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BTT - Provas e Passeios

beselga

GF Prata
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Se por acaso a Maratona ocorrer numa manhã de nevoeiro,
é bem provável que D. Sebastião apareça lá pelas eólicas para saudar os atletas,
agitando com a mão a “Mensagem”, de Fernando Pessoa.

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beselga

GF Prata
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“Aldeia”, “ Quando os Lobos Uivam”, “O Malhadinhas”, “Andam Faunos pelos Bosques”
e quantos livros mais do enorme escritor beirão Aquilino Ribeiro.
Não se espantem se ele vos aparecer numa encruzilhada d`Os Trilhos do Ceireiro,
protegido do frio por uma valente samarra.

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GF Prata
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Alguém escreveu: “Há livros que não deviam ter título e títulos que não deviam ter livro”.
No caso de “Manhã Submersa”, de Virgílio Ferreira, acontece que o
livro é tão lindo como o título e o título tão lindo como o livro.
Também na Beselga há manhãs assim.


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GF Prata
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Aqui ficam as altimetrias,os respectivos acumulados e as distâncias aproximadas dos percursos.

Maratona

altMaratona.jpg


Maratona – 74 kms(distância aproximada)
Desnível Acumulado: 1358,34 mts (Perfils)

Meia- Maratona

altMeia.jpg


Meia- Maratona – 48 Kms (distância aproximada)
Desnível Acumulado: 985,35 mts (Perfils)

Mini-Maratona

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Mini-Maratona - 24 kms(distância aproximada)
Desnível Acumulado: 513,34 mts (Perfils)

Aquele abraço
 

beselga

GF Prata
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“ Novembro, doce Novembro”.
14.
Podem situar-se imaginariamente:
“Carmina Burana”, de Carl Orff.
Música, atletas e bicicletas num bailado de esforço e prazer, folhas e terra, cor e vida.
Divirtam-se.


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beselga

GF Prata
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No dia 21 de Dezembro de 2010, o primeiro dia de Inverno, estava destinado a mais uma voltinha de bicicleta pelas redondezas. A chuva que caia não me conseguiu demover, assim por volta das 9h30 parti em direcção à Serra dos Buracos. O violento incêndio no Verão de 2009 dizimou a Serra e depois deste triste acontecimento apenas passei por lá duas vezes.

3regresso1.JPG


Com a chuva que tem caído há água por todo o lado. Podia ter passado pela água (ou ter dito apenas que passei uma vez que ia sozinho) mas como ainda tinha os pés secos resolvi passar pelas pedras. Há tanto tempo que já não passava por aqui. Ao subir pelo caminho íngreme e pelas rochas escorregadias veio-me à memória as vezes que por ali passei com a minha mãe e os meus irmãos quando íamos à lenha com a nossa velhinha Burra. Ainda estou a ver Russa, era assim que a tratávamos, com o seu passo lento a descer carregada, os meus irmãos e eu ajudávamos a suster a carroça.

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Esta é uma área que conheço bem pois temos lá muitos terrenos. Lembrei-me que no cimo destas rochas, no meio das fragas havia gilbardeira, uma das plantas que já falei no inicio da crónica.

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Quando era miúdo subi lá muitas vezes para a colher no sentido de se fazerem arranjos florais. Como não tinha a certeza se ainda existia, resolvi subir ao local. Lá estava ela!
Apesar dos vários incêndios que por ali passaram ela ressurgiu sempre das cinzas como a Fénix.

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Andei algumas centenas de metros e tive de parar novamente. Este é um local que tem um valor inestimável para mim pois estas rochas já me salvaram a vida.

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Abandonei o local ainda emocionado e com uma lágrima a querer sair no canto do olho. O incêndio tinha chegado até aqui como se marcasse a partida para a primeira dificuldade do dia. A Serra da Pena não é fácil de transpor pois trata-se de uma subida bastante técnica. Agora já está muito melhor pois em 2008 fizemos aqui uma grande intervenção para melhorarmos o caminho. O objectivo era subi-la sem desmontar da bicicleta.

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Ainda antes de começar a subir encontrei este cogumelo que me fez lembrar os ovos de onde nasciam os Alliens no filme Allien 8º Passageiro e restantes filmes da saga. Devia ter tirado a foto noutra perspectiva.

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Uma das lendas mais populares entre os beselguenses é a existência da Arca da Moira na Serra da Pena. Já por diversas vezes questionamos os mais velhos para nos ensinarem o local exacto da dita Arca. Mas ainda não conseguimos, uma vez que os locais referenciados nem sempre coincidem. Contudo, o local mais apontado é precisamente nesta zona.
Ainda parei e olhei atentamente em meu redor com o intuito de ouvir o som dos pífaros e dos batuques e ver uma bela Moira a executar a dança do ventre de uma forma divinal no meio dos rochedos, mas nada. O único som que ouvi para além do vento era o barulho da chuva a cair no impermeável.

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À medida que subia avistei ao longe qualquer coisa que me chamou à atenção. Parecia-me um menir mas se fosse já alguém o teria descoberto. Para tirar as dúvidas lá fui eu a pé pelo meio do mato até ao local. Depois lá chegar apercebi-me de facto que não era um menir. A Natureza faz cada coisa…

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Com estes acontecimentos acabei por falhar o meu objectivo de subir a Serra da Pena sem desmontar. Fica para a próxima.
Já a pedalar por uma zona mais plana no cimo da serra, resolvi passar por uma zona que onde também já não passava há muito tempo. Ao fim de alguns kms a descer como que guiado pelo GPS apenas parei já num verdadeiro menir. O Menir de Vale de Maria Pais é um dos achados arqueológicos mais significativos da região Centro/Norte de Portugal, para além do menir existem muitas sepulturas antropomórficas nas imediações. Podem googlar na internet para saberem mais sobre o assunto pois vale mesmo a pena uma visita.
Fica aqui uma hiperligação de um dos melhores resultados de pesquisa: Menir do Vale Maria Pais e Sepulturas antropomórficas (Penedono) (*)- Este é o mais belo menir a Norte do rio Tejo | Portugal Notável. Os mais belos lugares. Guia das melhores Viagens na Minha Terra...

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Continuei a descer e fui de encontro ao já nosso bem conhecido Rio Torto. Foi difícil tirar esta foto pois a máquina estava embaciada, e para a limpar lá tive que fazer uma grande ginástica pois só já uma pequena parte dos boxers é que ainda estava seca.

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Depois comecei a subir a Serra do Sirigo (eólicas) pelo lado das Antas. Esta foi a segunda provação do dia. O terreno bastante pesado e com o engrossar da chuva a marcha tornava-se cada vez mais dura e mais lenta. Segui com o olhar fixo no solo mas quando olhava para a frente via as gotas a caírem da pala do capacete, como se fossem as goteiras de um telhado. À medida que ia subindo fui invadido pelo nevoeiro, já se ouvia o barulho das pás das eólicas mas não se conseguiam ver. Só quando já estava quase debaixo delas é que pude avistar estes monstros de metal.

3regresso12.JPG


Depois foi sempre a descer até à Beselga. Nunca pensei dizer o que vou dizer a seguir: foi mais agradável subir do que descer. É que sendo eu um dos apaixonados das descidas tinha tudo para estar contente mas o frio que senti foi muito, a chuva ao bater-me na cara parecia que me crivava todo. Acabada a descida ao chegar à Beselga senti-me logo melhor pois a temperatura ficou mais amena.
Foram cerca de 25kms feitos debaixo de chuva e tirando a parte da descida das eólicas gostei muito deste pequeno passeio. Devo ter um defeito no sistema de “refrigeração” do meu organismo pois não me dou nada bem com o calor mas sinto-me bem em dias de chuva.

Um abraço e até breve!
 

beselga

GF Prata
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2ª Prova de Resistência BTT- Beselga- 26 JUNHO 2011

A Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense vai realizar no dia 26 de Junho de 2011 a segunda edição das 6 Horas de Resistência em BTT.
A prova desenrola-se em circuito fechado numa das zonas mais emblemáticas da Beselga e apresenta muitas novidades em relação à edição anterior. Este terá uma extensão de cerca de oito quilómetros, abrangendo a parte mais antiga e histórica da Beselga, caminhos agrícolas, single tracks, subidas, descidas, zonas técnicas e zonas planas onde se poderá rolar a grande velocidade.
Os BTTistas podem optar por realizar a prova individualmente ou por equipas de dois elementos, havendo troféus para os primeiros três classificados conforme as categorias.
Contamos com a vossa presença!


Cartaz6resistenciabtt.jpg


Entidade Organizadora
Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense

Data do Evento
26 de Junho de 2011

Local
Beselga - Penedono

Percurso
Aproximadamente 8 kms

Nível de Dificuldade
Médio

Participação
Individual e a Pares - Masculino e Feminino

Inscrições
- Inscrição feita online, por e-mail ou carta em ficha própria.
- O valor da inscrição é de 13€ e inclui: seguro desportivo, abastecimento fixo, almoço, banho, lavagem da bicicleta e lembrança( corta-vento).
- O preço por acompanhante para o jantar com idade entre os 6 e 10 anos é de 6€, com idade superior a 10 anos é de 10€.
- A inscrição só será válida após a recepção do comprovativo de pagamento.

Data Limite de Inscrições
-24 de Junho de 2011


Secretariado
Sexta - Associação Beselguense
Sábado - Associação Beselguense

Contactos
• Eugénio - 966663452
• António - 966665461
• Tiago - 969687842
• Associação - 927890574
geral@associacaobeselguense.pt

Apoios
IPJ
Bombeiros Voluntários de Penedono
GNR de Penedono
Junta de Freguesia de Beselga
Câmara Municipal de Penedono

Programa

Sábado 25 de Junho.

- 16h:00 – Abertura do Secretariado com distribuição dos números e documentação.
- 21h:00 – Encerramento do Secretariado.

Domingo 26 de Junho.

- 7h:30 – Abertura do Secretariado com distribuição dos números e documentação.
- 8h00 - Abertura do circuito
– 9h15 - Informações e esclarecimentos aos atletas.
- 09h:30 – Início da Prova


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Regulamento, ficha de Inscrição da Prova e mais informações em:
AHCRB Beselga
 
Última edição:

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Faltam apenas dois meses para a 2ª Prova de Resistência da Beselga.
Aproveitamos ainda para informar que as inscrições já se encontram abertas em AHCRB Beselga
Um grande abraço
 

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O percurso das 6 Horas de Resistência está definido. Este ficou um pouco mais curto do que o previsto tendo aproximadamente 8kms. Um percurso diferente do ano passado e capaz de surpreender mesmo aqueles que ao longo dos anos têm participado nos mais diversos eventos organizados por nós. Este tem algumas partes técnicas pelo que, mesmo com iluminação, seria arriscar demais. Deste modo, resolvemos antecipar o início da prova para as 14 horas. Brevemente a altimetria do percurso e respectivo acumulado serão facultados. Temos assim reunidas todas as condições para publicarmos o Regulamento das 6Horas, pelo que logo que possível estará disponível em AHCRB Beselga.
Um grande abraço a todos.
 

beselga

GF Prata
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Falta apenas um mês para as 6 Horas de Beselga. Depois de uma volta pelas imediações da Beselga para retirarmos as fitas da última caminhada não resistimos a fazer mais uma volta ao percurso. Este melhora de volta para volta, em Maio vai estar no seu esplendor.
Inscrevam-se o quanto antes e garantam um lugar na pole position da 2ª Prova de Resistência. Ficam aqui algumas fotos da Barragem da Dama pois este ano também faz parte do percurso.


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Um abraço
 

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Todos os participantes nas 6 Horas de Beselga vão receber um corta-vento semelhante a este.
Estão apenas disponíveis os tamanhos M/L e XL/XXL.

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Um abraço
 

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Na quinta-feira passada testámos o trajecto das 6Horas de Beselga mais algumas vezes. Ficam aqui mais alguns fragmentos do percurso.
Para a semana contamos fazer o registo fotográfico mais alargado para ficarem com uma noção mais completa do percurso.

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RESII21.JPG

RESII19.JPG

RESII22.JPG

RESII23.JPG



Um abraço
 

beselga

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Comunicado

Sempre foi a nossa intenção de organizarmos a Prova de Resistência no dia 26 Junho. Porém, por motivos alheios à nossa vontade e por razões logísticas tivemos marcar a prova para o dia 14 de Maio. Ultrapassadas essas questões logísticas e em virtude de termos sido também contactados por inúmeras pessoas interessadas em participar na nossa Prova de Resistência e dada a impossibilidade de nesta data de o poderem fazer, a Direcção da Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense decidiu alterar a data do evento.
Assim, a 2ª Prova de 6 Horas de Resistência vai ser realizada no dia 26 de Junho de 2011.
Contando que com esta alteração poderemos abranger um maior número de interessados e sabendo de antemão que alguns dos já inscritos poderão eventualmente não poder participar nesta nova data, ficam aqui as nossas sinceras desculpas pelo transtorno causado e pedimos-lhes o favor de entrarem em contacto connosco.
Agradecendo desde já a Vossa atenção e compreensão despedimo-nos com amizade.
 

beselga

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2ª Prova de Resistência-Beselga -26 JUNHO 2011

A Associação Humanitária Cultural e Recreativa Beselguense vai realizar no dia 26 de Junho de 2011 a segunda edição das 6 Horas de Resistência em BTT.
A prova desenrola-se em circuito fechado numa das zonas mais emblemáticas da Beselga e apresenta muitas novidades em relação à edição anterior. Este terá uma extensão de cerca de oito quilómetros, abrangendo a parte mais antiga e histórica da Beselga, caminhos agrícolas, single tracks, subidas, descidas, zonas técnicas e zonas planas onde se poderá rolar a grande velocidade.
Os BTTistas podem optar por realizar a prova individualmente ou por equipas de dois elementos, havendo troféus para os primeiros três classificados conforme as categorias.
Contamos com a vossa presença!


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Data do Evento
26 de Junho de 2011

Local
Beselga - Penedono

Percurso
Aproximadamente 8 kms

Nível de Dificuldade
Médio

Participação
Individual e a Pares - Masculino e Feminino

Inscrições
- Inscrição feita online, por e-mail ou carta em ficha própria.
- O valor da inscrição é de 13€ e inclui: seguro desportivo, abastecimento fixo, almoço, banho, lavagem da bicicleta e lembrança( corta-vento).
- O preço por acompanhante para o jantar com idade entre os 6 e 10 anos é de 6€, com idade superior a 10 anos é de 10€.
- A inscrição só será válida após a recepção do comprovativo de pagamento.

Data Limite de Inscrições
-24 de Junho de 2011


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Programa

Sábado 25 de Junho.

- 16h:00 – Abertura do Secretariado com distribuição dos números e documentação.
- 21h:00 – Encerramento do Secretariado.

Domingo 26 de Junho.

- 7h:30 – Abertura do Secretariado com distribuição dos números e documentação.
- 8h00 - Abertura do circuito
– 9h15 - Informações e esclarecimentos aos atletas.
- 09h:30 – Início da Prova


ResII5.jpg

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Regulamento, ficha de Inscrição da Prova e mais informações em:
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No dia 9 de Maio, bem pela manhã, tinha por missão realizar a cobertura fotográfica do percurso das 6 Horas de Resistência. Uma vez que já fiz o percurso por diversas vezes de bike, e no sentido de poder apreciar ainda melhor a paisagem e tentar captar pormenores importantes resolvi fazer o percurso a pé. Assim como verdadeiro Explorador da Natureza parti de mochila às costas, máquina fotográfica ao pescoço, catana à cintura e sem esquecer o tradicional colete.

O percurso começa com um single-track um pouco técnico, pelo meio uma curva de quase 90° terminando numa pequena descida em rampa. No horizonte podemos visualizar o lindo Castelo de Penedono que parece vigiar tudo o que se passa por estas terras.

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A utilização deste single- track para além da sua beleza é a forma mais indicada para evitarmos passar no centro da aldeia. Contudo, na primeira volta iremos passar pelo meio da Beselga.

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Os campos agrícolas anos após ano têm sido abandonados. Quando era pequeno esta zona fértil, que se denomina Arais estava completamente cultivada. Felizmente ainda há quem tente subsistir e continuar a produzir produtos de qualidade pelas nossas terras.
Depois do single -track teremos algumas centenas de metros em zona plana, passando pela zona mais antiga da Beselga.

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Os burros (Equus africanus asinus) também estão em vias de extinção por estas bandas. Outrora, muito importantes no trabalho agrícola, com a mecanização e abandono dos campos foram desaparecendo. Hoje resumem-se a pouco mais de meia dúzia de exemplares.

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Esta é uma das casas típicas, por sinal também com um grande valor sentimental, pois pertenceu aos meus avós maternos.

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A ponte românica é sem dúvida um dos ex-líbris da Beselga. Há uns anos atrás foi interdita a passagem a veículos o que ajudou na sua conservação.
É claro que as bicicletas não se incluem nesta proibição.
A ponte vista de um ângulo pouco habitual, junto ao moinho de água.

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Outro dos ex-libris é capela de Nosso Senhor dos Passos que podemos observar no cimo da aldeia.

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A casa que aparece em primeiro plano reza a história que é a casa mais antiga da Beselga.
É com muito agrado que vejo que uma das três partes (três proprietários) já sofreu obras de recuperação.

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Um pouco mais acima podemos visualizar este pombal.

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A subida não é muito acentuada, a paisagem envolvente ocupa a nossa mente e nem damos conta que estamos a subir.

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A Beselga fica para trás.

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Ainda a subir pelo meio de pinhais. Este poderá ser um pormenor muito importante na performance de todos, sobretudo se estiver um dia muito quente, pois grande parte do percurso desenrola-se pelo meio da sombra fresca de pinheiros e carvalhos.

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Um pouco mais acima e ainda pelo meio dos pinhais, os cucos a cantam freneticamente, uns cantam de um lado, outros respondem do outro. Para dizer a verdade nunca gostei muito destas aves oportunistas, apesar de terem “cabedal” para fazerem os ninhos e tratarem dos filhos acabam por se aproveitarem de outras aves mais pequenas para fazerem o trabalho deles.

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Quase no ponto mais alto do percurso.

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Na nossa infância sem computadores, PlayStation´s ou telemóveis muitas das brincadeiras passavam pelo popular futebol, apanhadas, berlinde, mata, lata, escondidas, pião, macaca, hóquei em patins (claro sem os patins e jogado na rua, para stick utilizávamos um ramo com uma curva na ponta, mas eram os toros de couves os mais utilizados por terem essa configuração ) jogo do prego em que se tinha de conquistar terreno espetando um prego aguçado na terra, etc…
Havia outras brincadeiras mais “radicais”:
As fisgas- Umas feitas com um ramo de uma árvore em forma de Y, com borrachas de câmaras de bicicleta atadas com outras borrachas mais pequenas, e na outra extremidade atado a uma língua de bota ou sapatilha onde se colocava a pedra. Objectivo era arremessar pequenas pedras e acertar num alvo de preferência que mexesse. Outras feitas em arame, com um elástico preso nas extremidades lançavam pequenos grampos feitos também em metal (o fio eléctrico era o mais utilizado). Este grampo projectado atingia grandes velocidades e era capaz de provocar grande dor.
Arcos - Serviam para atirar setas de madeira (bem aguçadas) mas também de metal feitas com as varetas dos guarda-chuvas (altamente perigosas). Ainda existem algumas portas de madeira cravadas por estas setas.
Zarabatanas – Era o instrumento mais fácil de fazer, era só cortar um pequeno tubo da electricidade (branco e rijo) com cerca de 60cm, arranjava-se uma munição (bola de papel, grão de milho…) colocávamo-la no tubo e soprávamos com força. Evoluiu rapidamente e passaram a ser lançados pequenos rolos de papel em forma de cone, e os mais arrojados chegaram a lançar cones com alfinetes na ponta.
Lança -caricas - Feito com um pequeno pedaço de ripa (+ 60cm), com um elástico (elástico de costura) preso na ponta, depois era só esticar o elástico com a carica e prendê-lo numa mola de roupa colocada para esse efeito na outra extremidade. Quando se queria atirar era só carregar na mola, largava o elástico e lançava o projéctil. Não foi um objecto que tivesse conquistado muitos adeptos se calhar porque não magoava o suficiente.
Mais tarde fizeram-se bestas e aí sim verdadeiras armas de guerra altamente perigosas pois eram capazes de ferir com gravidade pessoas e animais.
Quando não havia nada disso à mão por vezes andávamos à pedrada uns com os outros ou com os habitantes das terras vizinhas.
Quando não fazíamos nada disso costumávamos ir às cerejas em “ alcateia”. Era aqui que eu queria chegar pois quando ia no caminho lembrei-me de uma cerejeira na Quinta do Pedrógão. A curiosidade era saber se ainda existia. Para meu espanto apesar de estar mais pequena do que na nossa infância ainda lá estava. Devido à sua velhice as pernadas maiores deviam ter partido com o vento mas entretanto rebentaram outras. Esta era um alvo fácil pois na altura já não vivia ninguém nessa quinta e por ser um sítio isolado corríamos poucos riscos de sermos surpreendidos pelo dono como acontecia com outras mais próximas da povoação.

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A casa é lindíssima e o sítio muito calmo e bonito. Não me importava nada de ter condições para poder viver ali.

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Desculpem a divagação, vou continuar a descrição do percurso. Depois de terminada a subida, entramos num single - track espectacular. É um single um pouco técnico e por ser a descer exige de nós uma atenção redobrada.

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Este carreiro esteve intransitável durante muito tempo, mas foi alvo de uma limpeza no ano passado, é um trilho a estrear.

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A erva tem crescido muito nestas últimas semanas e vai escondendo o trilho. Contudo, está prevista uma intervenção uma semana antes do evento.
Vi um pombo bravo a levantar voo de um pinheiro, depois de observar atentamente não foi difícil descobrir que tem o seu ninho nessa árvore. Outras das ocupações era irmos aos ninhos. Quando descobríamos um ninho por mais difícil que fosse o acesso (por estar muito alto, ou dentro de um poço, ou num buraco etc…) conseguíamos arranjar sempre uma estratégia de chegar aos passarinhos. Naquele tempo, saber um ninho de um pardal, carriça, arvéola,melro, ou outro pássaro pequeno já era motivo para ser popular durante uns dias na escola pois toda a gente queria saber onde se encontrava o ninho. Agora saber um ninho de pombo bravo, de peneireiro, de coruja, de mocho, de milhafre etc… colocava-nos num outro patamar, nos píncaros da popularidade por serem mais raros e difíceis de encontrar.
Espero que este casal de pombos possa criar os seus filhotes de forma tranquila.

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Terminado o single vamos passar neste terreno que foi plantado recentemente com carvalhos. Agradecemos desde já ao seu proprietário a cedência de passagem pelo terreno.

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Seguimos depois por uma estrada municipal (cerca de 300m) até ao segundo ponto mais alto do percurso.

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Antes de chegarmos ao referido ponto podemos encontrar mais uma construção.

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Descemos em direcção barragem por mais um single-track. Valeu bem a pena as horas que passámos a limpar o trilho.

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Esta também é uma parte técnica e com uma curva próxima de 90° (será uma das partes a ter em atenção).

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Já em cima da ponte do pequeno ribeiro que alimenta a Barragem da Dama. A vista é fantástica. Já aqui passei muitas horas à pesca. Esta barragem é considerada truteira, as trutas e fardetas eram as espécies primitivas que aqui existiam. Mais tarde (infelizmente) foram introduzidas outras espécies: percas, achigãs, barbos etc… que acabaram por levar à extinção das espécies autóctones. Há poucos anos tiveram de ser feitas obras na barragem e teve de ser despejada. Muitos dos peixes foram pela ribeira a baixo, outros foram apanhados pela população local e muitos outros acabaram por morrer asfixiados.
Olhei para a água e para minha desilusão não vi peixe nenhum.

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Continuámos ainda em single-track pelo meio dos carvalhos junto às margens da barragem.

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Ao passar junto da barragem fui invadido por uma quantidade enorme de recordações, pois era o local de eleição para passarmos os domingos quentes do Verão. Muitos de nós aprenderam aqui a nadar e passámos muitas horas a construir barcos e jangadas, sendo que a maioria foram experiências falhadas.

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A acrescentar às vivencias da nossa infância, a passagem de todos vós por este local proporcionará momentos de rara beleza que procuraremos captar com as nossas câmaras, e ficarão registados na nossa memória mas mais importante é que farão parte da história da Barragem da Dama.

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Ía continuar a descrição mas olhei para os pilares e recordei as vezes que fiz a travessia de um lado para o outro. Era uma missão muito arriscada mas na altura era como que fosse um ritual de passagem para a puberdade, felizmente nunca aconteceu nenhum acidente.
Junto aos pilares consegui ver alguns cardumes de pequenos peixes, depois de ter falado com alguém entendido na matéria disseram-me que eram percas. Também me foi dito que está previsto repovoar a barragem com trutas.

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Depois descemos nuns ziguezagues fantásticos passando por cima desta pequena ponte, continuando por mais um trilho a estrear.

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Um pouco mais afastado podemos apreciar uma vez mais a barragem com a água a cair.

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Continuámos pelo meio de carvalhos.

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Esta quinta onde viveu o meu avô e se criou o meu pai. Este local é um dos meus preferidos, quando era pequeno enquanto os meus irmãos e a minha mãe trabalhavam na agricultura, passei ali muitas horas a brincar, desde fazer cabanas aos arcos e às flechas e outras brincadeiras.

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A partir desta zona é só rolar até à zona da meta.

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Estes caminhos que nos fazem lembrar as vias-férreas são extraordinários para se poder rolar a grande velocidade. Nem a chuva altera as suas propriedades pois são caminhos que drenam muito rápido a água mesmo após fortes chuvadas.

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Nesta zona ainda existem muitos campos com centeio, imagens que esperamos continuar ver durante muitos anos e de preferência em maior quantidade.

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Vinha a pensar no centeio quando avistei este belo exemplar de lagarto. A minha relação com os répteis nunca foi muito boa. Se fosse noutros tempos a minha atitude seria de agarrar numa pedra ou num pau (caso não houvesse nada à mão até com os pés) e correr na tentativa de tirar a vida a este inofensivo lagarto. Quando se matava um lagarto ou uma cobra era motivo de gabarolices nos cafés e em outros locais públicos. Às vezes uma pequena cobra atingia quase proporções de uma anaconda dado o exagero de quem contava a peripécia.

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Grande parte do trajecto é feita em caminhos murados que dão uma beleza extra a todo o percurso.

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Os quatro ribeiros que fazem florescer a vida na nossa terra ainda continuam pouco poluídos. É com satisfação que podemos olhar para eles e podermos ver tudo, desde os seixos aos seres vivos que neles vivem pois a água continua cristalina.

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O curioso desta imagem é que no ano passado quando fiz a descrição da 1ª prova de Resistência encontrei este casal que lavrava vinha de forma tradicional com a ajuda de um burro. Este ano embora seja muito mais tarde acabei por encontrar as mesmas personagens.

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Já muito perto da povoação e a indicar-nos isso este castanheiro já bem conhecido por muitos de nós.

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Os últimos 400m do percurso.

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Um abraço a todos.
 

beselga

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Estamos a menos de um mês das 6 Horas de Beselga. A única dúvida é saber quantos seremos. Neste sentido, apelamos a todos os interessados a formalizarem as inscrições.
Brevemente o Mapa da Zona de Concentração.
Um abraço
 

beselga

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deve ser duro esta provazinha... :S

Não é dura pois o acumulado por volta é de apenas 138,43 mts.
A ideia que erradamente tem transparecido é que os participantes têm que andar as 6 horas ininterruptamente.
O que se pretende nestas provas é dar o maior número de voltas ao percurso. Contudo, cabe a cada um gerir o tempo da prova, ou seja pode parar para se alimentar ou simplesmente descansar.
Podem ainda optar por equipas de dois, e enquanto um anda o outro descansa. Por exemplo podem trocar a cada hora ou a cada volta…fica ao critério de cada equipa.
Como já foi dito a prova de resistência oferece muitas possibilidades, pois cada um pode testar os seus limites, servir de treino ou apenas para “esticar as pernas”.
Ao contrário do que se possa pensar, é indicado para os que estão a iniciar ou com menos preparação, pois fazerem duas ou três voltas ao percurso para começar já não é mau (8 x 3 = 24 kms). Ainda neste sentido, é uma prova em que os mais novos se podem iniciar no mundo do BTT, pois para além da curta distância neste tipo de provas, como é em circuito fechado e com muita gente ao longo do mesmo oferece uma grande segurança. Finalmente, há quase sempre alguém ao pé de nós e cada passagem na meta é motivo de ânimo para mais uma volta.
No fundo, nestas provas podemos ter as duas faces da mesma moeda: a competição e o lazer.
Um abraço
 

beselga

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Informações importantes


Secretariado

Esta é a nossa nova Sede (por trás das escolas primárias), onde funcionará o secretariado.

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A nossa Sede é uma das novidades em relação à edição das 6 Horas de Beselga do ano passado. Este é um espaço polivalente:
- Espaço Internet (sistema de Wireless também disponível);
- Sala de convívio com possibilidade de leitura, jogos de mesa, televisão, matraquilhos, ténis de mesa, bar…
A nosso ver poderá ter grande utilidade para todos mas sobretudo para os acompanhantes.

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Banhos

Os banhos vão funcionar em dois sítios diferentes:

Ring da Beselga

Este será um balneário masculino e situa-se na zona do secretariado.

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Sede da Associação

Este será um balneário feminino sendo que o acesso será feito pela parte de trás da Sede da Associação.

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Almoço

O almoço terá lugar no salão da Junta de Freguesia da Beselga.

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Devem ainda consultar o Mapa da Zona de Concentração que estará disponível brevemente no nosso Sítio.

Um abraço a todos
 
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