• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Bancos portugueses investiram 14 mil milhões em dívida pública até novembro

santos2206

GForum VIP
Entrou
Jul 12, 2014
Mensagens
2,454
Gostos Recebidos
19
Até novembro os bancos nacionais investiram 14,2 mil milhões de euros em títulos emitidos pelo Estado. É o valor mais alto desde 2000, e superior ao registado em 2009 e 2010, os anos que antecederam o pedido de resgate à Troika.

dinheiro-cofre-925x578.jpg

Em 2016, mesmo sem ter ainda os dados de dezembro, já que o Banco de Portugal apenas divulgou estatísticas até novembro, a banca nacional já comprou dívida pública no valor de 14,2 mil milhões de euros, informa o Expresso.

É o valor mais alto desde o ano 2000, quando se iniciaram as estatísticas do banco central português. Trata-se de um montante superior ao registado em 2015 — 11,2 mil milhões de euros — e até o anterior recorde atingido em 2010 nos 13,6 mil milhões de euros. No total das várias formas de financiamento, onde entram outras operações como empréstimos, o contributo dos bancos nacionais foi de 8,7 mil milhões de euros, o que fica atrás dos dois anos de maiores montantes: 2010 (14,8 mil milhões de euros) e 2015 (12,8 mil milhões de euros).

Esta inversão do comportamento dos bancos nacionais coincide com o período do programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE) que arrancou em março de 2015 e tem ajudado a dar liquidez aos títulos. Liquidez que se traduz em taxas de juro mais baixas no mercado e, porque variam em sentido inverso, em cotações mais elevadas. Ainda assim, deter Obrigações do Tesouro português com taxas positivas é um ‘luxo’ numa zona euro onde vários emitentes soberanos pagam taxas negativas em vários prazos.

Trata-se de uma espécie de regresso ao período 2009-2010. Nesses dois anos, com a crise financeira internacional e com o deflagrar dos problemas na Grécia que contagiaram vários países da moeda única, a banca portuguesa reforçou fortemente o seu papel como financiador do Estado, algo que não acontecia até 2008. Antes eram essencialmente credores internacionais — bancos e outras entidades financeiras, como fundos — a emprestar ao Tesouro português. Foi a partir desse momento que tudo se alterou. Em 2009, a banca nacional contribuiu com 7,013 mil milhões de euros, dos quais 5,7 mil milhões em títulos. No ano seguinte bateu-se um novo recorde com um financiamento de 14,8 mil milhões de euros, a larga maioria em títulos (13,6 mil milhões euros).

Ficou célebre a visita dos principais banqueiros portugueses ao Banco de Portugal, em abril de 2011, a poucos dias do pedido de resgate, a dar conta ao governador de que iriam fechar a torneira ao Estado. Naquela altura, quando as taxas de juro (yields) da dívida no mercado secundário estavam já em valores proibitivos, eram os bancos portugueses que estavam a assegurar uma parte significativa do financiamento público. Depois veio a troika, os bancos ‘livraram-se’ de muitos destes títulos e durante três anos (2012-2014) reduziram significativamente a sua posição. Isso alterou-se a partir de 2015. Os bancos voltaram a emprestar em força ao Estado, principalmente comprando títulos nas emissões de Bilhetes e Obrigações do Tesouro, a níveis que não se viam há vários anos.

FONTE: Economico

Enfim a historia tende a repetir-se...e quem vai pagar é o contribuinte:right:
A Banca intresada na divida publica :naodigas:
 
Topo