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Bitcons

Luisao27

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[h=1]Bitcoins. O que são, como se produzem e para que servem as moedas virtuais que os “hackers” exigem como resgate[/h]
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Os hackers que organizaram o gigantesco ataque informático que atingiu 74 países em 10 horas (e que envolveu mais de 45 mil ataques) exigiram um resgate em bitcoins para devolver os ficheiros encriptados às empresas. Tinham seis horas para pagarem o resgate e o valor ia subindo à medida que as horas iam passando, explicou Kurt Baumgartner, principal investigador da Kaspersky Lab, à CNN. “A maior parte das pessoas que pagaram os resgates estão a pagar cerca de 300 dólares nas primeiras horas”, acrescentou. Mas o que são, para que servem e que perigos escondem estas moedas virtuais?




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Luisao27

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[h=1]O que são bitcoins?[/h]

São moedas virtuais, que não se veem, não se tocam, não se sentem. São códigos encriptados, para os quais existem carteiras próprias na web ou no computador, e cuja emissão e transmissão não é controlada por nenhum banco central ou Governo. Estas operações são feitas por uma rede de computadores distribuída pelo mundo inteiro, cujo histórico é aberto e transparente, sendo guardado numa base de dados a que se chama blockchain. Os donos dos computadores que participam na produção de bitcoins são uma espécie de “mineiros”.

A 3 de março de 2017, o valor de uma bitcoin superou pela primeira vez, a cotação de uma onça de ouro, atingindo 1.268 dólares. Não foi um máximo histórico, mas foi a primeira vez que a moeda virtual superou o valor, em dólares, da unidade de medida mais comum para o ouro, a onça (que cotava quinta-feira nos 1.233 dólares). Nesta sexta-feira, uma unidade de bitcoin valia 1552,46 euros.
 

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[h=1]Quem são os “mineiros”, que produzem bitcoins?[/h]


São indivíduos que disponibilizam super computadores a esta blockchain para validar e gerar consenso entre as transações. Em troca, recebem bitcoins. Quando a moeda virtual apareceu, bastava descarregar um software num computador normal para contribuir para a validação das operações, mas, hoje, os “mineiros” são tantos, que são precisos computadores específicos, ASIC, para fazer a mineração. O grau de dificuldade é cada vez maior e o tempo necessário para obter lucro com o investimento também.
Joaquim Lambiza, diretor-geral da Captain Wings, empresa que produziu o primeiro ATM de bitcoins em Portugal, explicou ao Observador em 2014 que, para conseguir obter o retorno de cinco mil euros de investimento num super computador, (ou seja, para receber em bitcoins o equivalente a este valor), é preciso que ele esteja a trabalhar 24 horas por dia durante 250 dias. Ao valor do aparelho soma-se o gasto com a eletricidade. E é cada vez mais difícil entrar no sistema.
“É como ter um ferro de engomar constantemente ligado”, explicou Ricardo Gonçalves, outro “mineiro”, ao Observador, que, em 2013, investiu 900 euros num computador normal e em duas placas gráficas “relativamente poderosas” para minerar litecoins, uma moeda que resulta da modificação que fizeram no código da moeda lançada por Nakamoto. “Já era tarde para entrar na mineração de bitcoins“, conta. Já era preciso um ASIC.
 

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[h=1]O que é que os “mineiros” recebem em troca?[/h]


À medida que o super computador dos “mineiros” vai confirmando as transações na rede, eles vão recebendo parcelas da moeda em questão. Mas em 2014 já eram tantos os “mineiros” envolvidos que estava a tornar-se cada vez mais difícil entrar no processo de mineração e contribuir para a validação das transações. Ou seja, é cada vez mais difícil receber bitcoins. “O próprio sistema que regula a produção deteta quando há muito poder informático a entrar na plataforma e aumenta a dificuldade do enigma criptográfico que o computador tem de resolver para conseguir minerar”, explicou Joaquim Lambizo ao Observador.
 

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[h=1]Onde é que se produzem mais bitcoins?[/h]


Na China. De acordo com um artigo publicado pela BBC, em 2016, há uma instalação de super computadores numa montanha chinesa — tão elevada que é preciso levar garrafas de oxigénio para lá chegar — e onde não há rede de telemóvel, só internet. Nesta montanha, há uma empresa que tem centenas de computadores a validar as transações.


Chandler Guo, o fundador da empresa, conta que são emitidas 50 bitcoins por dia e que o peso destas “minas” na China tem vindo a crescer exponencialmente. Em 2016, representavam 70% da atividade mundial
 

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[h=1]Como se controla a inflação nesta moeda?[/h]


A inflação da bitcoin está predefinida matematicamente na tecnologia, logo está controlada, bem como a quantidade de moedas que podem ser produzidas: 21 milhões. Atualmente, a cada dez minutos, são gerados 12,5 novas moedas, ou seja, bitcoins, que podem ser divididos em oito casas decimais – cêntimos das bitcoins chamam-se satoshis. Após a emissão das 21 milhões de moedas permitidas, a economia da bitcoin passa a ser deflacionária.
 

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[h=1]Há risco de haver burla nas transações com bitcoins?[/h]


Sim, há risco, mas é ínfimo em relação a outras moedas descentralizadas, que podem alterar saldos sem ninguém perceber. Chama-se double spending, que, em português, significa algo como “gasto duplo” — os consumidores utilizam a mesma moeda para efetuarem duas transações. E a culpa é de um sistema que se chama “ataque 51%”. Como funciona?
Todos os super computadores que estão ligados ao sistema geram 100% do poder de processamento de bitcoins, que está dividido por várias pools (computadores que agregam “mineiros”) e por “mineiros”. Como há poucas pessoas a minerarem sozinhas, porque é mais difícil obter retorno, as pools mais conhecidas agregam mais “mineiros” e podem fazer uma distribuição desproporcional do poder de processamento. Ou seja, quando uma só pool é responsável por 51% das confirmações do sistema, o risco de burla aumenta. Porquê? Porque as confirmações das transações demoram mais tempo a serem efetuadas ou podem nem sequer existir. Nesse compasso de espera, o utilizador fica livre para utilizar a mesma moeda em várias operações.
O double spending é um problema, mas é muito pouco provável que exista uma pool a concentrar 51% da mineração.
 

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[h=1]O que diz o Banco de Portugal sobre as bitcoins?[/h]


Em 2014, foi inaugurado o primeiro ATM para bitcoins, onde os utilizadores desta moeda podem trocar o valor que têm em bitcoins por euros. Na altura, o Banco de Portugal alertou para os “riscos de utilização destas moedas virtuais”, advertindo que o ATM “não está integrado no sistema de pagamentos português”.
Citada pela agência Lusa, a instituição financeira sublinhava que “as moedas virtuais não são seguras” e que as entidades que as emitem e comercializam “não são reguladas nem supervisionadas por qualquer autoridade do sistema financeiro, nacional ou europeias”. Além disso, “em caso de desvalorização parcial ou total das moedas virtuais, não existe um fundo que cubra eventuais perdas dos utilizadores”, acrescenta o banco central.
Mais: o consumidor pode perder o dinheiro na plataforma de negociação e corre o risco de o dinheiro poder ser roubado”, sem que haja garantia de reembolso. O BdP alerta ainda que “as transações em moeda virtual podem ainda ser utilizadas indevidamente em atividades criminosas, incluindo no branqueamento de capitais”.
 

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[h=1]Quem é que criou as bitcoins?[/h]


Durante muito tempo, acreditou-se que o pai das moedas virtuais era um japonês chamado Satoshi Nakamoto, mas, à partida, esse seria o pseudónimo do empresário australiano Craig Wright, que há cerca de um ano revelou ser o criador das bitcoins. À BBC, Craig Wright apresentou documentos e provas que só podiam estar na posse do verdadeiro pai das moedas virtuais, como as mensagens numeradas que incluíam os primeiros códigos encriptados. Apesar de ter apresentado essas provas, essa autoria ainda não esta provada. O verdadeiro criador das bitcoins ainda está por descobrir.
 

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[h=4]Como funciona a bitcoin, na prática[/h]1 – Qualquer pessoa pode ter computadores a correr o software da bitcoin. Esses computadores têm que permanecer ligados para que possam processar as transações de bitcoins. Essas pessoas chamam-se, na gíria, mineiros de bitcoin.
2 – Em traços gerais esses computadores vão usando a capacidade de processamento para tentarem resolver complexas equações que, fundamentalmente, representam as várias transações.
3 – Essas transações são convertidas em blocks e registadas no chamado blockchain — uma espécie de registo supostamente inviolável com todas as transações de bitcoins feitas desde que a moeda foi criada em 2008.
4 – Por cada transação processada, os computadores geram novas bitcoins que o mineiro pode vender ou conservar. Por isso, competem para serem os primeiros a resolver as tais equações criptográficas que estão na base desta moeda digital e o processo repete-se a cada dez minutos.
 

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No início do ano, as autoridades chinesas mostraram que não estão distraídas e querem acabar com a utilização da bitcoin para tirar dinheiro do país, de forma ilegal. O facto de a cotação continuar a subir parece indicar que as autoridades chinesas não terão uma tarefa fácil pela frente.
A bitcoin é uma moeda descentralizada e global: descentralizada porque não é regulada por nenhuma entidade oficial; global porque é usada em praticamente todo o mundo — e se é a primeira vez que está a ouvir falar dela, temos dois trabalhos aprofundados sobre o tema, aqui e aqui. A quantidade de bitcoin (também chamada de oferta, ou supply) é controlada de forma automática por milhares de computadores em todo o mundo, programados para tal.
Quando a moeda foi pensada, o seu criador (ou criadores) Satoshi Nakamoto fê-la para que a oferta fosse deflacionária por natureza, ao contrário de outras divisas cuja oferta é teoricamente ilimitada. Assim, Nakamoto programou o software para reduzir gradualmente a oferta de bitcoins. Um empresário australiano afirmou em 2016 ser o criador da bitcoin, mas a história continua envolta em muito mistério.
 

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É como enviar um e-mail. De forma simples, livre, quase anónima. E não regulada. As bitcoins são isto: moedas virtuais que não se veem, não se tocam, não se sentem, mas que geram milhões. Para quem ganha e para quem perde. E não, não se trata de casinos online ou de jogos de vídeo como o Super Mário, da Nintendo. Aqui, não basta bater com a cabeça num pilar para fazer nascer dinheiro. Mas basta um algoritmo. Complexo, é certo, mas matemático. E já dizia Albert Einstein: “O princípio criativo reside na matemática”. Os bancos e os mecanismos de supervisão desconfiam. A polícia também. Amor ou ódio? Paixão, talvez. Daquela a que não se fica indiferente.
As bitcoins são moedas encriptadas, ou seja, códigos, que vivem em carteiras digitais na web e que não são controladas por nenhum banco central ou Governo. A 3 de outubro, uma bitcoin valia 295,3001 euros na bolsa para moedas virtuais BTC-E. Para que servem? Para comprar tudo o que os utilizadores quiserem, de forma anónima. Um cappuccino em Londres, uma cerveja em Sidney ou uma casa em Portugal, na Costa Nova, em Aveiro. Mas também drogas ou armas ilegais na Dark Web, a rede obscura, onde os conteúdos estão propositadamente escondidos por cibernautas. E a liberdade é total, porque apesar de ser possível verificar todo o histórico das contas, desde o primeiro bitcoin, é quase impossível saber quem é o autor.

Este sábado, a Captain Wings lança a primeira máquina ATM para compra e venda de moedas virtuais no país. A máquina, fabricada em Portugal, é uma espécie de multibanco para bitcoins e vai estar alojada em pleno coração lisboeta, no centro comercial Saldanha Residence. Basta um smartphone ou um tablet para converter matemática em euros ou euros em matemática e uma app para ler QR Codes, códigos de barras bidimensionais. Joaquim Lambiza, fundador da empresa e da marca Bitcoin Já, explicou o processo ao Observador.


Quem quiser comprar bitcoins aponta o smarphone com o QR Code da sua conta para a câmara, que está instalada na máquina. Esta lê o código, identifica o número da conta, pede ao utilizador para inserir o dinheiro que quer converter em bitcoins no ATM e deixa que a informática faça o resto. Os utilizadores que estiverem interessados em trocar os bitcoins da carteira digital por euros, devem captar o QR Code gerado pela máquina com o smartphone, aguardar para que este identifique o número de conta e enviar os bitcoins.
Para emitir o dinheiro, a máquina precisa de receber três confirmações de “mineiros” que garantam que a transação é segura. E não, o ATM não tem nenhuma mina escondida no subsolo. Mas antes de descobrir quem são os “mineiros” da moeda virtual, descubra primeiro Satoshi Nakamoto, o anónimo dos anónimos que criou as bitcoins em 2008. Os “mineiros” e a sua função seguem depois.
Satoshi Nakamoto é a mente por detrás das bitcoins, mas ninguém sabe sequer se ele existe. Um geek ou um grupo de geeks? Fica a dúvida. O que é certo é que o pseudónimo que em novembro de 2008 assinou o artigo “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”, que em português seria algo como “Bitcoin: sistema de dinheiro eletrónico descentralizado” é considerado o pai das bitcoins. Foi ele quem desenvolveu o sistema de pagamento eletrónico que permite que duas pessoas ou entidades negoceiem entre si sem precisarem da intervenção de uma terceira, como um banco. Foi ele quem colocou a criptografia a substituir a confiança. Melhor, que colocou a confiança na criptografia a funcionar.
 

Luisao27

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Satoshi Nakamoto assinou o artigo "Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System", em novembro de 2008, que marcou o lançamento das bItcoins. Apesar de se afirmar como japonês, a sua entidade é desconhecida e é tão provável que seja um geek ou um grupo de geeks.


O Banco de Portugal já reagiu ao lançamento do multibanco da Captain Wings. Numa nota enviada às redações, na sexta-feira, recorda que “este ATM não está integrado no sistema de pagamentos português”. E alerta para os riscos de utilização e de comercialização de “moedas virtuais” como a bitcoin. “As moedas virtuais não são seguras. As entidades que emitem e comercializam moedas virtuais não são reguladas nem supervisionadas por qualquer autoridade do sistema financeiro, nacional ou europeia”, lê-se no comunicado. Mais: o risco fica todo do lado do utilizador, porque “não existe garantia” de que as bitcoins sejam aceites na compra de bens ou serviços, nem proteção legal que garanta direitos de reembolso ao consumidor.
Ao Observador, Joaquim Lambiza explicou que tem estado a acompanhar “de muito perto” o que acontece em termos de legislação portuguesa e europeia e que “está a tentar forçar uma posição”. “A regulação tem sempre dificuldade em acompanhar a evolução e ainda bem que é assim. A evolução existe e a regulação debate-se para acompanhá-la. É preciso impedir que o sistema seja utilizado para a lavagem de dinheiro, mas isso deve acontecer sem impedir o avanço tecnológico que isto [moedas virtuais] representa”, adiantou.


Para evitar que a máquina seja utilizada para lavar dinheiro, foram incorporados alguns dispositivos de segurança. “Por iniciativa própria, limitámos o valor que pode ser transacionado na máquina e que é igual ao de um multibanco normal: duas vezes 200 euros por dia”, conta. No final da operação, a máquina emite um recibo e Joaquim Lambiza conta que já pediu um parecer vinculativo às Finanças sobre o tratamento fiscal que a transação deverá ter. Por cada operação, a empresa retém uma taxa de 3%.
 

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[h=1]Como é que tudo funciona? Com matemática e mineração[/h] Cada bitcoin é um código matemático complexo, que assenta numa tecnologia distribuída por uma rede de computadores, cujo histórico é aberto e transparente, a blockchain. “Tudo o que acontece com as bitcoins, todas as transações de compra e venda, ficam registadas nesta rede de contabilidade 100% transparente, que está sempre a crescer”, explicou Joaquim Lambiza, que também já foi partner da IBM. É aqui que entram os “mineiros”: indivíduos que disponibilizam super computadores aos sistemas para validar e gerar consenso entre as transações. O que ganham em troca? Bitcoins.
Se, quando a moeda virtual apareceu, bastava descarregar um software num computador normal para contribuir para a validação das operações, hoje os “mineiros” são tantos, que são precisos computadores específicos, ASIC, para fazer a mineração, ou seja, para gerar consenso entre as transações. O grau de dificuldade é cada vez maior e o tempo necessário para obter lucro com o investimento também.
Joaquim Lambiza explicou que para conseguir obter o retorno do investimento num super computador de cinco mil euros (receber em bitcoins o equivalente a este valor) é preciso que ele esteja a trabalhar 24 horas por dia durante 250 dias. Ao valor do aparelho soma-se o gasto com a eletricidade. E é cada vez mais difícil entrar no sistema.
“É como ter um ferro de engomar constantemente ligado”, explicou Ricardo Gonçalves, 35 anos, ao Observador. O “mineiro” entrou no universo das moedas digitais em novembro de 2013 juntamente com um amigo. Investiram 900 euros num computador normal e em duas placas gráficas “relativamente poderosas” para minerar litecoins, uma moeda que resulta da modificação que fizeram no código da moeda lançada por Nakamoto. “Já era tarde para entrar na mineração de bitcoins“, conta. Já era preciso um ASIC.
 

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O computador e as placas gráficas estiveram constantemente ligados até o verão aparecer. Quando as temperaturas começaram a aumentar desligou tudo. No quarto em que estava o equipamento, em pleno inverno, com janela aberta e estores fechados, a temperatura rondava os 21º graus. Era uma espécie de aquecedor, portanto. Em fevereiro de 2014, Ricardo Gonçalves já tinha recebido 27 litecoins pelo trabalho de mineiro.
O processo é semelhante ao das moedas lançadas por Nakamoto: à medida que o computador vai confirmando as transações na rede, vai recebendo parcelas da moeda em questão. Com as bitcoins, a recompensa pode demorar mais a chegar: são tantos os mineiros envolvidos que está a tornar-se cada vez mais difícil entrar no processo de mineração e contribuir para a validação das transações. Ou seja, é cada vez mais difícil receber bitcoins. “O próprio sistema que regula a produção deteta quando há muito poder informático a entrar na plataforma e aumenta a dificuldade do enigma criptográfico que o computador tem de resolver para conseguir minerar”, explica Joaquim Lambizo.
Nada foi deixado ao acaso por Satoshi Nakamoto. A inflação da bitcoin está predefinida matematicamente na tecnologia, logo está controlada, bem como a quantidade de moedas que podem ser produzidas: 21 milhões. Atualmente, a cada dez minutos, são gerados 25 novos códigos matemáticos, ou seja, bitcoins, que podem ser divididos em oito casas decimais – cêntimos das bitcoins chamam-se satoshis. No final de setembro, existiam cerca de 13,3 milhões de bitcoins em circulação, 63% do máximo imposto por Nakamoto, segundo o Blockchain Info.
 

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O grande problema da bitcoin, segundo Ricardo Gonçalves, é o risco de double spending, que em português significa algo como “gasto duplo”, ou seja, a burla: consumidores que utilizam a mesma moeda para efetuarem duas transações. E a culpa é do “ataque 51%”. Confuso? A explicação do técnico de informática chega a seguir: todos os super computadores que estão ligados ao sistema geram 100% do poder de processamento de bitcoins, que está dividido por várias pools (computadores que agregam mineiros) e por solo miners.
Como há poucas pessoas a minerarem sozinhas, “porque é pouco provável que se consiga obter retorno”, as pools mais conhecidas podem agregar mais mineiros e provocar uma distribuição desproporcional do poder de processamento. Ou seja, quando uma só pool é responsável por 51% das confirmações do sistema, o risco de burla aumenta. Porquê? Porque as confirmações das transações demoram mais tempo a serem efetuadas ou podem nem sequer existir. Nesse compasso de espera, o utilizador fica livre para utilizar a mesma moeda em várias operações.
Sim, o double spending é um problema, mas não é o único. A especulação, a não regulação, a desconfiança, a lavagem de dinheiro e a associação a negócios ilícitos alimentam a polémica sobre a moeda que não se vê nem se sente, mas que tem feito vibrar o mercado. Joaquim Lambiza não tem dúvidas: a blockchain, tecnologia que sustenta a bitcoin é a tecnologia disruptiva do futuro. É ela que vai ser responsável por mudar a vida das pessoas, a seguir à internet, explicou ao Observador.
 

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Mike Caldwell, engenheiro de software, produziu uma versão física da moeda virtual, em Utah, nos Estados Unidos da América


[h=1]Sobe e desce à margem da supervisão[/h] Moeda sem dono, melhor, sem país, troca a supervisão por matemática pura. E, apesar do rigor do código, seduz por ser libertadora. No início de 2013, as bitcoins valiam cerca de 15 dólares norte-americanos, 11,86 euros. No final desse ano, valiam cerca de 1.200 dólares, ou seja, 948,96 euros. A 3 de outubro, valiam perto de 300 euros. Falar de bitcoins sem falar de volatilidade não é possível e é por isso que não há margem para descuidos. Para lucros e perdas de alto nível, atenção ao mais alto nível, e o Banco de Portugal alerta: não existe um fundo que cubra eventuais perdas dos utilizadores.
Francisco Sant’Ana tem 19 anos, é natural de Lagos, no Algarve, e estuda Direito, na Universidade de Lisboa. Desde o início de 2013 que investe em moedas virtuais. Num fórum que abriu no Reddit, conta que começou a investir “algures em 2013” com cerca de 50 euros, que esperou pela subida do valor da bitcoin, mas que acabou por trocá-la por outras moedas virtuais. Além disso, investiu em vários casinos e conseguiu, “em pouco mais de um ano, fazer uma quantia interessante de dinheiro que lhe permite ter um estilo de vida confortável”, escreve. Este ano, diz já ter dinheiro suficiente para pagar as propinas e que tirar a carta de condução ou fazer um InterRail estão entre os seus planos.
Quando lhe perguntam que estratégia utiliza, explica que não se “mete em moedas” cujo volume diário de compras é pequeno, que não é ganancioso, que marca uma taxa de retorno antes de comprar e que não vende logo quando começa a perder. “Deve-se esperar uns dias”, escreve. Regra de ouro para qualquer investidor: não colocar os ovos todos no mesmo cesto, ou seja, não colocar o dinheiro todo na mesma moeda.
 

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As moedas virtuais não são supervisionadas, mas o burburinho está instalado. Ben Bernanke, o então presidente da Reserva Federal norte-americana, reconheceu numa carta ao Congresso, em novembro de 2013, a possibilidade de as moedas virtuais se tornarem “num sistema de pagamento mais rápido, mais seguro e mais eficiente”. “Existem vários países europeus que já tiveram algumas iniciativas de regulação. A Bélgica já tomou a iniciativa de isentar as transações em bitcoins de IVA, a Suécia tem estado a pressionar o Banco Central Europeu”, adianta Joaquim Lambiza.
A polémica em torno das moedas virtuais aqueceu depois de uma das maiores plataformas de transação da moeda, a japonesa Mt. Gox, ter sido alvo de um ataque de hackers, que fizeram desaparecer cerca de 850 mil bitcoins – o equivalente a cerca de 500 milhões de dólares. A empresa fundada por Mark Karpeles não teve outra hipótese senão anunciar a falência da Mt. Gox, no início de 2014.
E há uma palavra inerente a toda esta discussão: especulação. Se, para muitos, as bitcoins são uma forma de ganhar dinheiro, para outros a discussão ganha dimensão política. Podem as moedas virtuais tornarem-se numa reserva de valor legítima? Há quem acredite que sim.
O primeiro multibanco de bitcoins chega a Portugal este sábado. A Showroomprive.com, uma das líderes de vendas privadas online na Europa também já está a aceitar pagamentos em bitcoins e o PayPal já anunciou que vai começar a aceitar a moeda virtual nas sua transações. Os dados estão lançados e o jogo vai a meio. O monopólio não é de tabuleiro, mas aqui também há quem ganhe e quem vá à falência. Resta saber quem desiste da corrida primeiro.
 

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Vantagens de usar o Bitcoin

Bitcoins têm múltiplas funcionalidades, não são somente para comprar produtos! Não acredita? Além de livrar o usuário de problemas relevantes, como o mau uso das reservas fracionárias, o risco de gasto duplo e de inflação, ele tem sido muito procurado por investidores.
Melhor investimento do mundo

Por dois anos seguidos, 2015 e 2016, o Bitcoin foi considerado o melhor investimento do ano em todo o mundo.
Com valorização de 92% e 120%, respectivamente, entre os períodos de janeiro e dezembro de cada ano, esses índices parecem não ter expectativa de diminuir agora.
De fato, os números do Bitcoin como ativo de investimento são de dar inveja a qualquer investimento bancário, imóveis ou bolsa de valores, embora seja de maior risco.
Proteção contra crises

O BTC tem ganhado destaque não somente pela valorização, mas também pelo fato de diversas crises estarem acontecendo em centros financeiros importantes do mundo, como Europa, Índia e Japão.
Hoje, utilizar bitcoins em substituição às moedas nacionais se tornou uma medida segura para muitos cidadãos.
Em países com governos ditatoriais e intenso controle de capitais, como Zimbábue e Venezuela, as criptomoedas se tornaram verdadeiros escudos contra a pobreza.
Aqui mesmo, no Brasil, também já sofremos no passado com um repentino confisco de poupança, não é mesmo? Bitcoiners estariam protegidos nessa situação.
Remessas internacionais

A distância física entre os bancos, bem como as taxas cobradas, sempre foram um empecilho ao envio e ao recebimento de dinheiro entre países.
Sabemos que transferir dinheiro a grandes distâncias pode ser muito caro. Utilizando bitcoins, esse processo pode ser feito de forma imediata a um custo na escala de centavos.

O que Bitcoin e Marketing de Conteúdo têm a ver?

Por fim, chegamos à parte que relacionamos toda essa parafernália tecnológica com o nosso querido marketing de todos os dias!
Nós, profissionais e entusiastas do ramo do marketing digital, já podemos utilizar vários serviços e ideias baseados em Bitcoin e Blockchain. Duvida? Confira a seguir:
Proteção do seu conteúdo

Criptomoedas, como o Bitcoin, podem ser divididas em muitas partes. Por ser tudo digital, você pode fracionar valores em até oito casas depois da vírgula!
Exatamente. Você pode transferir até 0,00000001 BTC para alguém, se quiser. Atualmente, isso é igual a um valor absolutamente irrisório, muito abaixo de um centavo!
Então, se o seu blog anda sendo visitado por robôs que tentam enviar propagandas ou atrapalhar o tráfego do seu site, agora você pode se proteger.
Integrando o seu conteúdo a uma carteira bitcoin, você pode cobrar quantias muito pequenas para seu site ser acessado. Seus leitores não vão se importar em pagar valores abaixo de um centavo para ler um material do seu blog.
Já um hacker, que programa robôs para realizarem milhares de visitas sucessivas ao seu domínio, não vai gostar muito de pagar essa conta.
Propriedade intelectual

Hoje, além de transações, também é possível armazenar registros na Blockchain. Essa tecnologia tem sido aprimorada desde o surgimento do bitcoin para ser uma forma segura, privativa e barata de armazenar dados.
Inclusive, é possível gerar contratos de forma eletrônica, que interagem com a Blockchain. Assim, o seu regime de pagamentos é todo realizado automaticamente na rede, dificultando as fraudes e o não cumprimento dos mesmo. São os chamados smart contracts ou contratos inteligentes.
Atualmente, smart contracts vêm para substituir os mecanismos tradicionais de autenticação e registro que temos hoje, como os cartórios.
Portanto, para se proteger de roubo de propriedade intelectual (alô, designers e copywriters!), basta encontrar um serviço que faça registro e autenticação em blockchain, verificar se a legislação vigente é compatível e proteger a sua produção a custos baixos, sem sair de casa!
Há, inclusive, iniciativas nacionais nessa área. Um deles, testado e aprovado por todo o nosso ecossistema é o OriginalMy, um serviço de autenticação e registro na Blockchain do Bitcoin.
Blogs autônomos

Hoje, blogs colaborativos podem funcionar automaticamente usando moedas digitais. Não imagina como? Pense que você pode integrar a carteira bitcoin dos redatores e leitores com o seu site ou blog.
Sendo assim, escritores podem enviar artigos para blogs autônomos e serem remunerados através do acesso dos leitores ou através de doações.
Além de automatizar a sua produção de conteúdo, o próprio mercado filtrará os conteúdos remunerando os melhores posts.
E, caso seja você o dono do blog, poderá gastar menos tempo e esforços na escolha e na produção dos seus artigos!
Um exemplo interessantíssimo é o blog da Backfeed, que funciona autonomamente utilizando este método. Quem sabe você não é o próximo a praticar essa iniciativa?
Pagamento de produtores de conteúdo

Hoje, profissionais freelancers estão distribuídos em todo o mundo, incluindo os produtores de conteúdo. Sobretudo no mundo do marketing, muitas tarefas podem ser feitas através da internet, incrementando a oferta e a demanda por trabalho à distância.
Entretanto, os custos, riscos e dificuldades em pagamentos e recebimentos entre pessoas muito distantes sempre foi um empecilho nessa área.
Assim, mecanismos que geram boletos bancários, que facilitam o pagamento ou o recebimento por trabalhos de freelance utilizando bitcoins são cada vez mais procurados.
Agora, profissionais de todo mundo podem acirrar a competição, pois utilizando criptomoedas a transferência de dinheiro passa a ser muito mais rápida e barata!
Quer conhecer um sistema como esse, já em funcionamento no Brasil? Navegue pelo Bitwage!

Onde comprar e vender seus bitcoins

Hoje, o Brasil é o maior mercado bitcoins da América Latina. Atualmente, temos cerca de 7 serviços de exchange onde você pode comprar e vender seus bitcoins usando reais, conheça algumas delas:

Quando for gastar, se lembre de consultar o Biscoint.io, um serviço que indica as melhores ofertas de compra e venda em cada exchange brasileira.
Além disso, há traders — agentes de câmbio individuais —, que podem realizar essa troca utilizando plataformas específicas ou redes sociais! Você pode encontrá-los em:

Incrível, não? A tecnologia do Bitcoin chegou para revolucionar muitos mercados. Muito além de um simples meio de pagamento, essa inovação chegou para mudar paradigmas até mesmo das empresas de marketing!
 

Luisao27

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