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Marcelo quer remodelação no Governo

Luisao27

GF Ouro
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Jun 7, 2017
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O Presidente da República considerou esta noite que é imperioso abrir um "novo ciclo" que evite a repetição das tragédias


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Marcelo Rebelo de Sousa não hesitou mesmo em apelar ao primeiro-ministro que remodele o Governo: "Abrir um novo ciclo obrigará o Governo a decidir o quê, quem, como e quando serve esse ciclo", afirmou.


Numa outra referência implícita à ministra da Administração Interna, falou na necessidade de "romper com a fragilidade que motiva o desalento e descrença dos portugueses" e "reconhecer com humildade que portugueses houve que não viram os poderes públicos como garante de segurança e confiança", sendo por "justificável que se peça desculpa".


O Governo - disse ainda - deve "retirar todas, mas todas, as consequências dos relatórios, em especial da Comissão Técnica Independente, como de resto se comprometeu a retirar".







Referindo-se implicitamente à moção de censura ao Governo que o CDS anunciou, o Presidente da República disse esperar que o Parlamento "soberanamente clarifique" o mandato do Governo - e, "se a resposta for positiva", até "reforçando-o".

"Se há na AR há quem questione a capacidade do Governo, que a Assembleia clarifique se quer manter ou não o governo", afirmou."Perante o anúncio feito pelo senhor primeiro-ministro relativamente a uma reflexão ponderada e exaustiva, nomeadamente, baseada no teor do relatório [da Comissão Técnica Independente], Portugal aguarda, com legítima expectativa, as consequências que o Governo irá retirar de uma tragédia sem precedente na nossa história democrática", afirmou ainda o PR.


Para Marcelo - que fez a mensagem a partir de Oliveira do Hospital, uma das localidades mais atingidas pelos incêndios de domingo e segunda - "por muito que a frieza destes tempos cheia de números e chavões políticos convidem a banalizar, estes 100 mortos não mais sairão do meu pensamento, com o peso enorme na minha consciência como no meu mandato presidencial".


Num recado diretamente dirigido ao Governo, acrescentou: "Pode e deve dizer-se que esta é a última oportunidade para levar a sério a floresta e convertê-la em prioridade nacional, com meios para isso, se não será uma frustração nacional. Se houver margens orçamentais, dê-se prioridade à floresta e aos fogos". E, no seu entender, estas reformas devem ser feitas em "convergência alargada", para que sobrevivam às mudanças de Governo.


Falou também na questão das indemnizações às vítimas, sugerindo "uma palavra de convite, desde já, a rigorosa avaliação dos contornos jurídicos do sucedido, também à luz do conteúdo do relatório [da Comissão Técnica Independente], quanto ao enquadramento de atuações e omissões no conceito de culpa funcional ou funcionamento anómalo ainda que não personalizado".


Assim, exigiu, "Portugal tem o dever de proceder a tal avaliação e de forma rápida, atendendo à dimensão excecional dos danos pessoais, a começar no maior e mais pungente deles que é a perda de tantas vidas".


Porque "já perdemos todos tempo demais", já não "há tempo a perder", concluiu.


Marcelo recebe CDS-PP e PCP na quarta-feira


O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, vai receber o CDS-PP na quarta-feira às 20:00 no Palácio de Belém, em Lisboa, e depois o PCP, às 21:00, disse à Lusa fonte da Presidência da República.


Estes dois partidos pediram audiências ao Presidente da República na sequência dos incêndios florestais que deflagraram no fim de semana.


No caso do CDS-PP, a audiência foi pedida com caráter de urgência. O PCP pediu também para ser recebido pelo primeiro-ministro e pela procuradora-geral da República.


Os mais de 500 incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, dos quais 16 em estado grave, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.


O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quinta-feira.


Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.





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