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Qual é a indústria que mais polui depois do petróleo? A resposta dá que pensar

Feraida

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Fev 10, 2012
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É fácil citar a indústria do petróleo como principal vilã no que toca à poluição, mas poucos sabem que o segundo lugar desse ranking é ocupado pela indústria da moda.

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créditos: AFP

Se usa calças ou casacos de poliéster, fique a saber que a fibra sintética mais usada na indústria têxtil não apenas requer 70 milhões de barris de petróleo todos os anos para a sua confecção, como demora mais de 200 anos a decompor-se no meio ambiente.

A viscose, outra fibra artificial, feita a partir de celulose, exige todos os anos o fim de vida de 70 milhões de árvores. E, apesar de natural, o algodão é a fibra cujo cultivo mais exige a utilização de substâncias tóxicas - 24% de todos os insecticidas e 11% de todos os pesticidas, com impacto no solo e na água. Nem mesmo o algodão orgânico escapa: uma simples camisa precisa de mais de 2.700 litros de água para ser confeccionada.

Os números assustam? Segundo a BBC, que cita um estudo da Universidade de Harvard, o maior dano causado pela indústria da moda é a tendência "efémera", marcada especialmente pelos preços baixos. O seu consumo multiplica os problemas ambientais.

Na Argentina, começam a surgir empresas com a preocupação de obterem uma pegada ambiental mínima. A Industry of All Nations foi fundada com o objectivo de produzir "roupa totalmente limpa". "Eu e os meus irmãos demos conta que, num mundo tão grande, quase todos os produtos são feitos em dois ou três países asiáticos. E a única razão é porque é mais barato", comenta Juan Diego Gerscovich, fundador desta empresa familiar.

Os irmãos Gerscovich, argentinos radicados em Los Angeles, começaram por produzir sandálias, a partir dos serviços de uma fábrica com 120 anos de tradição e que já tinha uma política sustentável. Mas os Gerscovich decidiram ir mais longe e substituir um dos componentes das sandálias por algodão, em detrimento do seu único material sintético.

O mesmo fizeram com as "calças de ganga": ao adoptarem um processo menos poluente, tal fez subir o preço deste item para 170 dólares, cerca de 160 euros. "O mais importante é que, como seres humanos, mudemos de mentalidade: precisamos consumir menos", diz o empresário à televisão britânica.

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