Porque é que nos parecemos tanto com os nossos animais de estimação?

Possivelmente já passou por cão e achou-o bastante semelhante à pessoa que o passeia. Será coincidência? Talvez, mas a ciência encontrou uma justificação para a parecença entre os patudos e os donos. E é tudo uma questão de familiaridade.

Conta o suplemento Zen do jornal espanhol El Mundo que foram já vários os estudos que comprovaram que existem, de facto, donos e cães um tanto ou quanto semelhantes (dentro dos possíveis, claro) e que tal se deve ao facto de as pessoas tenderem - de forma propositada ou não - a eleger um cão que se assemelhe a si, seja em pequenos traços no focinho ou até mesmo a nível comportamental.

"Optamos por um cão e não por outro porque nos identificamos com ele de alguma forma. É uma forma de garantir que [a relação] resultará", explica a psicóloga Laura Pardo, que destaca que as semelhanças entre dono e cão devem-se muitas vezes a traços de personalidade. Sim, as pessoas escolhem os cães tal como escolhem os amigos, optando por aqueles com quem mais se identificam consigo.

Esta ideia é também defendida pela veterinária Rosario Galtier, que destaca que "as pessoas atléticas querem um cão ativo com quem fazer caminhadas. Não vão eleger um bulldog, por exemplo, que não gostam de correr. O mesmo se forem pessoas sedentárias, não vão querer um border collie, que é um desportista por natureza".

Mas, e quando se adota um cão ainda bebé? Pois bem, parte dos seus traços comportamentais passarem a ser idênticos ao do dono não é tanto uma questão de escolha do próprio dono ou até mesmo de familiaridade. Os cães podem realmente ter comportamentos e atitudes semelhantes aos seus tutores devido à sua capacidade de aprender por imitação, sendo sensíveis às emoções dos donos e à forma como estes encaram a vida.

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