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Dois investigadores norte-americanos encontraram a que será a cópia mais antiga de um texto com ensinamentos de Jesus Cristo ao apóstolo João, e que foi proibido por ser considerado “herético”.
O raro documento, intitulado “O Primeiro Apocalipse de João” e escrito em Grego, foi encontrado nos arquivos da Universidade de Oxford, no Reino Unido, pelos especialistas em estudos religiosos da Universidade do Texas (UT), nos EUA, Brent Landau e Geoffrey Smith, anuncia a universidade em comunicado.
Esta será a cópia mais antiga do texto, que teve o estatuto de “proibido”. Os cientistas notam que se trata da “primeira cópia original em Grego conhecida de um escrito herético Cristão, descrevendo os sermões secretos de Jesus ao seu “irmão” João”.
Até esta descoberta, acreditava-se que só existia uma versão deste texto em copta, a Língua nativa do Egipto – versão esta descoberta em 1945, no Egipto, enterrada juntamente com “uma colecção de 13 livros gnósticos coptas”.
Estes são conhecidos como os “Evangelhos Gnósticos”, que terão sido escondidos por ordem do Bispo de Alexandria, Atanásio, por volta de 367 depois de Cristo, por serem considerados “heréticos”, explica o Live Science.
Numa pilha de papiros encontrados no lixo…
Landau e Smith descobriram vários fragmentos deste novo documento escrito em grego, entre mais de 200 mil papiros que foram encontrados no Egipto, no Século XIX, numa pilha de lixo, e que se encontram preservados nos arquivos da OX.
Depois de juntarem todas as peças do texto, constataram a sua raridade, como atesta Landau em declarações ao Live Science.
“É extremamente raro encontrar textos apócrifos, ou seja, fora dos cânones da Igreja, em Grego”, atesta o especialista. Isto, apesar de o Grego ter sido “o primeiro idioma em que os escritos cristãos originais foram compostos porque era uma espécie de Língua universal do Império romano, naquela altura”, sublinha.
“Nunca suspeitámos que fragmentos Gregos do Primeiro Apocalipse de João tivessem sobrevivido desde a Antiquidade“, acrescenta Smith, citado no comunicado da UT, evidenciando a surpresa da descoberta.
Usado para ensinar a ler e a escrever
Landau e Smith tiveram oportunidade de analisar o texto e concluíram que se trata de uma cópia que foi usada no ensino.
“Por aquela altura, este texto seria usado na escola de alguém, no Século V ou VI”, como “uma ferramenta de um professor para ajudar os estudantes a aprender a ler e a escrever em Grego”, explica Landau.
O especialista faz referência ao estatuto “proibido” do texto e constata que, tendo sido “efectivamente banido“, o professor que o usava nas suas aulas “era claramente apaixonado pelo Primeiro Apocalipse de João”.
O que Jesus tem em comum com The Matrix
Brent Landau explica que textos como este foram banidos por apresentarem “um entendimento diferente” dos cânones tradicionais da Igreja sobre a importância de Jesus Cristo. “Percebiam Jesus muito mais como um revelador da sabedoria humana do que como um Messias”, explica o investigador.
“De acordo com estes textos Gnósticos, Jesus ensinava às pessoas que o mundo material era, na verdade, uma prisão criada por um deus maligno, muito como no filme The Matrix“, constata.
Em “O Primeiro Apocalipse de João”, Jesus descreve esta ideia de prisão, apontando como o mundo “é guardado por figuras demoníacas, chamadas arcontes, que bloqueiam o caminho entre o mundo material e a vida do além”, escreve o Live Science.
“O que João precisa para os ultrapassar, quando morre, é de passwords – um pouco como códigos de batota num jogo de vídeo“, conclui Landau, sublinhando que está em causa uma linha de pensamento “bastante contra-cultural” para a época.
obs: desde sempre que o homem tem dificuldades em lidar com o contraditório... textos banidos... onde já vi algo semelhante?
O raro documento, intitulado “O Primeiro Apocalipse de João” e escrito em Grego, foi encontrado nos arquivos da Universidade de Oxford, no Reino Unido, pelos especialistas em estudos religiosos da Universidade do Texas (UT), nos EUA, Brent Landau e Geoffrey Smith, anuncia a universidade em comunicado.
Esta será a cópia mais antiga do texto, que teve o estatuto de “proibido”. Os cientistas notam que se trata da “primeira cópia original em Grego conhecida de um escrito herético Cristão, descrevendo os sermões secretos de Jesus ao seu “irmão” João”.
Até esta descoberta, acreditava-se que só existia uma versão deste texto em copta, a Língua nativa do Egipto – versão esta descoberta em 1945, no Egipto, enterrada juntamente com “uma colecção de 13 livros gnósticos coptas”.
Estes são conhecidos como os “Evangelhos Gnósticos”, que terão sido escondidos por ordem do Bispo de Alexandria, Atanásio, por volta de 367 depois de Cristo, por serem considerados “heréticos”, explica o Live Science.
Numa pilha de papiros encontrados no lixo…
Landau e Smith descobriram vários fragmentos deste novo documento escrito em grego, entre mais de 200 mil papiros que foram encontrados no Egipto, no Século XIX, numa pilha de lixo, e que se encontram preservados nos arquivos da OX.
Depois de juntarem todas as peças do texto, constataram a sua raridade, como atesta Landau em declarações ao Live Science.
“É extremamente raro encontrar textos apócrifos, ou seja, fora dos cânones da Igreja, em Grego”, atesta o especialista. Isto, apesar de o Grego ter sido “o primeiro idioma em que os escritos cristãos originais foram compostos porque era uma espécie de Língua universal do Império romano, naquela altura”, sublinha.
“Nunca suspeitámos que fragmentos Gregos do Primeiro Apocalipse de João tivessem sobrevivido desde a Antiquidade“, acrescenta Smith, citado no comunicado da UT, evidenciando a surpresa da descoberta.
Usado para ensinar a ler e a escrever
Landau e Smith tiveram oportunidade de analisar o texto e concluíram que se trata de uma cópia que foi usada no ensino.
“Por aquela altura, este texto seria usado na escola de alguém, no Século V ou VI”, como “uma ferramenta de um professor para ajudar os estudantes a aprender a ler e a escrever em Grego”, explica Landau.
O especialista faz referência ao estatuto “proibido” do texto e constata que, tendo sido “efectivamente banido“, o professor que o usava nas suas aulas “era claramente apaixonado pelo Primeiro Apocalipse de João”.
O que Jesus tem em comum com The Matrix
Brent Landau explica que textos como este foram banidos por apresentarem “um entendimento diferente” dos cânones tradicionais da Igreja sobre a importância de Jesus Cristo. “Percebiam Jesus muito mais como um revelador da sabedoria humana do que como um Messias”, explica o investigador.
“De acordo com estes textos Gnósticos, Jesus ensinava às pessoas que o mundo material era, na verdade, uma prisão criada por um deus maligno, muito como no filme The Matrix“, constata.
Em “O Primeiro Apocalipse de João”, Jesus descreve esta ideia de prisão, apontando como o mundo “é guardado por figuras demoníacas, chamadas arcontes, que bloqueiam o caminho entre o mundo material e a vida do além”, escreve o Live Science.
“O que João precisa para os ultrapassar, quando morre, é de passwords – um pouco como códigos de batota num jogo de vídeo“, conclui Landau, sublinhando que está em causa uma linha de pensamento “bastante contra-cultural” para a época.
obs: desde sempre que o homem tem dificuldades em lidar com o contraditório... textos banidos... onde já vi algo semelhante?