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Matou o primo com um tiro à queima-roupa na passagem de ano

Lordelo

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"Sai da frente, senão mato-te", terá dito homicida a vizinho antes de abater. Emílio Dinis, que estava ao volante do seu BMW. Conflitos antigos originaram crime

"Sai da frente, senão mato-te a ti também", terá dito Diamantino Dinis, de 68 anos, a uma das pessoas que estavam com o primo Emílio Dinis, de 42 anos, momentos antes de o matar com um tiro à queima-roupa, na aldeia de Lamas de Olo, em Vila Real, na noite da passagem de ano.

Desavenças antigas terão levado o o agressor a disparar sobre o primo, quando este estava no interior do seu automóvel, cerca das 21.30 horas. Foi atingido na cabeça com um tiro de caçadeira e morreu no local.

Horas antes, os dois homens terão estado juntos numa desmancha do porco, que juntou a população da aldeia, e já aí se terá notado o clima de tensão entre os dois. Depois do convívio, ao início da noite, o agressor estaria a regressar a casa quando voltou a desentender-se com o primo, que estaria à sua espera. Tinha o carro estacionado em frente à vivenda do homicida.

No local do crime, estariam outras duas pessoas que ainda tentaram acalmar os ânimos e afastar os dois homens, mas sem êxito. Depois de uma discussão acesa, Diamantino terá perdido a cabeça e foi a casa buscar a caçadeira. Emílio Dinis já estava dentro do seu BMW, quando foi baleado.

Testemunha tirou-lhe a arma

Depois do tiro, uma das testemunhas do homicídio terá conseguido tirar a arma ao agressor e atingiu-o com o cabo da caçadeira, provocando-lhe ferimentos na cabeça. O homem refugiou-se depois em casa onde aguardou a chegada da GNR, que o deteve. Segundo apurou o JN, o sexagenário não terá mostrado arrependimento pelo crime cometido. Esta já não seria a primeira vez que os dois primos se desentendiam, mas sobre os motivos da desavença ninguém quis falar em Lamas de Olo, uma aldeia isolada da serra do Alvão. "A população fez um voto de silêncio. Não temos nada a dizer", disse um dos habitantes.

Já no verão de 2016, um acidente com fogo de artifício, que provocou uma vítima mortal, levou a população a unir-se da mesma forma. "Ainda estamos a recuperar daquela tragédia e agora volta a acontecer uma coisa destas", acrescentou o mesmo habitante, sem se alongar em detalhes.

Devido à agressão física que sofreu, Diamantino teve de receber tratamento hospitalar.

A vítima mortal, Emílio Dinis, natural de Lamas de Olo, aldeia onde mora a mãe e uma irmã, vivia na zona de Lisboa e trabalhava na área da construção civil. Tinha vindo com os dois filhos, um rapaz de 15 anos e uma menina de nove, passar o Natal e a passagem de ano a Trás-os-Montes. Teriam viagem de regresso a Lisboa marcada para ontem, o dia a seguir ao homicídio.

Diamantino Dinis, reformado e ex-emigrante, vai ser presente hoje no Tribunal de Vila Real.

Conflitos recorrentes

Os dois primos já se tinham envolvido noutros episódios conflituosos. Segundo apurou o JN, as autoridades têm registo de outras ocorrências que envolviam os dois primos. O homicida foi detido pela GNR, mas a investigação passou para a alçada da Polícia Judiciária por se tratar de um crime com arma de fogo. Será hoje levado a tribunal para aplicação das medidas de coação.

Pacto de silêncio

Os habitantes de Lamas de Olo remeteram-se ao silêncio e não quiseram comentar os eventuais motivos das desavenças entre os dois primos. Apesar de chocada com o homicídio, a população foi passando pelo café junto ao qual o homicídio aconteceu. Quando abordadas pelo JN, a resposta foi sempre a mesma: "Fizemos um voto de silêncio".

IN:JN
 
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