido, o documento é descrito pelo historiador como “anti-islâmico” por falar do Islão como uma ameaça para o mundo cristão e por conter mapas que pretendem ilustrar como “a espada do Islão” conquistaria a Europa e como, depois disso, surgiria o Anticristo.

Os “quatro chifres” deste Anticristo são definidos como o engano, a astúcia, a crueldade e a imitação da divindade e nota-se que será através deles que aquele se propagará até aos confins da Terra entre 1600 e 1606.

Os mapas do manuscrito ainda mostram o cálculo da distância até ao paraíso (777 milhas alemãs de Lübeck até Jerusalém e dali mais 1.000 milhas até ao extremo oriental da Terra) e as circunferência da Terra e do Inferno (8.000 e 6.100 milhas alemãs, respectivamente). Importa notar que não há forma de contabilizar com certeza o equivalente moderno das milhas alemãs.

Além destes mapas, o documento também apresenta uma secção sobre medicina astrológica e um tratado sobre geografia “extraordinariamente avançado para o seu tempo”, segundo explica Chet Van Duzer.

ZAP
 
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