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Seis Nações: Quando o perigo vem da outra ilha
A Inglaterra inicia domingo, frente à França, a defesa do seu título e ‘Grand Slam’ do Torneio das 6 Nações. Mas há muito mais em jogo para a equipa de Eddie Jones, o ‘milagreiro’ que reergueu dos escombros a primeira seleção de sempre a falhar a qualificação para os quartos-de-final de um Mundial na condição de anfitriã: os Lions jogam também a invencibilidade que dura desde esse ‘vexame’ e a oportunidade de conquistar o título em anos consecutivos pela primeira vez desde 2001.
"Temos de sair bem dos ‘blocos’ e derrotar a França. Se falharmos esse objetivo, só nos resta, depois, pensar jogo a jogo", avisou o técnico australiano, explicando que a fórmula do sucesso inglês passa por estar sempre ‘um passo mais à frente’ do que os rivais: "Se estivermos sempre a evoluir, quando os rivais vêm à procura de travar o que fazemos, nós já estamos a fazer outra coisa. É assim que jogamos: a evoluir todos os dias", concluiu Jones.
Porém, os ingleses têm um grande obstáculo pela frente: a Irlanda, que desiludiu no 6 Nações do ano passado, derrotou os três ‘gigantes’ do hemisfério Sul na última metade do ano passado e apresenta-se como o grande candidato a contrariar o aparente favoritismo inglês. Mas, apesar de a última jornada reservar um apetitoso Irlanda-Inglaterra, em Dublin, o selecionador dos irlandeses não quer ouvir falar em favoritismos…
"Esse é um rótulo que não nos diz respeito. Também tínhamos uma probabilidade negativa de 13 para 1 contra os All Blacks e ganhámos. Às vezes as coisas correm bem, mas tudo pode mudar de um momento para o outro. É por isso que as pessoas adoram desporto: nunca se sabe qual será o resultado e tentar adivinhá-lo é a parte divertida", desvalorizou Joe Schmidt.
Favoritismos à parte, Gales deverá discutir o 3º lugar com a França, enquanto a Escócia vai procurar intrometer-se nessa disputa. A ‘colher de pau’ deverá estar reservada, mais uma vez, para a Itália. *
António Aguilar: "Uma ‘final’ em Dublin"
Como já vem sendo habitual, a seleção inglesa ‘refugiou-se’ no Algarve para preparar o torneio. E quem voltou a acompanhar de perto os trabalho foi António Aguilar, que ficou a saber "como vão ganhar à França" mas guarda o segredo ‘a sete chaves’. "São o principal favorito, mas a Irlanda tem um calendário favorável e depois, vai haver aquela autêntica final com a Inglaterra, na última jornada", analisou o selecionador nacional de sevens a pedido de Record.
"Será um jogo memorável" e Aguilar aguarda a confirmação de um convite do selecionador inglês para voltar a estar com a equipa. "Tenho a sorte de o Eddie (Jones) apreciar a minha evolução! Convida-me sempre para estar presente quando vêm ao Algarve e, agora, existe a possibilidade de voltar a estar com eles na semana decisiva. Tem sido um autêntico mentor na minha formação como treinador", desvendou.
Record