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História Hungria

Antonio A Alves

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Mai 14, 2016
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O império romano chamava a região a oeste do Danúbio de Panônia, na qual estabeleceram uma província no local, com este nome. Ao século IV, os hunos começaram as ondas de migração que passariam pelas terras húngaras, montando o grande império dos Hunos, que entraria em colapso em 455. Após a queda do Império Romano em 476, sucederam-se ondas migratórias de germanos, eslavos, ávaros, francos, búlgaros e, finalmente, magiares, estes no final do século IX.

Segundo a tradição, os magiares atravessaram os Cárpatos e entraram na planície panônia em 895, sob a liderança de Árpád, o líder dos magiares que queria a aproximação com a Europa Cristã. Em 1000, o Rei Santo Estêvão I, filho de Géza da dinastia dos Árpads, fundou o Reino da Hungria, ao receber uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II e sedimentou o reino em 1006, com o extermínio dos opositores crentes da fé pagã.[5] Entre 1241 e 1242, uma invasão mongol devastou a Hungria, com grandes perdas em vidas e propriedades. Quando os mongóis foram embora, o rei Béla IV, mandou construir castelos de pedra, que seriam importantes na batalha contra os otomanos, no século XIV.

Paulatinamente, o Reino da Hungria conseguiu livrar-se das ingerências polacas, boêmias e papais, consolidando a sua independência. Matias Corvino, que reinou entre 1458 e 1490, fortaleceu o país, repeliu os otomanos e fez com que a Hungria se tornasse um centro cultural europeu durante o Renascimento.

Hungria dividida, aproximadamente em 1550, nas três partes: Otomana ao sul, Austríaca à oeste e o Principado sob à Dinastia dos Zápolya à leste.A independência da Hungria chegou ao fim em 1526, após a queda de Nándorfehérvár (Belgrado) e a derrota para os otomanos na batalha de Mohács. O Reino foi então dividido em três partes: o terço meridional caiu sob o controle otomano e o ocidental, sob o controle austríaco. A porção oriental permaneceu nominalmente independente, com o nome de Principado da Transilvânia e sob a dinastia dos Habsburgos, que retomariam a totalidade da Hungria das mãos dos otomanos 150 anos depois, no final do século XVII.
 

Antonio A Alves

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Com o recuo dos turcos, começou a luta da nobreza húngara por autonomia no seio do Império Austríaco. A Revolução de 1848 e a posterior guerra civil, eliminaram a servidão e garantiram os direitos civis, mas a revolução foi duramente reprimida pelos austríacos em 1849. Em 1867, porém, após duras batalhas internas e externas, a Áustria se obrigou a fazer reformas internas, e para evitar a independência húngara, fez um acordo na qual reconhecia o estado autônomo da Hungria, surgindo então a chamada Monarquia Dual, ou Austro-Húngara.

O governo húngaro, que era autônomo mas obedecia às mesmas regras que a Áustria, deu início a um processo de magiarização das populações de outras etnias, o que motivou o nacionalismo sérvio, eslovaco e romeno dentro do reino. A magiarização continuou até o término da Primeira Guerra Mundial, quando todo o Império Austro-Húngaro desmoronou.


Em novembro de 1918, a Hungria tornou-se uma república independente. Após uma experiência comunista sob Béla Kun, que proclamou uma república soviética húngara, e uma invasão por tropas romenas, forças militares de direita sob o comando do Almirante Miklós Horthy, entraram em Budapeste e instalaram um novo governo. Em 1920 elegeu-se uma assembléia unicameral, expressivamente de direita, Horthy foi indicado Regente e a Hungria voltou a ser uma monarquia, embora sem rei designado

Ilustração que mostra Sándor Petõfi, recitando o Nemzeti Dal, a canção que inspirou a Revolução de 1848, em busca da autonomia húngara, no império austríaco_O Tratado de Trianon, celebrado em junho de 1920, determinou as fronteiras da Hungria no pós-guerra. O país perdia então 71% de seu território, 66% de sua população, grande parte das suas reservas de matéria prima e seu único porto marítimo (Fiume, hoje Rijeka, na Croácia) para os países vizinhos. O inconformismo com a perda de territórios e população foi a tônica do processo político húngaro do entre-guerras e perdura, de certa maneira, até hoje.
 

Antonio A Alves

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Após um período conturbado politicamente na década de 20, com István Bethlen, a Hungria se aliou aos nazistas alemães a partir dos anos 30, durante a Grande Depressão, na expectativa, conforme explicações de seus líderes da época, de obter de volta os territórios perdidos. Entre 1938 e 1941, a Hungria retomou territórios como a Eslovaquia, a Rutênia, a Transilvânia e parte da Iugoslávia. Declarou guerra em 1941 à União Soviética, mas depois de sucessivas derrotas tentou um acordo com os Aliados. [9]Hitler com medo disso, ordenou a invasão da Hungria em março de 1944. No período de invasão alemã, ocorreram os envios de judeus à campos de concentração na Polônia. Depois de diversas batalhas por toda a Hungria, os alemães foram derrotados em 4 de abril de 1944.

Como consequência, ao fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se um Estado comunista sob influência de Moscou. A Revolução de 1956 foi a oportunidade para que os húngaros se manifestassem contra o regime soviético instalado no país. Após o 1º ministro deposto Imre Nagy tentar tomar o poder, apoiado pela população, a União Soviética invadiu Budapeste e, pela força das armas, acabou com a revolução, prendeu Nagy e executou-o tempo depois.

Nos anos 80, a Hungria foi um dos primeiros países da órbita soviética a procurar dissolver o Pacto de Varsóvia e a evoluir para uma democracia pluripartidária e para uma economia de mercado. As primeiras eleições livres nessa nova fase da história da Hungria foram realizadas em 1990, com poucos votos, os socialistas foram rechaçados. Mas em 1994, voltaram ao poder, apoiados pela queda do padrão de vida e da economia húngara. Desde então, socialistas e centro-direitistas disputam o poder político na Hungria. Seguiu-se de uma aproximação com o Ocidente que levou o país a aderir à OTAN em 1999 e à União Européia em 2004.


O império romano chamava a região a oeste do Danúbio de Panônia, na qual estabeleceram uma província no local, com este nome. Ao século IV, os hunos começaram as ondas de migração que passariam pelas terras húngaras, montando o grande império dos Hunos, que entraria em colapso em 455. Após a queda do Império Romano em 476, sucederam-se ondas migratórias de germanos, eslavos, ávaros, francos, búlgaros e, finalmente, magiares, estes no final do século IX.
 

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Segundo a tradição, os magiares atravessaram os Cárpatos e entraram na planície panônia em 895, sob a liderança de Árpád, o líder dos magiares que queria a aproximação com a Europa Cristã. Em 1000, o Rei Santo Estêvão I, filho de Géza da dinastia dos Árpads, fundou o Reino da Hungria, ao receber uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II e sedimentou o reino em 1006, com o extermínio dos opositores crentes da fé pagã.[5] Entre 1241 e 1242, uma invasão mongol devastou a Hungria, com grandes perdas em vidas e propriedades. Quando os mongóis foram embora, o rei Béla IV, mandou construir castelos de pedra, que seriam importantes na batalha contra os otomanos, no século XIV.

Paulatinamente, o Reino da Hungria conseguiu livrar-se das ingerências polacas, boêmias e papais, consolidando a sua independência. Matias Corvino, que reinou entre 1458 e 1490, fortaleceu o país, repeliu os otomanos e fez com que a Hungria se tornasse um centro cultural europeu durante o Renascimento.

Hungria dividida, aproximadamente em 1550, nas três partes: Otomana ao sul, Austríaca à oeste e o Principado sob à Dinastia dos Zápolya à leste.A independência da Hungria chegou ao fim em 1526, após a queda de Nándorfehérvár (Belgrado) e a derrota para os otomanos na batalha de Mohács. O Reino foi então dividido em três partes: o terço meridional caiu sob o controle otomano e o ocidental, sob o controle austríaco. A porção oriental permaneceu nominalmente independente, com o nome de Principado da Transilvânia e sob a dinastia dos Habsburgos, que retomariam a totalidade da Hungria das mãos dos otomanos 150 anos depois, no final do século XVII.

Com o recuo dos turcos, começou a luta da nobreza húngara por autonomia no seio do Império Austríaco. A Revolução de 1848 e a posterior guerra civil, eliminaram a servidão e garantiram os direitos civis, mas a revolução foi duramente reprimida pelos austríacos em 1849. Em 1867, porém, após duras batalhas internas e externas, a Áustria se obrigou a fazer reformas internas, e para evitar a independência húngara, fez um acordo na qual reconhecia o estado autônomo da Hungria, surgindo então a chamada Monarquia Dual, ou Austro-Húngara.

O governo húngaro, que era autônomo mas obedecia às mesmas regras que a Áustria, deu início a um processo de magiarização das populações de outras etnias, o que motivou o nacionalismo sérvio, eslovaco e romeno dentro do reino. A magiarização continuou até o término da Primeira Guerra Mundial, quando todo o Império Austro-Húngaro desmoronou.
 

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Em novembro de 1918, a Hungria tornou-se uma república independente. Após uma experiência comunista sob Béla Kun, que proclamou uma república soviética húngara, e uma invasão por tropas romenas, forças militares de direita sob o comando do Almirante Miklós Horthy, entraram em Budapeste e instalaram um novo governo. Em 1920 elegeu-se uma assembléia unicameral, expressivamente de direita, Horthy foi indicado Regente e a Hungria voltou a ser uma monarquia, embora sem rei designado.

Ilustração que mostra Sándor Petõfi, recitando o Nemzeti Dal, a canção que inspirou a Revolução de 1848, em busca da autonomia húngara, no império austríaco_O Tratado de Trianon, celebrado em junho de 1920, determinou as fronteiras da Hungria no pós-guerra. O país perdia então 71% de seu território, 66% de sua população, grande parte das suas reservas de matéria prima e seu único porto marítimo (Fiume, hoje Rijeka, na Croácia) para os países vizinhos. O inconformismo com a perda de territórios e população foi a tônica do processo político húngaro do entre-guerras e perdura, de certa maneira, até hoje.

Após um período conturbado politicamente na década de 20, com István Bethlen, a Hungria se aliou aos nazistas alemães a partir dos anos 30, durante a Grande Depressão, na expectativa, conforme explicações de seus líderes da época, de obter de volta os territórios perdidos. Entre 1938 e 1941, a Hungria retomou territórios como a Eslovaquia, a Rutênia, a Transilvânia e parte da Iugoslávia. Declarou guerra em 1941 à União Soviética, mas depois de sucessivas derrotas tentou um acordo com os Aliados. Hitler com medo disso, ordenou a invasão da Hungria em março de 1944. No período de invasão alemã, ocorreram os envios de judeus à campos de concentração na Polônia. Depois de diversas batalhas por toda a Hungria, os alemães foram derrotados em 4 de abril de 1944.


Como consequência, ao fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se um Estado comunista sob influência de Moscou. A Revolução de 1956 foi a oportunidade para que os húngaros se manifestassem contra o regime soviético instalado no país. Após o 1º ministro deposto Imre Nagy tentar tomar o poder, apoiado pela população, a União Soviética invadiu Budapeste e, pela força das armas, acabou com a revolução, prendeu Nagy e executou-o tempo depois.


Nos anos 80, a Hungria foi um dos primeiros países da órbita soviética a procurar dissolver o Pacto de Varsóvia e a evoluir para uma democracia pluripartidária e para uma economia de mercado. As primeiras eleições livres nessa nova fase da história da Hungria foram realizadas em 1990, com poucos votos, os socialistas foram rechaçados. Mas em 1994, voltaram ao poder, apoiados pela queda do padrão de vida e da economia húngara. Desde então, socialistas e centro-direitistas disputam o poder político na Hungria. Seguiu-se de uma aproximação com o Ocidente que levou o país a aderir à OTAN em 1999 e à União Européia em 2004.
 
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