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Pacemaker incrimina homem que nega fogo posto

Feraida

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Um Pacemaker é um dispositivo implantado que regula electronicamente os batimentos cardíacos, monitoriza o ritmo cardíaco e, quando necessário, gera um impulso eléctrico indolor que desencadeia um batimento cardíaco. Este dispositivo também recolhe informações da sua actividade. Foi esta actividade que levou a polícia a acusar de crime um americano de 59 anos que, supostamente, terá ateado fogo à sua casa para receber o seguro.

Pacemaker incrimina homem que nega fogo posto

A tecnologia está a mudar o mundo desde há séculos, quer nas ferramentas mais básicas até aos processos mais complexo, incluindo, claro, os dispositivos utilizados ao serviço da medicina. No caso de um Pacemaker, sendo um “invento” extraordinário que apareceu em 1932, a sua evolução tem trazido um conforto e uma esperança de vida absolutamente incrível. Mas este não é um dispositivo estúpido!

Dentro de um Pacemaker há componentes que electrónicos sofisticados responsáveis por:

Captar os batimentos cardíacos naturais
Gerar um impulso eléctrico, denominado de pulso do Pacemaker, segundo a forma como a unidade é programada
Manter um registo electrónico dos batimentos cardíacos e da actividade do Pacemaker

Em Middleton, Ohio (EUA), um homem salva-se de um fogo que tomou conta da sua casa, destruindo a habitação avaliada em cerca de 400 mil dólares. Ross Compton, descreve que para fugir ao fogo conseguiu reunir algumas coisas antes de fugir pela janela do quarto. O homem contou que só teve tempo de agarrar nalguns objectos, como o seu computador pessoal, o carregador do Pacemaker, um dispositivo que ajuda a controlar as irregularidade do ritmo cardíaco e pouco mais. Depois, partiu uma das janelas com a sua bengala, lançou a mala com os pertences para o jardim e correu rapidamente dali para fora.

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A descrição foi feita pelo próprio Ross Compton aos bombeiros. Estas declarações foram entregues às autoridades e algo despertou a suspeita dos investigadores.

No rescaldo do fogo, Jeff Spaulding, vice-director da unidade dos bombeiros, referiu que os indícios mostravam que o fogo parecia ter ignições em vários pontos da residência e não apenas num só sítio. Depois, quando o intenso cheiro de queimado começou a desaparecer, Spaulding notou o odor de gasolina.

Os indícios mostraram que toda esta actividade de fugir ao incêndio não batia certo com a condição de um homem com um coração frágil, que precisa de um Pacemaker e de um dispositivo de assistência ventricular para sobreviver. Será que ele conseguiria reunir tudo o que se salvou e ainda ter tempo para escapar ileso ao incêndio?


A tecnologia não engana e o seu “coração” traiu-o

Como referimos, o Pacemaker além de enviar impulsos eléctricos ao coração para manter seu ritmo normal, também armazena a actividade cardíaca do paciente. As autoridades pediram então a um técnico para retirar, de forma não invasiva, os dados do dispositivo para os enviar a um cardiologista.

Estes dados foram tratados e o médico especialista concluiu que da análise da informação, a actividade registada pelo Pacemaker em nada coincidia com o relato de Compton. As suas pulsações, e o seu ritmo cardíaco, à data e hora a que se deu o incêndio e as acções referidas, não mostravam sinais de alteração.

"É altamente improvável que Compton tenha sido capaz de reunir, colocar numa na mala e levar toda essa quantidade de coisas, sair por uma janela e mover os objectos grandes e pesados até a parte da frente da residência num tão curto período de tempo, devido a sua condição médica"

Referiram as autoridades num documento durante o julgamento de Compton.

Os investigadores referiram ao Washington Post que, pese o facto do dispositivo não dizer o que o homem estava a fazer nessa altura, permite sim corroborar a versão que desmente o que Ross Compton contou aos bombeiros, referiu Spaulding. Este investigador vai mesmo mais longe, refere que os dados recolhidos pelo Pacemaker são muito mais informativos do que eles pensavam.

A tecnologia que existe num Pacemaker é agora a principal testemunha num caso que poderá incriminar Compton, acusado de ter provocado o incêndio, em 19 de Setembro passado, para receber o seguro da casa. Ele declarou-se inocente mas o seu coração diz que é culpado.

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