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Ana Marcela / Dinheiro Vivo
1 hora atrás
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aJogo "Baleia Azul": O que leva os jovens a jogar
Os membros da UE vão ter que libertar a Televisão Digital Terrestre para comunicação de dados. A Anacom já está a reunir com Espanha e Marrocos
Portugal tem até ao final do ano para fechar os acordos transfronteiriços que vão permitir libertar as atuais faixas de frequências da Televisão Digital Terrestre (TDT) para as redes móveis e impulsionando a internet das coisas ou os serviços na nuvem, o falado 5G. Esta semana, a Anacom reuniu em Madrid, com os reguladores de telecomunicações espanhóis e marroquinos para preparar a migração. Esta deverá estar concluída até 30 de junho de 2020, data prevista para o arranque do 5G, e poderá ter custos estimado de 1,2 a 4,4 mil milhões de euros a nível europeu, segundo um estudo de impacto de Bruxelas. “O grosso destes custos será incorrido pelos utilizadores finais quando fizerem a atualização do seu equipamento antes do ciclo normal de renovação”, admite a Comissão Europeia.
Há cerca de 250 milhões de europeus que veem televisão através da TDT. Em Portugal, rondam os 2,5 milhões. Que custos vão ter, dependerá da solução que vier a ser adotada, diz fonte oficial do regulador das telecomunicações.
“A Anacom fez o estudo que tem vários cenários – uns com custos e outros sem – e que vai apresentar ao Governo, a quem caberá a decisão”, diz fonte oficial do regulador ao DN/Dinheiro Vivo sem mais detalhes sobre as conclusões do estudo e qual o seu eventual impacto em termos de custos em Portugal.
A nova reorganização da televisão digital na União Europeia vai obrigar a que os países libertem as faixas de frequência entre os 694 a 790 MHz até aqui ocupadas pela TDT. As emissões passarão a ser transmitidas nas faixas inferiores a esta banda, libertando a dos 700 MHz para ser usada para serviços de internet móvel de banda larga, numa altura em que a disseminação dos smartphones tem levado a um aumento da procura de serviços de dados móveis, tendência que se deverá acentuar com a introdução do 5G, prevista para 2020. Daqui a três anos, estima-se que o tráfego móvel seja oito vezes superior ao atual.
A mudança de frequências da TDT vai obrigar não só a que telespetadores tenham de adaptar os seus equipamentos – com a compra de uma nova setup box, por exemplo – como que os operadores adaptem a sua rede para que continuem a transmitir o mesmo número de canais e de conteúdos numa faixa de espetro mais reduzida. Neste último caso, o estudo de impacto aponta custos de cerca de 890 milhões de euros.
A proposta de mudança das faixas da TDT foi aprovada em meados de março pelo Parlamento Europeu – depois de um acordo fechado em dezembro entre a Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento -, mas agora cabe aos países membros operacionalizar esta alteração. Isso passa primeiro por coordenar com os seus vizinhos a migração das frequências para evitar interferências transfronteiriças. No caso de Portugal, terá de dialogar com Espanha e Marrocos. Representantes dos reguladores dos três países já reuniram inclusive esta quinta-feira em Madrid, exatamente, para discutir esse tema, adiantou fonte oficial da Anacom.
Trata-se de uma reunião preliminar, mas para que as faixas sejam libertadas antes de 30 de junho de 2020, os países membros têm de cumprir um cronograma apertado. Até ao final do ano deverão ter os acordos transfronteiriços concluídos; e até junho de 2018 de comunicar a Bruxelas os seus planos e um calendário pormenorizado sobre como vão fazer essa migração.
O objetivo é, deste modo, mitigar o impacto da migração junto do público e facilitar a disponibilidade de equipamento necessário para continuar a ver televisão através da TDT.
“Por motivos devidamente justificados”, os países poderão atrasar por dois anos a mudança prevista em 2020. A proposta de Bruxelas prevê ainda que a TDT se mantenha nas frequências abaixo dos 700 MHz pelo menos até 2030, uma opção que contou com o apoio da União Europeia de Radiodifusão considerando que a mesma “assegura que as audiências europeus continuam a beneficiar de receção free-to-air em casa, o que é crucial para garantir a universalidade do serviço público de media”.
Em Portugal, a TDT transmite os canais públicos (RTP1, RTP2, RTP3 e RTP Memória), bem como os privados SIC, TVI e o canal Parlamento.
Ana Marcela / Dinheiro Vivo
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Os membros da UE vão ter que libertar a Televisão Digital Terrestre para comunicação de dados. A Anacom já está a reunir com Espanha e Marrocos
Portugal tem até ao final do ano para fechar os acordos transfronteiriços que vão permitir libertar as atuais faixas de frequências da Televisão Digital Terrestre (TDT) para as redes móveis e impulsionando a internet das coisas ou os serviços na nuvem, o falado 5G. Esta semana, a Anacom reuniu em Madrid, com os reguladores de telecomunicações espanhóis e marroquinos para preparar a migração. Esta deverá estar concluída até 30 de junho de 2020, data prevista para o arranque do 5G, e poderá ter custos estimado de 1,2 a 4,4 mil milhões de euros a nível europeu, segundo um estudo de impacto de Bruxelas. “O grosso destes custos será incorrido pelos utilizadores finais quando fizerem a atualização do seu equipamento antes do ciclo normal de renovação”, admite a Comissão Europeia.
Há cerca de 250 milhões de europeus que veem televisão através da TDT. Em Portugal, rondam os 2,5 milhões. Que custos vão ter, dependerá da solução que vier a ser adotada, diz fonte oficial do regulador das telecomunicações.
“A Anacom fez o estudo que tem vários cenários – uns com custos e outros sem – e que vai apresentar ao Governo, a quem caberá a decisão”, diz fonte oficial do regulador ao DN/Dinheiro Vivo sem mais detalhes sobre as conclusões do estudo e qual o seu eventual impacto em termos de custos em Portugal.
A nova reorganização da televisão digital na União Europeia vai obrigar a que os países libertem as faixas de frequência entre os 694 a 790 MHz até aqui ocupadas pela TDT. As emissões passarão a ser transmitidas nas faixas inferiores a esta banda, libertando a dos 700 MHz para ser usada para serviços de internet móvel de banda larga, numa altura em que a disseminação dos smartphones tem levado a um aumento da procura de serviços de dados móveis, tendência que se deverá acentuar com a introdução do 5G, prevista para 2020. Daqui a três anos, estima-se que o tráfego móvel seja oito vezes superior ao atual.
A mudança de frequências da TDT vai obrigar não só a que telespetadores tenham de adaptar os seus equipamentos – com a compra de uma nova setup box, por exemplo – como que os operadores adaptem a sua rede para que continuem a transmitir o mesmo número de canais e de conteúdos numa faixa de espetro mais reduzida. Neste último caso, o estudo de impacto aponta custos de cerca de 890 milhões de euros.
A proposta de mudança das faixas da TDT foi aprovada em meados de março pelo Parlamento Europeu – depois de um acordo fechado em dezembro entre a Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento -, mas agora cabe aos países membros operacionalizar esta alteração. Isso passa primeiro por coordenar com os seus vizinhos a migração das frequências para evitar interferências transfronteiriças. No caso de Portugal, terá de dialogar com Espanha e Marrocos. Representantes dos reguladores dos três países já reuniram inclusive esta quinta-feira em Madrid, exatamente, para discutir esse tema, adiantou fonte oficial da Anacom.
Trata-se de uma reunião preliminar, mas para que as faixas sejam libertadas antes de 30 de junho de 2020, os países membros têm de cumprir um cronograma apertado. Até ao final do ano deverão ter os acordos transfronteiriços concluídos; e até junho de 2018 de comunicar a Bruxelas os seus planos e um calendário pormenorizado sobre como vão fazer essa migração.
O objetivo é, deste modo, mitigar o impacto da migração junto do público e facilitar a disponibilidade de equipamento necessário para continuar a ver televisão através da TDT.
“Por motivos devidamente justificados”, os países poderão atrasar por dois anos a mudança prevista em 2020. A proposta de Bruxelas prevê ainda que a TDT se mantenha nas frequências abaixo dos 700 MHz pelo menos até 2030, uma opção que contou com o apoio da União Europeia de Radiodifusão considerando que a mesma “assegura que as audiências europeus continuam a beneficiar de receção free-to-air em casa, o que é crucial para garantir a universalidade do serviço público de media”.
Em Portugal, a TDT transmite os canais públicos (RTP1, RTP2, RTP3 e RTP Memória), bem como os privados SIC, TVI e o canal Parlamento.