BILHAR - João Cardoso trouxe experiência e 300 euros do Mundial de Pool Chinês
João Cardoso trouxe experiência e 300 euros do Mundial de Pool Chinês
O português João Cardoso, de 34 anos, natural do Porto, já regressou de Qinhuangdao, onde teve a honra de participar e representar Portugal no Mundial de Pool Chinês, experiência «gratificante e motivante», como disse esta sexta-feira a A BOLA o jogador do Sporting.
«Tive a honra de ser um dos 48 escolhidos pela organização, a que se juntaram mais 16 chineses apurados localmente, e a responsabilidade de representar Portugal. Foi uma boa experiência, que me abriu o apetite para continuar e para outros desafios», afirmou-nos o jogador leonino.
Nos dois encontros disputados, em mesas de snooker mas de dimensão mais reduzidas que as oficiais (apenas nove pés de comprimento, 2,74 metros), de buracos ligeiramente mais largos (8,4 centímetros), com as 15 bolas normais da variante de pool, à melhor de 25 partidas (ganhava o primeiro a chegar a 13) mas sempre com limite de tempo, 140 minutos - nesse cenário, valia o resultado que se registasse decorridas as duas horas e 20 minutos -, João Cardoso esteve quase a ser feliz mas não o conseguiu.
O sportinguista perdeu diante do consagrado jogador de pool finlandês Petri Makonen (três vezes vencedor da World Pool Teams Cup), no desempate na preta, quando o jogo estava 11-11 e se atingiu o limite de tempo, e perante outro dos maiores nomes desta variante do bilhar, o inglês Gareth Potts, por 7-13.
«Fiz o que podia. A diferença horária, menos oito horas do que em Lisboa, custou um pouco: jogávamos muito cedo, às 10 horas da China, quando eram duas horas da manhã em Portugal, mas gerou-se um bom ambiente. E conheci um dos meus ídolos, o filipino Alex Pagulyon», disse a A BOLA João Cardoso, que, a nível nacional, continua a considerar Pedro Fonseca (New Academy/Porto) «o jogador mais temível».
João Cardoso, que começou a jogar bilhar «às três tabelas, por piada», como diz - «fui com um amigo ao FC Porto e andei dois anos a jogar carambola» - irá continuar a preferir disputar provas internacionais, «especialmente em Espanha», em detrimento dos Open da Federação Portuguesa de Bilhar.
«Gosto de experiências novas, sem menosprezo ou desrespeito por quem opta pelas provas nacionais, bem pelo contrário. E não me vejo a parar. Snooker? Vejo mas tem de se iniciar muito cedo, com a minha idade seria impossível», sublinhou João Cardoso, a quem a organização custeou toda a logística da deslocação da prova, que decorreu durante quatro dias, não sem um contratempo.
«Qinhuangdao é a quatro horas de carro de Beijing. Para lá, tudo bem: Porto-Frankfurt, e depois Beijing. No regresso à Europa, eu e o alemão Ralf Souquet perdemos o avião de regresso de Beijing para a Europa, porque nos demorámos muito a chegar ao aeroporto da capital. Compraram-nos dois bilhetes novos, fomos por Istambul: parámos lá na terça-feira, precisamente o dia do atentado terrorista, as medidas de segurança impressionavam qualquer um», afirmou.
«Por mim, repetiria já amanhã. Tudo. O prémio? Bem, ainda trouxe 300 euros. Mas a experiência é que conta», concluiu o jogador do Sporting.