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União Europeia

Antonio A Alves

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Num gesto simbólico um grupo de cidadãos no dia 26 de Junho de 2015 colocou em dezenas de edifícios públicos, como a Assembleia da República uma faixa com a palavra "vendido".



A receita da UE-FMI para a saída da crise financeira em que Portugal se viu arrastado em 2008 é conhecida:
- Venda do país aos capital estrangeiro de modo a ganhar a confiança dos mercados. Uma medida, como veremos, o governo de direita se mostrou particularmente célere em cumprir.



- Um longo período de austeridade necessário para pagar as rendas que os credores internacionais possuem em Portugal. Para que estas rendas possam ser geradas é necessário a redução do estado português à sua mínimo expressão através de cortes nos apoios sociais, investimento público, redução de salários, asfixiar a população com impostos, etc, mas também facilitar os despedimentos e indeminizações. Só assim se conseguirá, segundo a UE-FMI obter a confiança dos mercados.



O governo esperava que com a venda ao desbarato do património público ocorresse uma entrada massiva de capital estrangeiro em Portugal de modo a relançar o crescimento económico, o que não aconteceu. Tem-se assistido ao desmantelamento das empresas portuguesas, vendidas aos pedaços, e à brutal redução do emprego qualificado. Os novos grupos estrangeiros que se instalaram no país estão apenas preocupados com as suas rendas e em sacar o máximo de recursos financeiros.



Desde Junho de 2011 que o actual governo de direita (PSD/CDS-PP), sob as ordens da UE-FMI tem vendido ao desbarato empresas, edifícios e terrenos públicos alegadamente para pagar uma dívida que não para de aumentar.



A divida publica que em 2008 era de 71,7% do PIB, subiu para 96,2% em 2010 (1º.resgate da Grécia), superando agora os 130% (2015).



Numa política de verdadeiro saque da população para responder às crescentes exigências dos "credores", o governo cortou nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, convidando os jovens a emigrarem. Cerca de 350 mil portugueses emigraram entre 2011 e 2015.



O brutal aumento da carga fiscal para arranjar dinheiro para os credores diminuiu o consumo interno, provocando o encerramento de inúmeras empresas. O desemprego historicamente baixo em Portugal subiu vertiginosamente. Em 2008 estava nos 7,6%, subiu para 10,8% em 2010 atingindo final de 13,9% em 2014.



Os serviços públicos têm sido mínimo de modo a cortar nas despesas de forma a gerarem receitas (excedentes primários) para entregar aos credores...
 

Antonio A Alves

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Privatização de Empresas Públicas

Nesta onda privatizadoraa única preocupação do governo tem sido a de gerar receitas, atuando como uma comissão liquidatária de Portugal. Neste capítulo são absolutamente irrelevantes as consequências que podem resultar da alienação de sectores estratégicos para o futuro da economia do país. Portugal foi posto à venda !

PT- Portugal Telecom. Era uma das empresas mais inovadoras de Portugal e do mundo no domínio das telecomunicações. Durante largos anos foi também a que realizou maiores investimento e empregava quadros altamente qualificados. O governo decidiu a sua venda aos franceses da Altice que já prepararam a sua venda a retalho.

EDP - Uma empresa bastante lucrativa de Portugal foi vendida pelo estado português a uma empresa estatal chinesa - China Three Gorges. As célebres rendas que a empresa recebe e que justificaram a sua venda continuam agora para o bolso dos chineses.

REN - A empresa estatal chinesa, a State Grid, tomou conta da empresa que mantém a rede eléctrica de Portugal.




ANA- A empresa francesa (VINCI) que comprou esta empresa responsável pelos aeroportos de Portugal prometeu baixar os custos e melhor a eficiência nos serviços. O resultado tem sido o aumento sucessivo de taxas e a degradação dos serviços aeroportuários..

TAP- Transportes aéreos portugueses. Vendida por 10 milhões (!) a um grupo estrangeiro que tem como testas de ferro David Neeleman (norte-americano) e o patrão da barraqueiro.


EMEF- Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário. Vendida. Operação do governo que procura desmantelar a CP- Caminhos de Ferro de Portugal vendendo-a aos pedaços.




CP Cargo. Vendida. Operação do governo que procura desmantelar a CP- Caminhos de Ferro de Portugal vendendo-a aos pedaços.

Carristur - Gestora dos autocarros de turismo. Vendida

CTT - Após a sua venda passou a ser controlada por dois bancos - o Goldan Sachs (EUA) e o Deutsche Bank (Alemanha).

FIDELIDADE - A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi obrigada a vender a companhia de seguros, que acabou nas mãos dos chineses da Fosun.

Hospitais Privados de Portugal- A CGD foi obrigada a vender ao chineses da Fosun as suas participações nos hospitais privados, incluindo o da Luz.

Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Nos últimos anos a empresa foi lançada para o abismo por sucessivas administrações corruptas que prepararam o caminho à sua privatização. Após ser vendida ao grupo Martinfer (português) a empresa regressou aos lucros e o governo fez-lhe encomendas de novos navios...

ENATUR. O governo está a estudar a venda de 51% que tem nas ENATUR, proprietária de 35 pousadas em monumentos históricos.

Pousadas da Juventude. Está em curso o processo da sua venda ou concessão.


EGF -Gestora de Lixos. Vendida



 

Antonio A Alves

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Concessões

Metro. Concessão ganha por um grupo espanhol controlado por mexicanos.

Carris. Concessão ganha por um grupo espanhol controlado por mexicanos.

STCP. Em curso


Transtejo-Soflusa. Em curso

CP. Em curso

REFER. Em curso.

Oceanário de Lisboa. Dava lucro, por isso o governo resolveu vendê-lo a um grupo económico.


Distribuição de água. As redes de distribuição de água em Portugal estão a ser rapidamente privatizadas. Os chineses da Beijing Entreprises Water Grupo adquiriam já quatro redes de distribuição.
 

Antonio A Alves

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Destruição de Grupos Económicos

Grupo Espírito Santo (BES, BESI, etc). Um grupo com mais de 400 empresas e quase 40 mil trabalhadores foi rapidamente desmantelado pelo governo e posto à venda todo o seu património.


Novo Banco (antigo BES). O Banco de Portugal, sob as orientações da UE-FMI, dividiu o antigo BES em dois bancos, o "banco bom" e o "banco mau". O Estado e os depositantes portugueses ficaram com os "banco mau" (prejuízos), os estrangeiros ficaram com o "banco bom" (a parte lucrativa).


BESI. Adquirido pelos chineses do Haitong.
 

Antonio A Alves

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Foram também na Onda

Cimpor. Numa ação conduzida pelo governo, a Cimpor, a maior multinacional portuguesa foi vendida aos brasileiros da Camargo Côrrea que não tardaram em parti-la aos pedaços, reduzindo drasticamente o número de postos de trabalho em Portugal.


Brisa. Passou para as mãos de um grupo brasileiro.


EFACEC Handling Solutions. Vendida aos alemães


BCP. Controlada pela Sonangol (angolanos)


BPI. Controlada por Isabel dos Santos (angolanos)


NOS. Controlada por Isabel dos Santos (angolanos)


Petrogal Brasil. Passou a ser controlada pelos chineses da Sinopec

Grupos estrangeiros controlam já neste momento a maioria dos canais de televisão e da imprensa em Portugal, o que lhes permite desenvolverem uma intensa campanha de intoxicação da opinião pública.
 

Antonio A Alves

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Propriedades

Três actos simbólicos marcam a venda de Portugal aos estrangeiros pelo atual governo:

A venda a um espanhol de um pedaço do território nacional junto à fronteira, na freguesia de Cristoval, em Melgaço (JN, 13/04/2014). As autoridades locais não foram consultadas e mesmo perante o seu protesto o governo avançou com a venda de solo nacional junto à fronteira.


A venda apressada e Londres de um conjunto de telas do pintor Juan Miró, as quais saíram ilegalmente de Portugal por uma das comissões liquidatárias nomeadas pelo governo. O objectivo da venda, segundo a besta do secretário de estado da cultura era "gerar receitas para pagar a dívida" (!). Graças à tenaz ação de um grupo de cidadãos foi parada mais esta ação de venda de obras de arte.

A venda dos edificios da alfandega de Lisboa, mandados edificar pelo Marquês de Pombal, sob projeto de Eugénio dos Santos.

Companhia das Lezírias (em estudo).
 

Antonio A Alves

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Política da UE: assegurar as rendas dos credores

A UE, como ficou patente nesta crise económica que se arrasta desde 2008, atua ao serviço dos grandes grupos económicos, seguindo as orientações da potência hegemónica europeia - a Alemanha.

Depois de um longo período de fomentou o endividamento do Estado, empresas e familias, quando percebeu que Portugal e outros estados membros estavam "maduros" para colher, impôs a venda do país aos estrangeiros, e exigiu em paralelo brutais medidas de austeridade de forma a empobrecer a população e retirar a capacidade de iniciativa interna.

A UE aos credores internacionais garante-lhes que até a dívida pública portuguesa ser reduzida até 60% do PIB (está acima dos 130%), o país será objecto de um saque sistemático que lhes garantirá as respectivas rendas. Será ? Portugal para fazer esta redução deverá ter excedentes primários de 1,5% a 2% durante vinte anos !

Depois de 2011 grupos estrangeiros passaram a controlar em Portugal a banca, seguros, energia, telecomunicações, imprensa, transportes terrestres e aéreos, aeroportos, portos, auto-estradas, água, construção naval, hospitais privados, hotelaria, etc.
 

Antonio A Alves

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Grã-Bretanha: Um membro incómodo?

Desde a sua adesão, em 1973, à CEE- Comunidade Económica Europeia que tem mantido uma singular coerência na sua política. A actual União Europeia, como a anterior CEE é para a Grã-Bretanha uma organização de estados soberanos, cujo único objectivo aceitável é a facilitação das trocas comerciais entre si. Tudo o mais é dispensável.

Foi convidada, em 1957, para aderir à CEE, mas recusou. Como alternativa à CEE, esteve na base da criação da EFTA, mas perante os bons resultados económicos da CEE acabou por pedir a sua adesão em 1962. A França vetou a sua adesão, pois o presidente francês - o general De Gaulle -, defendia que a Grã-Bretanha seria um instrumento dos EUA na CEE.

Foi por esta razão que só pode aderir à CEE, em 1973, após a morte do general e da realização de uma referendo, em França, sobre a adesão da Grã-Bretanha, Irlanda e da Dinamarca. Desta forma a CEE passou de 6 para 9 membros.

Recusou-se a contribuir para a CEE, com mais do que da mesma recebia. A adesão da Grã-Bretanha foi ratificada por uma votação na Câmara dos Comuns, mas a vitória do Partido Trabalhista de Harold Wilson, em 1974, exigiu uma renegociação das condições de adesão financeiras da adesão, de forma a diminuir a contribuição da Grã-Bretanha para a CEE. O governo trabalhista através de um referendo, a 5/6/1975, confirma a adesão à CEE, obtendo 67,2% dos votos. Prosseguiu todavia em aberto o problema da contribuição
 

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O governo conservador de Margaret Thatcher, a partir de 1979, continuou alimentar o eurocepticismo exigindo a redução da contribuição financeira.

O mecanismo corrector, adoptado a 26/6/1984, no Conselho Europeu de Fontainebleau, que pôs fim ao conflito sobre o orçamento comunitário entre a Grã-Bretanha e os seus parceiros na CEE.

Recusou aderir a aderir, em 1985, ao Espaço Schengen, uma posição que mantém em 2013.

Foi compelida a aderir ao Acto Único, em 1986, mas recusou adoptar as suas principais medidas.


Subscreveu o Tratado de Maastricht, em 1992, mas recusou-se a adoptar as suas principais medidas, nomeadamente a moeda única - o euro (1999), e consequentemente os critérios de convergência nominal. Não subscreveu também a Carta Europeia dos Direitos Sociais Fundamentais do Trabalhadores.
 

Antonio A Alves

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Brexit

O processo de federalização da União Europeia, consagrado no Tratado de Lisboa (2007), e posto em prática na sequência da crise financeira iniciada em 2008, provocaram um enorme sobressalto na Grã-Bretanha. A sua "independência" estava finalmente em jogo. A burocracia da UE, controlada pela Alemanha, deixa-lhe cada vez menos espaço de manobra.

A situação que agravou-se depois de 2008 quando a Alemanha passou a ser considerada a potência hegemónica da UE ditando as regras para todos os estados membros. Entre os estados membros a Grã-Bretanha é o país que tem mais dificuldades em aceitar uma posição secundária numa UE dominada pela Alemanha.

A desconfiança na Grã-Bretanha face à UE tornou-se também explosiva com a entrada de novos estados membros na EU: 2004: Eslovénia, Eslováquia, República Checa, Chipre, Estónia, Letónia, Malta, Polónia, Lituânia, Hungria; 2007: Bulgária, Roménia; 2014: Croácia. As negociações prosseguem para a entrada de novos países, entre os quais se encontra a Turquia.

A Grã-Bretanha foi "invadida" por uma massa crescente de migrantes comunitários que reclamaram igualdade de direitos neste território. Nenhuma medida do governo inglês foi capaz de conter a entrada de novos migrantes comunitários. Á semelhança de outros países comunitários a islamização da Grã-Bretanha é uma evidência incontornável.


 

Antonio A Alves

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Face a esta situação, o conservador David Cameron, apresentou-se às urnas em Maio de 2015, com a promessa que se fosse eleito convocaria um referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na UE. Sem grandes surpresas ganhou as eleições com maioria absoluta e tratou de marcar o referendo para 2016 (23 de Junho).


A UE entrou em pânico face à possível vitória dos "eurocepticos", e tratou de negociar condições especiais para a Grã-Bretanha permanecer na UE (26/02/2016), o que significa uma clara violação dos princípios básicos da própria União Europeia.


Ganhe quem ganhe o referendo, a crise de desconfiança está instalada. Se ficar a Grã-Bretanha irá tentar por todos os meios travar a federalização da UE, se sair terá que contar com a UE como seu principal parceiro económico e dificuldades acrescidas.
 

Antonio A Alves

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Eua - europa

Os EUA viram na Europa, depois da 2ª. Guerra Mundial (1939-1945), um enorme "mercado protegido" para as suas empresas. É lógico que tenham apostado na estabilidade política da Europa, pois isso garantia o escoamento das suas exportações, dando aos EUA uma enorme prosperidade. Os EUA receberam enormes reservas de ouro da Europa.



A criação da CECA (1951) e depois da CEE (1957) foi apoiada, embora sem entusiasmo, pelos EUA.



O sucesso da CEE nos anos 60, com o consequente aumento das exportações de produtos deste bloco económico para os EUA causou-lhes alguma preocupação. O défice comercial dos EUA não parou de aumentar. A resposta americana não se fez esperar: o dólar deixou de ser convertível em ouro, em 1971, mas continuou a ser imposto como moeda usada no comércio internacional.
 

Antonio A Alves

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O poder do Euro

O sucesso da CEE/UE, a partir de 1985, parecia conduzir a Europa para uma rota de colisão com os EUA. Desde então avançou-se para uma efectiva integração económica, política e financeira na UE.



A queda do Muro de Berlim (1989), com a unificação da Alemanha e integração dos países do leste na UE criou um considerável mercado comunitário.



O ponto de ruptura EUA - UE ocorreu nos anos 90 do século XX, quando a UE decidiu criar uma moeda única - o Euro.


Cedo se percebeu que a mesma poderia substituir o dólar como moeda de referência no comércio internacional. Os EUA não esconderam que não o admitiriam. A questão foi particularmente discutida, em 1999-2002, quando países como Irão, Iraque e Venezuela, ameaçaram romper com o dólar e venderem petróleo em euros.



O EURO foi adoptado em 2002, e no ano seguinte, o Iraque foi invadido, e o Irão e a Venezuela foram alvo de sanções. A China, como vimos, encontrou no euro uma forma de reduzir a sua excessiva dependência da moeda norte-americana.



O dólar deixou de ser a única (efectiva) moeda internacional de reserva. O euro passou a captar uma fatia cada vez mais importante dos capitais que antes eram aplicados em dólares.



A economia dos EUA, no século XXI, ressentem-se da potência económica que se tornou a UE. Em 2004, o PIB da UE superou pela primeira vez o dos EUA. A entrada de novos membros na UE, se provocam um maior descontrolo, não deixam de expandir a dimensão do mercado comunitário.

 

Antonio A Alves

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Estratégia dos EUA

Face ao perigo que representa a UE para o seu poder ao nível mundial, os EUA definiram uma sólida estratégia que pretende controlar e desagregar a UE:
Tratado Transatlântico de Livre Comércio e Investimentos.



Os EUA estão empenhados em criar com a UE um grande bloco económico mundial, que actualmente já representa 41% do PIB mundial e 31% dos intercâmbios comerciais.



Para atingir este objectivo é necessário harmonizar as normas e os padrões técnicos e sanitários para facilitar as transacções comerciais.



Uma vez estabelecida esta harmonização - a base do mercado único europeu -, os norte-americanos esperam conseguir fragilizar as relações intracomunitárias. Para alguns estados membros da UE, o mercado comunitário poderá ser facilmente ser secundarizado face às vantagens que oferece o dos EUA.

Desta forma os EUA não apenas conseguem travar a expansão da UE, mas também fazer face à ascensão dos BRIC (Brasil, Rússia, India e China), continuando a impor o dólar ( ou euro-dólares).

Nato - Organização Mundial de Defesa.

A esfera de actuação da Nato, sob a liderança dos EUA, deixará de ser apenas defesa do Atlântico e passará a ser mundial, dando cobertura ao grande bloco económico que está a ser organizado.

Papel da Grã-Bretanha e outros estados da UE

A Grã-Bretanha e outros estados membros da UE, receosos do poderio alemão desempenham nesta estratégia um papel importante. Primeiro defendendo a necessidade de uma forte ligação da UE aos EUA, e depois em continuarem em insistir na ideia que o essencial da UE são as trocas comerciais, combatendo os projectos federalistas.

É sabido que os EUA, apesar dos seus aliados na UE não está seguro da fidelidade dos mesmos. Nesse sentido, não hesitou em andar a espiar os lideres europeus, facto denunciado pelo ex-analista da NSA- Edward Snowden.

Lóbis

É conhecida a experiência e poder dos lóbis norte-americanos no mundo. Não apenas já estão instalados no seio da UE, mas também é previsível que o seu poder de influência se venha a reforçar no futuro minando a própria União
 

Antonio A Alves

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Rússia - UE

A antiga União Soviética encarou a CEE/UE sempre como uma ameaça: era o símbolo do capitalismo, cujo prosperidade contaminava a Rússia e os seus países satélites. A situação pareceu mudar, em 1989, em consequência da queda do Muro de Berlim e o fim da antiga União Soviética e a libertação dos seus países satélites. Chegou-se mesmo a falar que a Rússia pudesse vir a integrar a UE, mas rapidamente o equivoco se desfez, quando vários do bloco soviético, pediram a adesão à UE.


Em 2004 aderiram a Letónia, Polónia, Lituânia, Estónia, Hungria, Eslováquia, República Checa e Eslovénia. Em 2007 seguiu-se a Bulgária e a Roménia, e mais recentemente a Croácia (2013), sendo os próximos a Sérvia, Macedónia e e o Montenegro.



A UE não apenas está a integrar países satélites da antiga União Soviética, mas também membros do antigo Pacto de Varsóvia, exercendo uma forte influência em países como a Ucrânia, Arménia, Geórgia, Bielorrússia, Azerbeijão e Moldavia.



Para além disto, a UE tem agora fronteiras com a própria Rússia. A tensão tem vindo a crescer, levando a Rússia a aproveitar vários situações para retaliar as aproximações destes países à UE.
 

Antonio A Alves

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Retaliações

A Rússia não apenas tem manifestado o seu desagrado por estas aproximações em relação à UE, mas adoptou uma vigorosa política de retaliações para com os países do leste europeu que o fizerem.



A Ucrânia pretendeu estabelecer um acordo de associação com a UE. As negociações prosseguiram, a resposta da Rússia não se fez esperar. A Ucrânia, em Novembro de 2013, face à chantagem económica que estava a ser alvo, acabou por desistir do acordo com a UE. A Rússia demonstrou, uma vez mais, o enorme poder que possuía nesta região do mundo.

Estratégia na UE


A Rússia tem um crescente poder no seio da UE. Calcula-se que cerca de 40% das suas reservas de moeda sejam em euros. É o terceiro parceiro comercial da UE, depois dos EUA e da China.



O seu enorme poder na UE reside no facto de ser, um dos seu principais fornecedores de gás natural, permitindo-lhe obterenormes receitas.



Perante uma potencial ameaça russa, os países da UE, mais dependentes destes hidrocarbonetos, têm vindo a diversificar as suas fontes energéticas e a origem das suas aquisições. Como resposta a esta situação, alguns multimilionários russos, passaram a financiar equipas de futebol da UE...



As enormes receitas dos hidrocarbonetos têm sido uma importante alavanca para a diversificação e internacionalização das empresas russas. A partir de 2000 o número desta empresas, no seio da UE, tem vindo a aumentar ano após ano.
 

Antonio A Alves

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A China à Conquista da Europa

Grande potência até a século XVIII, humilhada pelos europeus no século XIX, e pelos japoneses no século XX, acordou de novo a partir dos anos 80 do século XX, abraçando um modelo de capitalismo sem regras.



Com a abertura da China ao mundo, os EUA, a UE e vários países asiáticos (Coreia do Sul, Japão) viram na mão de obra chinesa (abundante e barata), uma incrível oportunidade de ouro para fazerem grandes negócios. As suas unidades de produção foram deslocadas para a China, que rapidamente se converteu na grande fábrica do mundo.



A exportação em massa de produtos "made in China", permitiu-lhes acumular enormes reservas dólares, e mais recentemente de euros.



Esta deslocalização da produção das produção para China, se permitiu melhorar as condições de vida de centenas de milhões de chineses, implicou o maior dos desafios atuais do povo chinês: a satisfação do aumento do consumo interno e das expectativas que foram sendo criadas na população (1,320 mil milhões pessoas, em 2011), o que implicou uma procura de recursos à escala global. Esta necessidade de recursos foi agravada com a crescente diminuição dos solos agrícolas, devido ao aumento das áreas urbanizadas e construção de barragens.



A China desde os anos 80 do século XX, lançou-se então à procura de recursos (matérias primas e terras agricolas) em África e na América do Sul.
 

Antonio A Alves

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A grande Oportunidade

A crise das dividas soberanas que devora a União Europeia desde 2008, tem sido aproveitada pela China para se estabelecer na EU, e tirar partido da existência do Euro.



A China tem investido enormes recursos financeiros na aquisição de euros, como alternativa ao dólar. Adquiriu igualmente títulos de dívida de países em dificuldade, como Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda ou a Hungria, que lhe permitiram depois obter certas vantagens na aquisição de grandes empresas locais.



Não tardou a usar também as suas enormes reservas de moeda, em investimentos estratégicos capazes de garantir o escoamento das suas exportações e obter "conhecimento" e "saber fazer" (know-how), que lhe permitisse modernizar as empresas na China, autonomizando-as.



Na Europa, por exemplo, os investimentos chineses dirigem-se para sectores estratégicos, como o das telecomunicações, portos e aeroportos, infra-estruturas logísticas e produção de veículos.



Os investidores chineses na Europa limitam-se, quase sempre, a explorar as empresas que adquirem. Não fazem novos investimentos, nem promovem a sua expansão ou modernização. A médio prazo são empresas tecnologicamente ultrapassadas. O seu objectivo é apenas adquirem know-how e criarem bases locais para a exportação dos seus produtos, dominando as rotas mundiais de circulação das mercadorias.



A divisões existentes no interior da EU, fomentadas pela Alemanha, facilitaram esta penetração chinesa, nomeadamente nos países em dificuldade.



- A Grécia, por exemplo, em 2010, viu-se obrigada a conceder aos chineses, a exploração do importante porto do Pireo por um período de 35 anos.



- Portugal, vendeu aos chineses, a empresa de electricidade EDP, com investimentos em Espanha, Brasil, EUA, Moçambique, etc.



- Em Espanha, a Repsol vendeu parte do capital da sua filial no Brasil aos chineses, permitindo-lhes assim acederem a importantes recursos petrolíferos. A empresa Eutelsat, operadora de satélites, passou também para mãos chinesas.



Não se pense que isto só acontece com os países em dificuldade, outros exemplos:



- Na Suécia, passaram a controlar a fábrica de automóveis Volvo, MG (Saab)



- Na França, adquiriram um importante fabricante de tratores.



- Na Alemanha, compraram a Putzmeister (máquinas de construção).



Fruto desta estratégia, a verdade é que a gama de produtos exportados directamente pela China é cada vez mais sofisticada e a preços imbatíveis, esmagando a produção europeia e norte-americana.
 

Antonio A Alves

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O Problema da Reciprocidade

A China aderiu, em 2001, à Organização Mundial do Comércio, mas ficou desde logo evidente que não respeitava as regras mais elementares de uma economia de mercado. A UE, pelo contrário, assume-se como um mercado liberalizado, deixando os seus estados membros numa situação muito desfavorável em relação China.



A UE recusa-se adoptar medidas protecionistas, limitando-se a apelar à boa vontade dos chineses para que facilitem a entrada de produtos europeus. A reciprocidade nas relações comerciais com a China é uma ilusão. As restrições que esta impõe às importações de produtos europeus são enormes. Por outro lado, copiam e produzem todos o tipo de produtos europeus, sem que pagarem os respectivos direitos de autoria.



A política comercial com a Europa assenta numa estratégia de divisão da UE. Percebendo as suas profundas divisões internas, elegeram a Alemanha, como o seu principal parceiro de negócios. Em 2011- 15% das exportações alemãs para fora da UE tinham a China como destino. A divisão da UE facilita-lhes a penetração dos seus produtos e capitais.



Estas "facilidades" concedidas no quadro de relações bilaterais, não passam todavia de medidas temporárias até os chineses dominarem o know-how da produção dos produtos que importam. A experiência mostra que não tardam a passarem de importadores a exportadores.
 

Antonio A Alves

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Refugiados, Imigrantes e Globalização

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A fuga em massa de centenas de milhares de pessoas dos países muçulmanos para a União Europeia evidenciou aquilo que já todos sabíamos: a palavra solidariedade tem pouco valor entre os estados membros.


criancasiria01.jpg

A imagem de Aylan Kurd, o menino sírio de três anos cujo corpo deu à costa na praia turca de Bodrum, tornou-se num dos símbolos mundiais dos milhares de migrantes que todos os anos morrem a tentarem chegar à Europa. Quais as razões profundas desta catástrofe ?


 
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