- Entrou
- Out 5, 2016
- Mensagens
- 57,046
- Gostos Recebidos
- 2,333
Mais um Valente despiste do Ferrari
Nem com um empate no clássico o Benfica aproveitou para dar um pontapé na crise e recuperar a confiança. A tarefa nos Barreiros era tudo menos fácil, as águias começaram muito bem, só que o segundo golo nunca apareceu e permitiu uma reação muito capaz de um Marítimo que continua intransponível no seu estádio.
Por isso, está complicada a vida das águias, que foram assobiadas pelos adeptos na saída do estádio.
Marcar logo a abrir. Não dá para a serenidade total, mas permite outra confiança na primeira aparição pós-Basileia. Foi isso que aconteceu ao Benfica, num fantástico remate de Jonas, ao segundo minuto de jogo. Um pontapé que, sendo individual, espelhou um coletivo cheio de vontade de reagir - deu para ver pela forma como foi festejado pela equipa.
Um golo que não resolveu todos os problemas, claro. A entrada do Benfica foi forte, autoritária e intensa, mas aos poucos o Marítimo foi tentando sair para a reação, colocando em sentido uma defesa encarnada à procura da reorganização depois do desastre de Basileia.
Também convém não deixar passar o facto de o relvado estar mau (já estava na altura de a Liga ser mais exigente...) e isso influenciou o decurso do jogo, nomeadamente por uma zona lateral muito irregular e que não permitiu progressões contínuas por aí. De um lado e do outro.
Apesar da tal reação maritimista, esta foi curta e não permitiu grandes calafrios a Júlio César, pelo que o resultado ao intervalo espelhava duas coisas: o brilhantismo de Jonas, a falta de clarividência de quase todos os outros jogadores em termos ofensivos.
Bem diferente do que se viu na segunda parte. De um lado e do outro, as oportunidades apareceram. Cervi e Salvio tiveram hipóteses de dilatar, mas o Marítimo também cresceu, beneficiando de um miolo encarnado que se foi partindo.
Se Júlio César respondeu em grande a um remate de Rodrigo Pinho, já nada pôde fazer quando Ricardo Valente apareceu a mergulhar de cabeça para o empate, numa altura de ascendente da crença insular e de maior insegurança encarnada, ao ver o adversário crescer.
A ter que procurar a vitória, mas sabendo que perder era um cenário ainda mais negro, Rui Vitória não foi previsível (quando precisa de ganhar, costuma arriscar) e apenas fez troca por troca.
Algo que também aconteceu no Marítimo e que manteve divididas as possibilidades de triunfo. É que, ainda que o Benfica tivesse mais bola e mais à frente, o Marítimo continuava a beneficiar de espaço a meio e das subidas inconsequentes dos laterais encarnados.
Salvio foi o mais inconformado, mas a falta de ideias da equipa, que se baseou no chuveirinho final para a área, prevaleceu. A igualdade volta a ser um mau resultado, ainda para mais depois de um empate no clássico.
Portanto, na perspetiva do Benfica, que bom que será uma pausa de duas semanas!
ZeroZero