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Hepatite C dispara com uso de drogas

migel

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Set 24, 2006
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O número de casos declarados de Hepatite C nas ilhas do Grupo Oriental está a aumentar, assegura Melo Mota, director do Serviço de Doenças Infecto-contagiosas do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.

O especialista, que prestou declarações ao nosso jornal à margem do I Fórum “Hepatite B e C e HIV”, na Horta, Faial, fez ainda questão de esclarecer que apesar de não ter acesso à estatística regional os números resultantes dos casos de declaração obrigatória são, apesar de tudo, “falaciosos”. Ou seja, só os casos agudos de Hepatite C seguidos em consulta e /ou em internamento é que são participados. Os restantes, que os há, sem sintomatologia ou eventualmente fora do sistema público de Saúde, não contam para a estatística. Logo, é presumível que o número de infectados por Hepatite C seja superior ao apurado nos estabelecimentos de Saúde e que já regista um aumento nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, conforme a experiência clínica deste especialista.

Questionado sobre as razões deste crescimento, Melo Mota não hesitou em responder: “a toxicodependência!”

A mesma explicação que deu para o aumento também verificado no surgimento de novos casos de doentes infectados por HIV/SIDA.


Terapêutica igual à europeia

Carlos Monteverde, do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), refere que em termos de terapêutica - cuidados médicos -, “os nossos dados (Portugal) são muito semelhantes” ao resto da Europa.

Em termos de incidência da Hepatite C, o médico afirma ser também semelhante à média europeia e que é de 1 a 2,5% do total da população. Quanto à Região, diz que conforme os dados de que dispõe a realidade será semelhante. Acentua que desde que entrou em vigor a vacina contra a Hepatite B, no Plano Nacional de Vacinação Obrigatório, esta deixou de ser preponderante passando a C, a ocupar por assim dizer o lugar da outra. Também este especialista não tem dúvidas de que a toxicodependência é a grande culpada pelo aumento generalizado do número de infecções.

SIDA não pára

No combate à transmissão do vírus da SIDA, a realidade nacional não é semelhante ao todo europeu. E não é por ser melhor, diz Carlos Monteverde.

O desenvolvimento de fármacos aumentou a esperança de vida e o País está a aplicar o que de mais evoluído e eficaz é praticado no mundo, “ainda que caro”, mas no combate ao surgimento de novos casos não tem tido sucesso. “Portugal é, na Europa, um de dois países em que o número de novos casos tem sido maior”, considera.

I Fórum nacional nos Açores

Mais de cem profissionais de Saúde inscreveram-se para participar, desde ontem, no I Fórum “Hepatite B e C e HIV”. Uma adesão que superou as expectativas da própria organização.

No âmbito da SPMI, o encontro que hoje termina é o primeiro a nível nacional sobre estas doenças infecto-contagiosas, tendo o Serviço de Medicina do Hospital da Horta contribuído para a organização. Não é contudo de estranhar o interesse que suscitou o encontro, porque as intervenções trouxeram até ao Faial dos mais reputados médicos do País, especialistas em ambas as doenças

Fonte:Açoriano Oriental


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