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União Europeia

Antonio A Alves

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Constituição de um Estado Federal

A burocracia comunitária não parou de aumentar, no final dos anos 90, um verdadeiro estado supranacional que começou a impor-se na Europa Comunitária.

Alguns estados membros, como a Grã-Bretanha manifestaram-se desde sempre contrários à trajectória federalista que a União Europeia estava a seguir desde 1986, implicando uma crescente perda de soberania dos diversos estados.

Os estados como o francês ou o irlandês que submeteram, em 2002, a um referendo a criação de um Estado Federal Europeu, viram o mesmo ser reprovado pelas respectivas populações.

A verdade é que a ideia de um estado federal europeu não morreu, muito pelo contrário adquiriu uma forte dinâmica, nomeadamente em virtude da moeda única, o euro.

Devido à dinâmica federalista que havia sido criada, acabou por ser aprovado o Tratado de Lisboa, que consagra na prática um estado federal europeu, com múltiplos orgãos poder: presidente, comissão europeia, conselho europeu, parlamento europeu, banco central europeu, tribunal europeu, europol, eurojust, etc.

O poder dos estados comunitários sofreu fortes limitações na sua soberania, um facto que é fácil de constatar nos estados que aderiram ao euro.
 

Antonio A Alves

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Federalismo à Força

[SIZE=-1]A chamada crise das dividas soberanas, que se manifestou depois de 2008 forma particularmente dramática nos estados dos sul da Europa e na Irlanda, mostrou que os mesmos deixaram de possuir meios próprios para a enfrentaram.


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[SIZE=-1]A única resposta que tinham ao seu alcance era a que lhes ordenava a União Europeia, passando a ser obrigados a submeterem-se a novas exigências federalistas.


[/SIZE]

[SIZE=-1]O federalismo à força da União Europeia, consagrado no Tratado de Lisboa, tem sido acompanhado pelo eclodir em toda a europa comunitária da eclosão de movimentos nacionalistas, xenofobos e racistas que advogam a saída dos respectivos países da União Europeia.



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[SIZE=-1]Dilema


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[SIZE=-1] humilhação a que tem sido sujeita a Grécia, mostrou que a União Europeia atravessa um profundo dilema:


[/SIZE]

[SIZE=-1]Ou regressa ao passado com tudo o que isso implica: alastramento de conflitos regionais, aumento da pobreza, etc.


[/SIZE]

[SIZE=-1]Ou aprofunda o federalismo retirando aos estados a sua soberania, acabando por gerar novos conflitos, submetendo a população europeia a um Estado Federal Europeu controlado pelas principais potências da Europa[/SIZE]
 

Antonio A Alves

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Futuro da UE

A crise na zona Euro, depois de 2008, gerou um novo jogo: prever o futuro da própria UE, dada a interdependência da moeda única do projecto da União.
O economista Gavyn Davies, antigo quadro da Goldman Sachs, em 2011, divulgou quatro cenários possíveis, que com algumas alterações têm servido de inspiração para outros exercícios futurológicos semelhantes. Desde então muitos estudos tem sido publicados sobre o assunto.


Estados Unidos da Europa




A continuação da crise da zona Euro, seguindo a receita do passado, provoca uma aceleração do processo de integração económica, financeira e política da UE, através de uma efectiva união orçamental, bancária, fiscal e política.
Os países em dificuldade, embora ajudados através de abundantes empréstimos, serão obrigados a uma redução brutal dos seus defices e dívidas públicas, transferindo definitivamente para Bruxelas grande parte da sua soberania. O seu crescimento será diminuto ao longo de muitos anos, assistindo-se a uma emigração massiva dos seus quadros, destruição do seu sistema produtivo e ao seu total domínio por parte das economias mais prósperas da UE.

A Comissão Europeia e o BCE assumem neste cenário um enorme protagonismo, esvaziando o poder dos governos e parlamentos nacionais. O BCE, como uma política mais interventiva, passaria a assegurar o financiamento dos países em dificuldade, controlando como dissemos as suas finanças.

A política da UE continuará a ser dominada pela Alemanha, como potencia hegemónica, um facto que marca negativamente a evolução da UE. A estratégia da Alemanha, um país com um elevado indice de envelhecimento, desde o século XXI, tem consistido em atacar o "estado social europeu", desregular o mercado de trabalho, centrando a crise do euro, apenas na redução do défice dos estados e na diminuição da divida pública, através de brutais medidas de austeridade. Esta estratégia já lhe rendeu enormes beneficios económicos à custa dos países em dificuldade, e nada leva a pensar que a venha a alterar no futuro.
 

Antonio A Alves

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O Parlamento Europeu, que hoje tem um posição secundária, seria num futuro distante chamado a uma maior intervenção política, embora sempre submetido ao directório alemão.

O avanço do Estado Federal exigirá, contudo, um enorme aumento do número de funcionários de apoio à Comissão Europeia, BCE e outras instituições comunitárias, implicando a obtenção de receitas próprias independentes não controladas pelos estados membros. Neste quadro optimista, os cidadãos europeus exigiriam o fim da tutela da Alemanha e de outros estados contribuintes líquidos.


Um dos problemas desta integração acelerada está no facto de nem todos os países da UE pertencerem à zona Euro, nem todos os que pertencem à mesma, estão dispostos a perderem a sua soberania para salvarem o Euro.
 

Antonio A Alves

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Saída de Países da Zona Euro

Neste cenário, acentuam-se as manifestações de falta de solidariedade entre os estados membros. As desigualdades económicas e sociais no seio da UE tornam-se cada vez mais chocantes. As contribuições que os mais ricos dão à UE, são muito inferiores ao que "recebem" sob a forma lucros obtidos por um mercado comunitário privilegiado e um enquadramento legislativo os favorece. Os países em dificuldade são mantidos num longo processo de estagnação económica, sem um efectiva política investimentos industrial ou comercial. Os países beneficiários são sempre os mesmos, o que agrava as tensões no interior da UE.


A UE tende a dividir-se em três grandes zonas, nomeadamente no acesso ao seu financiamento: A "zona do Marco", na Europa Central, dominada pela Alemanha; a "zona da Libra" ligada à Grã-Bretanha, e a "zona dos países do sul da Europa".

Saída de países em dificuldade

Face ao panorama anterior, os países em dificuldade, torna-se impossibilidade estabilizar a situação económica e financeira n na zona euro, implicando a saída da zona euro de um ou mais países.


Os países com maiores dificuldade, como a Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha ou mesmo a Itália, seriam convidados a saírem de forma controlada do euro. Voltariam às suas moedas nacionais, o que lhes permitiria controlarem a politica monetária.
Um dos problemas deste cenário, seria o descrédito da União Europeia, assistindo-se numa primeira fase à valorização da moeda única. O "núcleo duro" que ficasse, dominado pela Alemanha, não tardaria a entrar em fortes tensões devido à desconfiança e contestação interna que naturalmente despertaria.
 

Antonio A Alves

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Saída de Alemanha

Um dos cenários possíveis seria a saída dos seus membros mais "fortes" e beneficiados, como a Alemanha ou a França. A desvalorização do euro permitiria relançar as exportações das economias mais debilitadas.
Um dos problemas uma vez mais esta situação implicará o descrédito da UE, a eventual introdução de medidas protecionistas.

Desintegração total



O agravar da crise da zona Euro, as tensões entre os vários países, poderá levar ao abandono do euro, regressando cada país à sua moeda nacional. O euro deixaria de existir por completo. A própria UE entraria em colapso, dada a enormidade de acordos e processos que estão em curso envolvendo a moeda única.
A Europa voltaria de novo ao modelo de regiões de "comércio livre", concorrenciais entre si, mas sem qualquer intenção integradora. Perderia a sua relevância mundial face ao EUA, Rússia ou China.
 

Antonio A Alves

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A Ameaça Alemã
markel10.jpg


A ideia de uma União Europeia está ligada à magna questão de controlar os ímpetos expansionistas da Alemanha, que estiveram no século XX na origem de duas guerras mundiais. O problema colocou-se com particular relevância, em 1945, após a derrota da Alemanha.


[FONT=Arial,sans-serif]Os EUA tinham então um enorme poder de decisão sobre os destinos da Europa. O grande debate, em 1945, era o que fazer da Alemanha. O secretario do Tesouro Secretario norte-americano Morgenthau defendia a sua desintegração.

[/FONT]

[FONT=Arial,sans-serif]O presidente Harry S. Truman, na Conferência de Postdam (1945), chegou à conclusão que para impedir o expansão da antiga União Soviética, havia que a manter unido o território da Alemanha que ainda não estava controlado pelos soviéticos. Decidiu apoiar também a Grécia e a Turquia, contra a expansão soviética, e criar uma aliança militar dos países ocidentais (Pacto do Atlântico Norte).

[/FONT]
 

Antonio A Alves

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RFA

É neste contexto de "guerra" contra a expansão soviética que, em 1949, os aliados ocidentais, liderados pelos EUA, apoiam a criação da RFA - República Federal da Alemanha, que reunia as três zonas ocupadas pelos EUA, França e Grã-Bretanha.


Face ao receio que a RFA voltasse a assumir-se como uma nova ameaça para a Europa, os aliados criaram então uma comissão que se encarregava da utilização do carvão e o aço pela industria da RFA. Esta Comissão tornou-se num enorme obstáculo à re-industrialização da Alemanha, sendo pedido o seu desmantelamento.


Foi neste contexto que Jean Monnet, presidente do Plano francês de modernização económica, concebeu uma alternativa que permitia controlar o processo de consolidação da independência da RFA, integrando-a num quadro de cooperação internacional.


A criação da Comunidade Económica do Carvão e do Aço (Paris, 1951), constituída pela França, Itália, RFA , Bélgica, Países Baixos e o Luxemburgo, foi na altura um dos meios para controlar uma possível ameaça dos alemães ocidentais.
Os bons resultados desta cooperação internacional, permitiu não apenas a sua rápida reconstrução, mas sobretudo, que os alemães da RFA passam a ser vistos com outros olhos.


A União Soviética controla uma grande parte da Europa, afirmando-se como uma potência mundial capaz de enfrentar militarmente os EUA. Em 1956 invade a Hungria e esmaga a insurreição da população. Face a esta ameaça, os países que haviam constituído a CECA, em 1957, constituem a CEE- Comunidade Económica Europeia.


A RFA continua sobre a ameaça da União Soviética, que ocupada a outra parte da Alemanha, a RDA - República Democrática da Alemanha. Os EUA, Grã-Bretanha e a França continuam a ter tropas estacionadas na RFA, não apenas para a ajudarem a enfrentar a ameaça soviética, mas também para evitarem o regresso ao passado.


O certo é que a RFA passou a defender uma ativa cooperação internacional entre todos os "países ocidentais"
 

Antonio A Alves

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Eixo Franco-Alemão


Se os anos 60 e 70 foram pouco favoráveis à expansão das ideias federalistas no seio da CEE, devido às posições nacionalistas assumidas pela França. A verdade é que os alemães da RFA passaram a estar na linha da frente na defesa destas ideias.


Depois da queda da ditaduras em Portugal (1974), Grécia (1974) e da Espanha (1975), havia que encontrar uma solução para apoiar os novos regimes democráticos.


O problema era delicado nestes países, onde se enfrentam os dois blocos militares que dominavam o mundo. A RFA dá um importante contributo ao apoiar financeiramente os vários partidos democráticos, enquanto a União Soviética e a RDA continuaram a financiar os partidos comunistas.


Portugal, contando com o apoio da RFA, em 1976, inicia a conversações para a adesão à CEE.


Nos anos 80, o bloco soviético na Europa, está em plena convulsão. É neste contexto que a França e a RFA, assumem como os impulsionadores de uma federação europeia.

Este facto ficou a dever-se à subida ao poder de dois importantes lideres políticos: o socialista François Mitterrand foi eleito Presidente da França, em 1981, e o democrata-cristão Helmut Kohl chanceler da Alemanha em 1982. Ambos tinham bem viva a memória dos horrores da II Guerra Mundial. A presidência da comissão da CEE foi dada a Jacques Delors. Em 1983 Mitterrand e Kohl lançaram em Esturgarda uma "Declaração Solene", onde reafirmavam o desejo de fazer da CEE uma verdadeira União Europeia. Delors foi incumbido de planear os fundamentais que deveriam ser dados para atingir esse objectivo.


No ano em Portugal e a Espanha aderem à CEE (1 de Janeiro de 1986), é aprovado o Acto Único Europeu, que antecede a União Europeia (1992). A Europa comunitária tinha agora 330 milhões de habitantes. Um PIB equivalente a 40% do total do mundo industrializado, e 16% das exportações mundiais. A CEE tornara-se uma força global, que atraia outros países europeus.


A RFA era já na altura o principal motor económico da CEE, e igualmente o país que mais contribuía para o desenvolvimento dos países com mais dificuldades económicas.
 

Antonio A Alves

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Nova Alemanha

queda do Muro de Berlim (1989) provoca uma mudança radical na Europa, mas também no mundo. O bloco soviético desagrega-se, a Alemanha unifica-se.


A Alemanha defende a rápida integração na União Europeia dos países que haviam pertencido ao bloco soviético, consolidando dessa forma os novos regimes democráticos, mas também alargando o mercado comunitário.


A unificação da Alemanha implicou a mobilização de enormes recursos financeiros, para permitir melhorar as condições de vida da população da antiga RDA. O resultado foi durante vários anos um enorme descontentamento por parte dos trabalhadores da antiga RFA que, devido à unificação, haviam perdido muitas "regalias".

Egoísmo ou Realismo?



Indispostos com os custos da unificação, os alemães encontraram na "crise das dívidas soberanas", o pretexto ideal para descarregaram a sua raiva nos países do sul da Europa, acusando-os de "preguiçosos" e "esbanjadores" do dinheiro que a Alemanha lhes dava...


A chanceler Angela Merkel, nascida e criada na antiga RDA, prometeu a todos os povos do sul da Europa um castigo severo.


A Grécia foi a primeira vítima, e pretextos não faltavam. Em 2009 os gregos descobrem que as suas estatísticas oficiais eram uma fraude, a dívida externa era astronómica e a despesa do estado estava completamente descontrolada. Os recursos do país estavam a ser espoliados por uma infimidade de corporações e uma classe política corrupta.


Os alemães arvorando-se em defensores do rigor orçamental na UE, não pouparam as críticas e as exigência ao povo grego para lhes emprestarem dinheiro a juros especulativos. Era preciso castigá-los, e nesse sentido impediram o apoio atempado da União Europeia.


A política alemã para os países em dificuldade, para aprovarem qualquer plano de empréstimos, reduzia-se a um conjunto de exigências muito claras. Estes países deveriam fazer, num curto espaço de tempo:

Cortes nos salários, e nas despesas do Estado na saúde, educação e segurança social. Estes cortes abruptos empobreceram de imediato as populações dos países atingidos pela crise, provocando fortes movimentos migratórios nomeadamente para a Alemanha...

Desregulamentação das relações laborais. A precaridade laboral e aumento dos horários de trabalho passou a ser a regra.

Privatização ou desmantelamento das empresas públicas, assim como a venda ao desbarato do património público.

Enquanto isto acontecia, as empresas alemãs, procuraram apoderar-se das grandes empresas dos países em dificuldade ou reforçarem as suas quotas de mercado. Trata-se de uma receita que aplicaram à Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e... Itália.resas alemãs, procuraram apoderar-se das grandes empresas dos países em dificuldade ou reforçarem as suas quotas de mercado. Trata-se de uma receita que aplicaram à Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e... Itália.
 

Antonio A Alves

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O Grande Negócio

A Alemanha ao exigir sempre novas "medidas de austeridade" aos países em dificuldade, agravou a dificuldade destes países pagarem as suas "dívidas soberanas". A classificação das suas "dividas soberanas" foi colocada ao nível do "lixo", a única forma se e financiarem foi junto de especuladores internacionais.


Quanto pior era a situação dos países em dificuldade, mais a Alemanha lucrava, dado que era o único mercado seguro na zona Euro. Os juros que pagou pelos empréstimos foram historicamente os mais baixos de sempre, chegaram ser mesmo negativos.


Entre 2010 e 2014, segundo a revista Der Spiegel, a Alemanha havia lucrado com a crise da zona euro 41 mil milhões de euros, registando apenas 600 milhões de prejuízo (Publico, 20/8/2013).


A apregoada "solidariedade alemã" (concessão de empréstimos) tratou-se afinal de um chorudo negócio, feito à custa do chamados "países periféricos".



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Antonio A Alves

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BCE, um banco alemão?


Foi sem qualquer surpresa que se ficou a saber, em Agosto de 2013, que a Alemanha, assumindo-se como umapotência hegemónica no seio da UE, havia lucrado 41 mil milhões de euros com a crise da divida soberana dos chamados países periféricos.


Este lucro obtido pelo estado alemão só foi possível graças a uma ação concertada com Banco Central Europeu (BCE), responsável pala gestão do euro, e que se encontra sediado em Frankfurt (Alemanha). As orientações vieram do Deutsche Bank, sediado igualmente em Frankfurt.


Os primeiros movimentos especulativos foram desencadeados pelos especuladores alemães ao lançarem o pânico em relação às dividas soberanas de todos os países do sul da Europa. Entre 2010 e 2011, José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, denunciou o facto do ministro das finanças da Alemanha (Wolfgang Schuble) ter colocado nos jornais internacionais, de forma sistemática, notícias alarmistas sobre a situação portuguesa, o que provocou uma escalada nos juros da dívida. Apesar dos seus protestos junto da chanceler Angela Markel, a campanha prosseguiu (entrevista ao jornal Expresso, 19/10/2013).


A Alemanha através da Troika (BCE, UE, FMI) acabou por impor a Portugal, por exemplo, um vasto programa de privatizações das empresas publicas mais rentáveis.. Simultaneamente foi asfixiado o crédito disponível, colocando numa situação insustentável as empresas públicas e privadas. Condições excelentes para a sua aquisição pelos grupos económicos alemães. Como se tudo isto não bastasse, os alemães exigiram a desregulamentação do mercado de trabalhos e diminuição dos salários.


Face a situação de enorme incerteza que foi criada, assistiu-se à fuga de capitais dos países em dificuldade para a Alemanha, Luxemburgo, Suiça, que acabaram por ser os grandes beneficiários da crise.


Para garantir o êxito dos especuladores alemães, o BCE, recusou-se a financiar os estados-membros em dificuldade. Limitou-se a emprestar, dinheiro aos bancos privados a taxas muito baixas, que por sua vez emprestaram aos estados em dificuldade a juros elevados. Opôs-se igualmente à mutualização de parte das dividas, de modo a manter o sistema especulativo em funcionamento.
 

Antonio A Alves

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Alemanha contra o EURO

Para o comum dos cidadãos europeus é difícil perceber porque a Alemanha constitui um perigo para os países que adoptaram o Euro. As acusações que lhe são feitas, numa perspectiva alemã são interpretadas como elogios...
1. Economia baseada nas exportações

A economia alemã assenta nas exportações, procurando por todos os meios conter o aumento das importações, através de uma gestão restritiva das finanças públicas, adoptação de medidas de contenção salarial e da procura interna. A UE permitiu-lhe o acesso a um enorme mercado de consumidores, sem que a Alemanha tenha alterado esta política económica. Passou a exportar mais, mas não beneficiou a economia dos países para os quais exporta.

Desde 2006 tem um excedente da balança de transações correntes superiores a 6% do PIB. Em 2013, o excedente deve atingir os 7% do PIB.
2. Vantagens do Euro

Se a Alemanha tivesse uma moeda própria, a mesma teria valor superior ao euro, e as suas exportações seriam bem menores. Por outro lado, as suas exportações no interior da UE estão naturalmente beneficiadas também por dispor de uma moeda comum a 19 outros estados (2013).
3. Arquitectura do Euro

A Alemanha, através de hábil estratégia conseguiu que fosse adoptada uma arquitetura de suporte do euro, que retirou aos estados qualquer poder sobre a moeda e a concessão do crédito, fazendo disparar as importações. Opôs-se, por sua vez, à adopção de medidas básicas sobre uma efectiva união monetária, que permitissem responder a previsíveis crises da zona euro.
4. Gestão da Crise das Dívidas Soberanas

Durante a crise das dívidas soberanas que afectaram países como a Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália, Chipre ou a Hungria, o seu principal objectivo foi sempre o de exigir a liberalização das relações laborais, corte nos salários, privatização das empresas públicas, asfixia do crédito às empresas de modo a facilitar a sua aquisição e a entrada dos produtos alemães.

O que Alemanha se recusa a fazer?

Os que a criticam apontam o facto de mesma só pensar nos seus interesses, isto, é aumentar as exportações, recusando-se a ajudar os países em dificuldade. Como ? Estimulando a procura interna e aceitando reformular em profundidade a arquitectura do euro.


É preciso todavia não alimentar grandes ilusões sobre o poder da economia alemã, representa apenas um quinto do PIB de toda a UE, e apenas metade da soma do PIB da França, Itália e Espanha (2012).


É preciso todavia dizer que se todos os países da UE adoptassem a política alemã, a UE, desagregava-se em pouco tempo. Face a esta situação, só resta a países como Portugal procurarem mercados ora da UE para os seus produtos, e aprenderem a lição do presente.
 

Antonio A Alves

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As Duas Alemanhas

A ideia de um "Império Europeu" é um dos mitos mais persistentes nos países germanófonos (Alemanha, Austria), mas também nas regiões onde existentes importantes comunidades de falantes desta língua (Suíça, Luxemburgo, Bélgica).
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Carlos Magno. Pintura de Albrecht Durer, 1512. Museu Nacional de Nuremberga.

Primeiro Reich


A própria propaganda oficial da União Europeia, sob influência germanófona, com alguma frequência estabelece remonta a origem da União Europeia ao ano 800, quando Carlos Magno (Charlemagno, Great Karl) funda o Sacro-Império Romano - Germânico, o Iº. Reich. O império não tardou a ser desmembrado, mas a ideia de o reconstituir sob a égide de um imperador germano irá alimentada durante séculos inúmeras guerras por toda a Europa.
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Leonor de Portugal por Hans Burgkmair, o Velho, 1473-1531

Portugal está associado à génese da única altura em que este Império possuiu uma dimensão mundial.Frederico III de Habsburgo (1415-1493), casou-se com uma princesa portuguesa - Leonor de Portugal ( 1436-1477), mãe do imperador Maximiliano I da Germânia (1459–1519), de quem descendem Carlos V .

IsabeldePortugal.jpg


Carlos V casou-se com Isabel de Portugal (rainha da germania, espanha, sicilia e nápoles, maiorca, itália, sardenha, arquiduquesa da Austria, duquesa da borgonha e condessa de Barcelona) dos quais descende Filipe II de Espanha (I de Portugal).


A "curta" existência deste Império mundial, reduzida ao reinado de Carlos V-Isabel de Portugal, mostrou que o império germânico era essencialmente continental, convivendo mal noutras dimensões terrestres como se veio a verificar mais tarde.


A luta pela expansão do Sacro Império Romano-Germânico, como é sabido, desde muito cedo levou a um constante conflito com a Santa Sé. No final do século XV já se havia transformado numa divisão entre "católicos" e "protestantes", degenerando nos séculos seguintes em várias guerras religiosas que ensanguentarem a Europa.


O sacro Império Romano-Germânico desapareceu, no século XVI, devido à intolerância religiosa, mas a ideia do Império não morreu na Alemanha.

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Paris 1870. Tropas alemães cercam a cidade e provocam uma onda de destruição.

 

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Segundo Reich

No século XIX, a ideia do Império Europeu germânico ressurge com toda a força num estado militar alemão - a Prússia. Na segunda metade Guilherme I (imperador) e Otto Von Bismarck (chanceler), através de uma hábil estratégia político-militar unificam uma parte importante do antigo Império, criando a actual Alemanha. A Europa mergulha novamente num período de intensas guerras.


Com o império alemão ressurgiram as suas antigas tendências históricas: o expansionismo continental e aintolerância religiosa.


A poderosa máquina militar alemã, aproveita os acontecimentos ocorridos em Sarajevo (o assassinato, no dia 28/6/1914, do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Hungaro, e da sua esposa, a duquesa de Hohenberg), para mergulhar a Europa e depois o mundo numa guerra mundial.


A Alemanha com esta guerra (1914-1918) contava anexar vastas regiões da Europa e expandir as suas colónias em África. O resultado foi a morte de mais de 10 milhões de pessoas.
A intolerância religiosa, nomeadamente contra os judeus, mas também a exigência de se acabar com a minorias étnicas, começa a estar na ordem do dia. Os judeus não tardam a serem a acusados de ser o causadores das desgraças dos impérios germânicos, o alemão e o austriaco.


Foi especialmente neste período que emergiu um conjunto de pensadores germânicos que denunciaram a mentalidade bélica (exterminadora) que estava profundamente enraizada na cultura germânica, como o caso de Karl Marx, Niezstche e tantos outros. Tinham a firme convicção que se a mesma não fosse travada iria conduzir a Europa à uma tragédia, como veio a acontecer. A outra Alemanha tinha finalmente uma voz audível à escala planetária.


A derrota em 1918 da Alemanha e da Austria, os dois grandes impérios germânicos, não acabou com o sonho do grande império germânico europeu.


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Hitler entra em Paris, 14/06/1940

Terceiro Reich


Adolfo Hitler (austriaco), líder desde 1921 do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP), partindo do sentimento de humilhação dos povos germanófonos, propõem-se criar um novo reich, retomando três ideias que se haviam enraizado na cultura imperial germânica: a superioridade do povo alemão; a "Europa", do antigo Império Sacro Romano-Germânico pertence-lhes, é o seu espaço vital; por último, a "necessidade" de se acabar com as minorias religiosas e éticas, de modo a unificar política, religiosa e etnicamente o Império alemão.


O resultado, como é sabido, foi uma nova guerra mundial (1939-1945), onde perderam a vida cerca de 60 milhões de pessoas.


A outra Alemanha, pela vozes como as de H. Husserl, Hannah Arendt, Bertolt Brecht, Wilhelm Reich e tantos outros, denunciaram a nova barbarie que a "Alemanha" (imperial) estava a conduzir o mundo.

Quatro Reich


Após a queda do "Muro de Berlim" (1989), o mundo assistiu à pacífica reunificação da Alemanha. De imediato surgiram vozes dando conta que estavam a ressurgir antigos aspectos da alemã que todos julgavam ter desaparecido, cujo primeiro sintoma foram o crescente número de ataques racistas contra os imigrantes.


A crise económica, que eclodiu depois de 2008, revelou numa nova dimensão o tradicional expansionismo alemão, agora convertido ao domínio económico e financeiro da Europa, utilizando as estruturas da União Europeia.
 

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A Grécia e a Afirmação da Hegemonia Alemã

Se falência do Lehman Brothers Holdings Inc (Setembro de 2008), nas suas ondas de choque por todo o mundo, descobriu as enormes fragilidades dos países que haviam adoptado a moeda única - o euro (2002). Estas economias caminharam rapidamente para a sua insustentabilidade, ao abandonarem a produção de bens transacionáveis, passando a viver do comércio de bens importados e do crédito barato, e das transferências da UE. A divida dos Estados, famílias e empresas não tardaram a atingir valores incomensuráveis.



A Grécia foi, neste contexto, onde esta política maior impacto registou. A construção e reparação naval, por exemplo, da sua gigantesca marinha mercante (controlam entre 15% e 20% da tonelagem da marinha mercante mundial) foi praticamente abandonada. Os próprios armadores gregos passaram a operar fora da Grécia, onde no entanto a marinha mercante não paga impostos. A cultura da produção foi substituída pela da importação, consumo. O crédito barato permitiu a expansão do consumo interno, concessão de benefícios sociais, realização de eventos de grande dimensão (Jogos Olímpicos, 2004), grandes investimentos em armamento, etc. Como se tudo isto não bastasse, a Grécia tem um sistema partidária de características mafiosas, muito semelhante ao que existe em Portugal, o qual contribuiu de foram decisiva para o desvario das contas públicas.



Os resultados, depois de 2002, não tardaram a aparecer. Em 2010, a Grécia, estava já à beira da bancarrota. A dívida pública atingia os 142,8% do PIB, e o défice do Estado - 10,6% do PIB.
 

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Renascimento da Antiga Alemanha

A Alemanha, a partir de 2010, usando (e abusando) do caso grego, assumiu-se como a potência hegemónica da UE. Ao fazê-lo rompeu com o princípio da igualdade de todos os estados-membros da UE e a procura de consensos, que durante anos havia sido o paradigma da RFA (Republica Federal da Alemanha), quando a Alemanha se encontrava dividida.


Desde o fim da segunda guerra mundial, quando o mundo foi dividido em dois blocos, a RFA protegida pelos EUA da ameaça do Bloco Soviético, era um exemplo um país solidário. A solidariedade alemã decorria da própria necessidade de encontrar aliados para fazer frente à União Soviética e ao avanço do comunismo.


A própria CEE assentava nesta lógica. A solidariedade era automática quando solicitada entre os estados-membros da CEE (actual UE).


Após a queda do Muro de Berlim (1989), a reunificação da Alemanha e a derrocada da antiga União Soviética, a antiga Alemanha que havia desaparecido, em 1945, com Adolf Hitler está de volta.


A crise económica foi a oportunidade de ouro para este renascimento da antiga Alemanha. Os gregos, pela voz da chanceler alemã foram ofendidos e humilhados. A Comissão Europeia, na pessoa do seu Presidente, quando falou em solidariedade europeia, foi insultada.


A nova (antiga) Alemanha, sem complexos em relação ao seu passado totalitário, quis dizer ao quem passava a mandar na UE.


A Alemanha dispensa pela primeira vez, de forma ostensiva, a muleta francesa, impondo uma política comunitária da qual é a principal beneficiária. A China foi a primeira potencia mundial a reconhecer este facto
 

Antonio A Alves

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Católicos versus Protestantes, Norte versus Sul

Numa obra mundialmente famosa - A ética protestante e o "espírito" do capitalismo (1904/5) - , Max Weber, traçou as fronteiras económicas da Europa depois do século XVI: o sul, onde predomina o catolicismo, era o espaço dos perdulários, esbanjadores, iletrados, preguiçosos, gente com uma forte aversão ao trabalho e poupança. O norte, onde predomina o protestantismo era espaço do empreendorismo, poupança e trabalho. Esta divisão era definida pela religião, mais especificamente, por duas visões cristãs diferentes sobre o trabalho e o lucro.


A convivência entre estes dois espaços europeus nunca foi pacífica. Os católicos perseguiram os protestantes e vice-versa. A verdade é que cumulação de riquezas e de melhoria do bem estar a Norte, desde o século XVII que contrastava com a crescente decadência e pobreza dos países (católicos) do sul da Europa, como os mediterrânicos.


Na crise em que mergulhou a Europa, depois de 2008, os países protestantes protestantes, especialmente a Alemanha, pela voz da chanceler Alemã - Angela Merkel (Maio de 2011) -, acusaram os países católicos (Irlanda, Portugal, Espanha e Itália) ou mediterrânicos como a Grécia (ortodoxa), de serem os responsáveis pele crise europeia.


Desde adesão à CEE/UE limitam-se a esbanjar as ajudas que a Alemanha lhes "deu", eram uns "preguiçosos", incompetentes, pelo que deviam de ser castigados através de duras medidas de austeridade.
 

Antonio A Alves

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<Grandes e Pequenos

Se em teoria a UE todos os estados-membros (28) são iguais, a verdade é que a realidade é muito mais complexa.

Dimensão


Embora a UE não possua nenhuma super-potência como os EUA, a China ou a Rússia, temtrês potências regionais: a Alemanha, Grã-Bretanha e a França, mas que há muito deixaram de ter uma capacidade de intervenção global. No quadro da UE o poder de decisão, sobretudo da Alemanha, é decisivo. O Tratado de Lisboa consagrou o poder destes estados no seio da UE.


Segue-se depois o grupo dos estados de média dimensão, a saber: Itália, Roménia, Espanha, Holanda e Polónia. O número de habitantes, superfície, PIB ou influência em certas regiões continentais ou do mundo, conferem-lhes um poder intermédio no seio da UE. O seu poder efectivo é muito menor do que julgam ter na UE. As três potências regionais procuram compensar a sua posição intermédia, al, mantendo o seu controlo, convocando alguns deles para participar em cimeiras restritas para discutirem assuntos da UE, ou elevando-os a membros do G7 ou G20.


O grupo dos chamados pequenos países, entre os quais se inclui Portugal, Suécia, Grécia, Bélgica, Irlanda, Dinamarca, Finlândia, Checa, ou o Luxemburgo, Malta, Eslovénia e a Lituânia, é o mais numeroso e diversificado de todos (19 países). Uns possuem uma influência local, outros incorporam redes de contactos globais. A sua coesão interna, riqueza, língua, experiência política nos foruns internacionais, diáspora, mas a sua proximidade geográfica aos centros de decisão da UE pode fazer toda a diferença entre eles. O seu poder de influência, devido à sua flexibilidade nas alianças estratégicas, pode ser muito superior ao que seria expectável.Todos os Tratados da UE pensados para limitar o poder do pequenos países.
 

Antonio A Alves

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Exigências

As diferenças entre os "grandes" e os "pequenos" são particularmente notórias quando se coloca a questão das obrigações no cumprimento das regras comunitárias. Se um "pequeno" não cumpre é apontado, admoestado ou são exigidas sanções, se o mesmo acontece com um "grande" o caso é ignorado, encontradas justificações e até são introduzidas mudanças nas próprias regras.


Exemplos:


1. A regra europeia do défice abaixo dos 3,0% do PIB, entre 1999 e 2015, foi violada em 165 vezes: 51 ocasiões foi permitido por o países estarem em recessão, mas não em 114 ocasiões de acordo com um estudo do Instituto de Investigação Económica alemão Ifo. Entre os que ultrapassaram mais vezes conta-se a França (11 vezes), Portugal (10) e outros países.


2. Em Maio de 2016, quando de debatia a questão de penalizar dos países que em 2015 tinham violado a regra dos 3%, a saber a França, Espanha e Portugal. O presidente da Comissão Europeia - Jean-Claude Juncker - veio publico afirmar que a questão não se podia colocar em relação à França, "Porque é a França" (!!!).


De acordo com os tratados da UE, um país deve ser penalizado quando ultrapassa o deficie de 3%, mas também quando tem um excedente comercial (superavit), o limite fixado é de 6%. Acontece que ultrapassou nos últimos anos este limite. Sanções? Nem pensar! "Porque é a Alemanha" (!!!).

3. Em Fevereiro de 2016, a UE perante a ameaça de saída da Grã-Bretanha, negociou com este país um regime de exceção que não estava previsto em nenhum Tratado, "Porque é a Grã-Bretanha".
 
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