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Cientistas japoneses criam "vidro" que se auto-repara com ecrãs de smartphones na mira

Amoom

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Fev 29, 2008
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O "polyether-thioureas" é um material mecânicamente robusto e semelhante ao vidro que se repara a si próprio mediante uma ligeira pressão manual.



Os ecrãs são o calcanhar de Aquiles dos smartphones. Não pela sua qualidade, que neste momento se encontra num nível nunca antes alcançado, mas principalmente pela sua fragilidade. Graças a ela, construíram-se indústrias de acessórios protectores e negócios de reparação capazes de substituir vidros e displays para remediar quedas mais aparatosas.

Os dias dos ecrãs rachados, contudo, podem estar perto do fim, uma vez que um grupo de investigadores japoneses descobriu um novo polímero capaz de se restaurar a si próprio.

O estudo que detalha a descoberta é da autoria de uma equipa da Universidade de Tóquio, liderada pelo Professor Takuzo Aida, e foi recentemente publicado na revista Science. No documento, o grupo explica como pode ser criado este material, mecânicamente robusto e semelhante ao vidro, a que chama "polyether-thioureas", e que pode reparar-se automaticamente quando algo (ou alguém) exerce pressão sob o mesmo.

"A elevada robustez mecânica e a capacidade para se reparar a si mesmo tendem a ser mutuamente exclusivas", explicam os cientistas. "Na maior parte dos casos é necessário aquecer estes materiais a altas temperaturas para reorganizar as suas redes de ligação cruzada de forma a que se consigam reparar nos pontos danificados".

Segundo conta o The Guardian, o polímero foi descoberto por acaso, durante uma experiência conduzida por Yu Yanagisawa, estudante da Universidade de Tóquio, que pensou ter criado uma espécie de cola quando o material se voltava a colar após ser dividido. Para unir as partes, é apenas necessária pressão manual e uma temperatura de 21 graus celsius.

A tecnologia pode vir a ser aplicada nos smartphones, uma vez que a ambição de introduzir materiais com capacidades auto-reparadoras já foi declarada por várias marcas, como a Motorola que chegou a patentear um vidro com esta característica. A materialização deste casamento entre smartphones e materiais que se restauram a si mesmos poderá, contudo, aumentar os custos dos telemóveis, que assim não sofreriam danos irreparáveis com tanta frequência.

 
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