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Memória de "cristal de plástico" que não perde dados

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GF Prata
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Memória de "cristal de plástico" que não perde dados



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O novo “cristal de plástico” é ferro eléctrico à temperatura ambiente, alternando para uma fase plástica e mais flexível a temperaturas mais elevadas.
Imagem: Jun Harada el al. - 10.1038/NCHEM.2567


- Cristal de plástico


Um inédito "cristal de plástico", sintetizado por pesquisadores da Universidade de Hokkaido, no Japão, apresentou propriedades de mudança controlável de estado, que promete muitíssimas aplicações, que vão dos materiais inteligentes às memórias de computador.
Quando se aplica um campo eléctrico nalguns materiais, os átomos desses materiais alteram a sua polarização eléctrica de um sentido para outro, tornando um dos lados do material positivo e outro negativo.
Esta propriedade de comutação (característica dos materiais ferro eléctricos) permite, que eles sejam utilizados numa vasta gama de aplicações, como nos bits das memórias de computador, por exemplo.
A novidade é que o novo material é um plástico, abrindo novos caminhos para a electrónica orgânica, com componentes mais baratos e menos tóxicos do que os usados na electrónica inorgânica tradicional, e reforçando as promessas de dispositivos flexíveis.

- Plasticidade ferro eléctrica


Os cristais ferro eléctricos à base de compostos orgânicos desenvolvidos até agora, são menos simétricos do que os cristais inorgânicos, o que resulta, que eles só podem ser polarizados numa direcção.
Isso exige, que se use um conjunto de pequenos cristais, mas mesmo assim gerando uma polarização geral bem mais fraca.
O novo cristal plástico é ferro eléctrico à temperatura ambiente, alternando para uma fase plástica e mais flexível a temperaturas mais elevadas.
Nessas temperaturas mais elevadas, as moléculas do cristal apresentam eixos de polaridade aleatórios, mas podem ser alinhados numa direcção específica, através da aplicação de uma corrente eléctrica, à medida que o cristal arrefece, o que significa que ele pode retornar a um estado ferro eléctrico com uma polarização forte e robusta.
Segundo a equipa, uma vantagem crucial dessa transição para um estado plástico pelo aquecimento é a redução da tendência à fractura, que ocorre nos cristais convencionais.
Isto "torna-o extremamente vantajoso para o seu uso na forma de uma película ferro eléctrica fina em dispositivos como memórias de acesso aleatório não voláteis, que mantêm a memória quando a energia é desligada," afirmam os pesquisadores.

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