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Forças Armadas contratam segurança privada por "ausência de recursos próprios"

Feraida

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Nos últimos anos, vários quartéis e instalações militares têm recorrido a serviços de “vigilância e segurança” prestados por empresas privadas. Governo garante que infra-estruturas como o paiol de Tancos “são asseguradas apenas por meios militares”

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O Ministério da Defesa, liderado por Azeredo Lopes, garante que nenhuma empresa privada prestava serviço em Tancos LUSA/TIAGO PETINGA

O contrato mais antigo consultado na base de dados da contratação pública data de 2009, e é um ajuste directo celebrado entre o Instituto de Acção Social das Forças Armadas e a empresa Fénix Security para prestação de “serviços de vigilância e segurança”, no valor de cerca de 28 mil euros. Nos anos seguintes, o ritmo intensificou-se e vários contratos deste tipo foram celebrados para assegurar a segurança de instalações tão sensíveis como o Reduto Gomes Freire, onde está instalado o quartel-general da STRIKFORNATO, a força naval da NATO. Neste caso, o Estado Maior-General das Forças Armadas pagou, em Maio de 2013, 53.574,33 € à empresa 2045, substituída na mesma função, em 2016, pela Securitas.

Na maior parte dos contratos consultados pelo PÚBLICO, as Forças Armadas apresentam a mesma justificação para recorrerem a ajustes directos com empresas de vigilância privadas: "ausência de recursos próprios".

É o caso do contrato assinado em Junho de 2016 com a Securitas de “aquisição do serviço de vigilância e segurança para as instalações do Destacamento da Ajuda” da Unidade de Apoio Geral de Material do Exército.

Estes contratos mais recentes passaram a ser feitos ao abrigo do “acordo quadro para a prestação de serviços de vigilância e segurança” celebrado entre o Estado português e as empresas privadas do ramo, em Novembro de 2013. A Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) pretendeu assim regular os preços praticados para toda a administração pública por estas empresas.

Só o Exército, em 2016, gastou 177.615 euros em serviços de segurança privada. O Instituto de Acção Social das Forças Armadas gastou mais do que isso, em 2014: perto de 200 mil euros. Entre Dezembro de 2013 e Agosto de 2014, a Direcção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa pagou cerca de 454 mil euros por serviços de segurança da empresa Grupo 8.

Entre as empresas privadas que prestam este serviço aos militares portugueses estão algumas das maiores: Securitas, Ronsegur, Esegur (que é uma das accionistas da PPP SIRESP), Strong, 2045.

Esta situação vem sendo denunciada, desde 2005, pela Associação Nacional de Sargentos lembra o antigo presidente desta organização. José Gonçalves traça uma relação directa entre a contratação de empresas de segurança privada e as políticas de “contenção de despesa” que têm sido aplicadas no Estado. Isso e uma crescente “dificuldade de recrutamento” de efectivos que pudessem assegurar a vigilância das instalações militares.

É por isso que as Forças Armadas alegam "ausência de recursos próprios". Mas a contratação de privados, alerta o sargento-mor Gonçalves, também representa um custo. Apesar de “não haver um vínculo” e a despesa poder ser feita “por via indirecta”, a contratação de empresas externas “acaba por colocar sempre um problema de segurança”, sublinha o ex-presidente da Associação Nacional de Sargentos: “A própria contratação em si é um risco que veio facilitar a introdução de alguém exterior no sistema militar.”

O PÚBLICO questionou o ministério da Defesa sobre este tema. A contratação de empresas de segurança privada é um assunto da esfera de competências dos chefes dos ramos das Forças Armadas, argumentou o gabinete de Azeredo Lopes.Fonte do ministério garantiu, no entanto, que nenhuma empresa privada prestava serviço em Tancos: "Estas infraestruturas são asseguradas apenas por meios militares."

Fonte

Obs: Espectáculo....Onde andam os militares????? ou só temos altas patentes?????:shy_4_02:
 

Silva51

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que grande risota,que vai neste país
 

Feraida

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que grande risota,que vai neste país

Como disse alguém, em tempos, isto é cada cavadela cada minhoca...

Eu, se não corresse riscos de penalização severa chamar-lhe-ia outros (muitos) nomes:right:

Cumps

Feraida
 

mjtc

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Eu estive na Protesegurança desde 1995, e já nessa altura esta empresa fazia serviço no Casao Militar. Desconhecia que a Fénix tinha contrato com os militares. Já tive nessa empresa.
 

p.rodrigues

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Quando, pela 1ª, vez vi uma empresa de segurança na porta de armas de um quartel nem queria acreditar... então as Forças Armadas portuguesas não tem como missão, principalmente, a defesa do país contra ataques terroristas ou de outro estado vizinho/outro? Se sim, porque precisará que uma empresa de segurança assegure a segurança de uma unidade militar, seja esta de que natureza/finalidade for?
 

Feraida

GF Ouro
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Não tenho nada contra (nem a favor) das empresas de segurança mas, acho uma tristeza a toda a prova, que o que é suposto fazer o exército - os militares, esteja entregue a empresas privadas.

Faz-me lembrar aquele filme em que no futuro serão as empresas privadas a fazer a guerra (já hoje são as grandes empresas de armamento que o determinam!!!) e a comandar essas missões de Paz ou intervenção noutros Países.

Onde estão os quase 30.000 militares que sustentam o elevadíssimo nº de oficiais do quadro permanente???

Onde estão oficiais/generais que deveriam estar a servir no exército??? (GNR, PSP, Gabinetes Ministeriais/corredores do poder, etc.)

Como podemos ir para outros Países fazer segurança, e outros actos, se não somos capazes de o fazer em casa?

Fui militar (enfermeiro) antes e após o 25 de Abril e os quartéis sempre foram guardados por militares (até o Hospital tinha guaritas e soldados aí em permanência - Coimbra/Regimento dos Serviços de Saúde e Lisboa/Campolide/Anexo do Hospital da Estrela.

Colocar privados a guardar armas e afins não me parece que seja saudável, apesar de todo o respeito que, enquanto empresas, me possam merecer.

Como se costuma dizer, cada macaco no seu galho.

Cumps

Feraida
 
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