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PCP quer renegociação da dívida uma vez que propostas de BE e PS são insuficientes

delfim1

GF Prata
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Jun 6, 2007
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O líder do PCP insistiu hoje na necessidade de Portugal renegociar montantes, juros e prazos da dívida pública, considerando que as propostas de um relatório sobre a matéria são “micro soluções” insuficientes para resolver o problema.

“Essas micro soluções são insuficientes e é preciso dar passos adiante”, afirmou aos jornalistas o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, em Beja.

O relatório do grupo de trabalho apresenta uma proposta de reestruturação da dívida portuguesa em 31% para 91,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e pede ao Governo “cenários concretos” de reestruturação para serem utilizados em discussões europeias.

Jerónimo de Sousa argumentou que o que é proposto pelo grupo de trabalho “não toca na questão dos montantes, deixa de fora aqueles que especulam com a dívida e corresponde a uma gestão corrente da dívida, aceitando os constrangimentos e as imposições da União Europeia”.

“Não é isto que o país precisa. O país precisa de uma visão estrutural da reestruturação da dívida”, contrapôs, lembrando que o PCP já propôs a criação de um grupo de trabalho sobre a dívida na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República.

O objetivo do grupo de trabalho proposto pelo PCP, assinalou, passa por tentar perceber como o país chegou a esta situação e pensar “num processo de renegociação dos montantes, juros e prazos” para permitir “libertar as verbas necessárias para o crescimento e desenvolvimento”.


“Se queremos uma solução duradoura e que corresponda ao interesse nacional, precisamos da renegociação, com enfrentamento”, realçou o líder comunista, referindo que Portugal, mesmo numa posição de devedor, tem direitos.

Jerónimo de Sousa disse esperar que, apesar de as propostas do grupo de trabalho do Bloco de Esquerda e do PS serem insuficientes, “ninguém arrume a viola no saco”, alegando que o problema da dívida é “uma coisa muito séria”.

“Podemos assobiar para o lado e sentimo-nos satisfeitos com posições minimalistas, mas, para um país que precisa de crescer e de se desenvolver, ter este serviço da dívida e este montante da dívida e encontrar pequenas melhorias não é isto que precisa”, advertiu.


lusa
 
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