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O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acusou o Sul da Europa de desperdício de dinheiro em "copos e mulheres", durante a crise que conduziu aos resgate financeiro de países como Portugal, Grécia ou Espanha. E recusa pedir desculpas.
Foi numa entrevista ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine" que o ainda ministro holandês das Finanças (o partido social democrata, a que pertence, sofreu uma derrota estrondosa nas eleições legislativas da semana passada), que Dijsselbloem, referindo-se à crise do euro, elogiou a solidariedade dos países do Norte relativamente aos países mais afetados pela crise das dívidas soberanas.
"Como social democrata, eu atribuo uma importância excecional à solidariedade. Mas também há obrigações a cumprir. Não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e, depois, pedir ajuda", disse Dijsselbloem, de acordo com o jornal "Finantial Times".
Ainda segundo o mesmo jornal, o presidente do Eurogrupo foi confrontado com as suas declarações, esta terça-feira, por alguns deputados do Parlamento Europeu, que as consideraram "insultuosas" e "vulgares". Ainda assim, Dijsselbloem fez questão de dizer que não acha que tenha de pedir desculpas, insistindo antes que a solidariedade na eurozona só pode ser assegurada se todos os governos cumprirem as regras da dívida e do défice.
"A ideia de que o facto de ser rigoroso no cumprimento de regras e regulamentos, e de os levar a sério, significa que estou a atacar alguém é profundamente errada", disse Dijsselbloem aos eurodeputados.
Ainda assim, e como nota o "Finantial Times", as críticas pelas suas declarações fazem aumentar a pressão sobre a sua liderança à frente do Eurogrupo, fórum que reúne os ministros das Finanças dos 19 países da União Europeia que partilham o euro.
O eurodeputado espanhol Ernest Urtasun (do partido Iniciativa pela Catalunha/Verdes) referiu-se a isso mesmo na sua intervenção: "Penso que são declarações infelizes. Talvez o senhor ache graça, mas eu não penso assim. Mas gostaria de saber se esta é a sua primeira declaração enquanto candidato à renovação do lugar de presidente do Eurogup
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